Como as imagens inclusivas iluminam e revelam a invisibilidade.
Fernando Teixeira |
*Por Fernando Teixeira
Ser invisível na mídia é um sentimento amargo experimentado por diversos grupos sociais minorizados. As consequências dessa anulação são o negacionismo, o preconceito e o ódio gerados pelo desconhecimento. Mas, recentemente, atitudes pontuais de grandes empresas brasileiras têm contribuído para reabrir debates, gerar conteúdos, informação e atenuar esta nuvem densa que teima em assombrar as áreas de comunicação das empresas e a sociedade.
Recentemente, a Natura surpreendeu ao escalar para seu comercial de Dia dos Pais um pai trans: Thammy, filho da cantora Gretchen. E, ao contrário do movimento transfóbico nas redes sociais pedindo boicote à marca, as ações da empresa acumularam crescimento de 10% em dois dias. Especialistas atribuem o aumento ao fato de a Natura atender ao compromisso com três áreas que vêm ganhando espaço entre investidores: ambiental, social e governança, ou ESG, na sigla em inglês.
O posicionamento das empresas na mídia reflete a diversidade de seus corredores internos, ambiente indispensável para o desenvolvimento de novos negócios e, principalmente, de novos olhares.