sexta-feira, 5 de agosto de 2022

Cine Cult.

 

“HEROICAS”, curta-metragem dirigido por Evaldo Mocarzel e Newton Moreno, tem sua estreia no 33º. Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo. Mostra Brasil

MOSTRA BRASIL 11

Cine Sesc - Dia 23/08 - 20h30

Centro Cultural SP - Dia 24/08 - 15h

Sesc Digital - Entre os dias 22 e 28/08

O curta-metragem Heroicas terá sua estreia no 33º Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo – Curta Kinoforum, um dos maiores e mais tradicionais eventos dedicados ao formato do curta-metragem. O evento acontece entre os dias 18 e 28 de agosto.


 

Com narração de Denise Weinberg e texto de Newton Moreno, o filme traz narrativas femininas na linha de frente da pandemia inspiradas por personagens da mitologia grega.

 

 

Ficha Técnica:

Direção: Newton Moreno e Evaldo Mocarzel

Narração: Denise Weinberg

Texto: Newton Moreno

Roteiro: Denise Weinberg, Newton Moreno, Emerson Mostacco e Evaldo Mocarzel

Montagem: Guta Pacheco

Edição e Desenho de Som: Miriam Biderman, ABC, Ricardo Reis, ABC, Effects Filmes 

Apoio Artístico: Márcio Tesserolli e Almir Martines

Produção: Denise Weinberg Produções, LNW Produções, Mostacco Produções e Casa Azul

 

Imagens extraídas do curta Encontro das Águas, de Bruno Torres e Evaldo Mocarzel, e dos sites Pexels e Pixabay.

 

As Personagens:

O que aprendemos de heroísmo através da luta destas mulheres?

Antígona, a que prefere morrer a viver sem fazer o que é justo.

A que quer enterrar seu filho. Pedem que ela o veja de longe, sem tocá-lo, e rapidamente. Antígona quer rezar por ele, orar, cuidar de seu túmulo mesmo que signifique sua morte.

Alceste, a enfermeira que se sacrifica.

Sem a devida proteção, ela não se priva de cuidar dos pacientes de COVID-19. Quase uma morte anunciada, mas ela não pode fugir à sua natureza. Usa garrafas plásticas e sacos de lixo, transformados em máscaras.

Penélope, a que tece máscaras.

Esposa de um médico que não pode voltar para casa porque não quer infectar sua família. Ela o espera confeccionando máscaras, muitas, atividade interminável porque são muitos que precisam de suas doações. 

Medea, a terra traída.

Medea é a Mãe Natureza em fúria. Aqui Medeia não se vinga de seus traidores, apenas quer sobreviver.

 

Sobre os diretores:

 

Evaldo Mocarzel é cineasta e dramaturgo. Nasceu em 1960 em Niterói, Rio de Janeiro. Formou-se em Cinema na Universidade Federal Fluminense. Trabalhou como jornalista e foi editor do Caderno 2, do jornal O Estado de São Paulo, durante oito anos.

Cursou Cinema na New York Film Academy e fez parte durante quatro anos do Círculo de Dramaturgia do encenador Antunes Filho no CPT, em São Paulo. Fez Doutorado na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo sobre as novas dramaturgias do teatro de grupo da cena paulistana contemporânea. Filmes: Pictures in the Park (curta,1999); À Margem da Imagem (versão curta, 2001, e versão longa, 2003), Mensageiras da Luz - Parteiras da Amazônia (curta e longa, 2004); Primeiros Passos (2005); Do Luto à Luta (2005); À Margem do Concreto (2006); Jardim Ângela (2007); O Cinema dos Meus Olhos (2007); Brigada Pára-quedista (2007); Sentidos à Flor da Pele (2008); À Margem do Lixo (2008); BR-3 (a peça) e BR-3 (o documentário) (2009); Quebradeiras (2009); Cinema de Guerrilha (2010); São Paulo Companhia de Dança (2010); Cuba Libre (2011); Hysteria (2012); A Última Palavra é a Penúltima (2012); Antártica (2013); Dizer e Não Pedir Segredo (2013); A Cicatriz é a Flor (, curta, 2014); Homem Cavalo & Sociedade Anônima (2015); Até o Próximo Domingo (2017); As Quatro Irmãs (2018). Como dramaturgo, escreveu as seguintes peças: É o Bicho - A Ordem Natural das Coisas (infantil com direção de Rosi Campos e Cláudia Borioni, 2003); RG (encenada por José Renato, 2004); A Caçada (ainda inédita); Tragicomédia de um Homem Misógino (encenada por André Guerreiro Lopes, 2009); Kastelo (livre adaptação da obra de Kafka, com encenação do Teatro da Vertigem em 2010); A Conquista da Peste (também inédita), Satyricon (livre adaptação da obra de Petrônio com encenação do grupo Os Satyros, 2012), Fome de Notícia (encenada no Centro Cultural São Paulo com direção de Maurício Perussi, 2013); Um Pai (Puzzle) (com Ana Beatriz Nogueira e direção de Vera Holtz e Guilherme Leme no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio, 2015); a live Paixão Viva, monólogo com Ítala Nandi para o projeto #EmCasacomSesc (2021) e o espetáculo homônimo que estreou no SESC em Porto Alegre em maio de 2022.

 

Newton Moreno nascido em Recife, formou-se Bacharel em Artes Cênicas pela Unicamp (com o espetáculo Primeiras Estórias, adaptado e dirigido por João das Neves, em 1995). Mestre e Doutor em Artes Cênicas pela USP. É autor de “Dentro” (que participou da Mostra de Dramaturgia Contemporânea do SESI em 2002) e “A Cicatriz é a Flor”, estes dois textos juntos compõe a primeira etapa do Projeto Body Art;  e “Agreste” montado pela Cia Razões Inversas em São Paulo. Por este texto ganhou o Prêmio Shell e o Prêmio APCA (Associação Paulista dos Crı́ticos de Artes) de melhor autor em 2004. Recebeu Bolsa Vitae de Artes em 2003 para realizar livre adaptação teatral do livro “Assombrações do Recife Velho” de Gilberto Freyre. Espetáculo montado em 2005 em São Paulo e indicado ao Prêmio Shell de Teatro de Melhor Direção. “Memória da Cana” (2009) recebeu Prêmio Shell e da Cooperativa Paulista de Teatro de Melhor Direção. Escreveu “As Centenárias”, dirigido por Aderbal Freire Filho, que recebeu prêmio Contigo! e Shell de Teatro no Rio de Janeiro em 2008. É autor também de “Maria do Caritó', “O Livro”, “Jacinta”, “O Grande Circo Místico” em parceria com Alessandro Toller e, mais recentemente, “As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão”, ganhadora do Prêmio APCA de Melhor Texto. Lançou seu primeiro livro de contos “Ópera”, que foi adaptado para o palco pelo Coletivo Angu de Teatro; lançou recentemente o seu segundo livro “Cidades Sensíveis”. Roteirista dos filmes “Maria do Caritó” (2019) e “Agreste” com estreia prevista para 2021. Na Rede Globo, desenvolveu alguns trabalhos, foi colaborador do seriado “A Grande Família” e criador da série “AMorteAmo”.

 

Sobre Denise Weinberg

 

Radicada em São Paulo, atriz, diretora, professora, produtora, é a atriz mais premiada de sua geração. Denise foi fundadora do Grupo TAPA, onde permaneceu por 21 anos. Em teatro, tem dois Prêmios Molière, três Prêmios Mambembes, três APCA, um Prêmio Shell, sete Prêmios em Cinema e uma indicação ao Emmy Awards 2018, o maior prêmio de televisão, com seu trabalho em PSI, na HBO.

Seus últimos trabalhos em teatro foram Sueño, de Newton Moreno, Imortais, de Newton Moreno, Sinthia, de Kiko Marques com a Velha Companhia, O Testamento de Maria, de Colm Tóibin (Prêmio de melhor atriz APCA de São Paulo).

Sob sua direção, estão os espetáculos A Refeição, de Newton Moreno, O Pelicano, de Strindberg, A Máquina Tchekov, de Matei Visniec, Hotel Jasmim, de Claudia Barral, Ponto Morto, de Helio Sussekind e Nina, ou da Fragilidade das Gaivotas Empalhadas, de Matéi Visniec.

No cinema, recebeu Prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante no Grande Prêmio de Cinema e no Festival de Los Angeles, com o papel de Ruiva em Salve Geral, de Sergio Rezende, e atuou também em Linha de Passe, de Walter Salles, nas comedias De Pernas pro Ar 1, 2 e 3Piedade, de Claudio de Assis, Greta, que participou da Mostra Panorama no Festival de Berlim de 2019.

Na televisão, fez as minisséries AssédioA Teia, Dalva e Herivelto e Maysa, as novelas Amor Eterno Amor Éramos Seis na TV Globo, a série Alice e PSI na HBO, e a série Questão de Família na GNT, a série O Negociador na Amazon.




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