Mostrando postagens com marcador Fulvio. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Fulvio. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 7 de julho de 2015

Design \ Por Fúlvio Benício



Uma Rua Chamada Design
    
No dia 29 de junho, em cerimônia comemorativa ao Dia Mundial do Design Industrial, designers de variados segmentos de Curitiba, entregaram um documento ao prefeito Gustavo Fruet, intitulado “Contribuições do Design para Curitiba”, na qual, aponta diretrizes norteadoras para tornar a cidade uma referência nacional e internacional em design. Participaram também representantes de diversos órgãos públicos municipais, ONGs, universidades e empresas do segmento de design.
   Curitiba, nos últimos anos, vem empreendendo em questões relativas ao design, seja no âmbito privado, seja no âmbito público. No âmbito privado, o Núcleo Paranaense de Decoração com seminários e a ProDesign-PR com a Semana D+ da Fiep, apesar da  Fiep, acabar com os eventos de moda. E no âmbito público, a inserção de designers no conselho cultural da cidade e trabalhar para a candidatura ao título de Capital Mundial do Design em 2018. Mas como são questões políticas, amanhã tudo pode se perder, com mudanças na diretoria ou na prefeitura.
   Mas uma boa iniciativa e que poderia ser duradoura, até mesmo como afirmação de cidade-design, seria a transformação da Rua São Francisco, em uma rua de design (Design Street ou Little Milan), apesar de quererem transformá-la em uma rua gastronômica. Já há pequenos empreendedores de economia criativa, como moda, brechó de roupa, hairstyle, entre outros, excluindo cafés e bares demasiados (mas legal ter esse mix). Poderia haver mais, como uma galeria de arte de rua ou graffiti, escritório coworking, loja de design e etc. Mas a rua, precisaria de mais uma repaginação, com novas calçadas (acessibilidade), mobiliário urbano, paisagismo, incentivos fiscais (pinturas e restauração dos imóveis) e colocar de novo em pauta o fechamento da rua (calçadão), em toda extensão, tanto na parte baixa como alta, sem ser pejorativo.
   A rua deste modo, reuniria arte, cultura, design e arquitetura, podendo se transformar em um novo ponto turístico, por várias razões como - proximidade do Largo da Ordem, ser (não ter) uma extensão da feirinha aos domingos, design e arte Cult alternativo valorizando os designers e artistas locais, ser uma alternativa as lojas do Batel, fazer eventos ao ar livre, como há alguns, na Praça de Bolso do Ciclista, mas são esporádicos e até mesmo, uma questão socioeconômica, com a valorização do entorno. 
   Por fim, seria uma oportunidade, para a economia criativa, setor em expansão, para a economia local, fomentado indústria, comércio e serviços, formação de um ambiente de criatividade, inovação e inserindo o pensamento do design para o desenvolvimento de uma economia verde e próspera.


Design \ Por Fúlvio Benício 

PS - Outras questões, que já foram discutidas e de discussão, que podem ser melhor entendidas, para quem tiver interesse, leia no link, no final desta coluna.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Modernismo de Vilanova Artigas \ Por Fúlvio Benício de Mello

                             Modernismo de Vilanova Artigas
      Neste mês, mas especificamente no dia 23, comemorasse o centenário do nascimento do arquiteto Vilanova Artigas. Nascido em Curitiba, (23 de junho de 1915 - São Paulo12 de janeiro de 1985), Artigas é considerado um dos principais nomes da história da arquitetura de São Paulo (movimento arquitetônico conhecido como Escola paulista), seja pelo conjunto de sua obra, seja pela importância que teve na formação de toda uma geração de arquitetos. Dos arquitetos brasileiros, até hoje, é um dos mais premiados internacionalmente.

      Nos anos de vida profissional, Vilanova Artigas projetou (construídos e não construídos) casas, sindicatos, clubes, escolas, edifícios públicos e projetos urbanísticos, nos estados de São Paulo (São Paulo, Itanhaém, Guarulhos e Jaú) e do Paraná (Ponta Grossa, Londrina, Paranaguá, Caiobá, Apucarana, Arapongas, Maringá e Paranavaí). Em Curitiba, das nove obras construídas (as demais foram demolidas), restam apenas três: o Hospital São Lucas, a Casa Bettega e a Casa Niclewicz, esta, sendo a última obra e casa modernista projetada no Paraná. Trágico para alguém que combatia tanto a especulação imobiliária e ver que suas obras foram destruídas pela mesma. 

     Vilanova Artigas acreditava que a arquitetura era "uma arte com finalidade" e implicava justamente na possibilidade da arquitetura ser usufruída pela maioria da população e, assim, participar da melhoria das condições sociais.

      Fazendo uma breve pesquisa na web, entre publicações (artigos, livros, filme, estudos, dissertações), matérias, palestras e exposições referentes à vida e obra do arquiteto, há muito mais no estado de São Paulo do que no Paraná.  No Paraná, a única exposição, alusiva ao centenário, que por mim foi presenciada, foi no Museu de Arte de Londrina e na Casa Cor Paraná 2015, e até o presente momento, nenhuma publicação nos mais variados meios de comunicação, mesmo específicos de arquitetura ou escolas de arquitetura.

Não sei se haveria algum rancor quanto ao arquiteto, por viver mais em são Paulo do que no Paraná, em não se estudar a sua obra ou até mesmo por demoli-las (e ao esquecimento), mas como escreveu Roberto Tourinho Fontan (PÓS-GRADUAÇÃO ARQUITETURA - UFRGS) “ É preciso esclarecer de forma mais 
contundente ao povo do Paraná que cada vez que uma obra do Artigas foi demolida ou sofreu algum tipo de avaria, houve uma grande perda do patrimônio paranaense... e para o maior reconhecimento de Vilanova Artigas em seu Estado natal”.









Fúlvio Benício de Mello,
 natural de Santos, estudou arquitetura e é formado em Design
(Produto e Gráfico)
pela FAE Business School em Curitiba,
onde vive atualmente.
Premiado pelo Premio Sambaíba, concurso nacional de design.