segunda-feira, 23 de outubro de 2023

ACONTECE

 

A METADE DE NÓS, ESTREIA NA DIREÇÃO DE FLAVIO BOTELHO, É SELECIONADO PARA A 47ª MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA EM SÃO PAULO

Longa propõe um olhar para a vida após a perda de um filho


 

A METADE DE NÓS, de Flavio Botelho, longa produzido pela Gullane, em coprodução com a Trailer Filmes e Clementina e produção associada com Canal Brasil, foi selecionado para a 47ª Mostra de São Paulo. A obra tem distribuição no Brasil da Pandora Filmes. O filme será exibido em três datas diferentes durante a programação do evento, são elas: dia 27 de outubro, às 18h10, na Cinemateca; dia 28 de outubro, às 18h30, no Cineclube Cortina; e dia 1º de novembro, às 16h, no Espaço Itaú de Cinema Frei Caneca.

O projeto, inspirado numa experiência pessoal do diretor, começou a tomar forma em dezembro de 2014, com o argumento inicial. Depois disso, Flavio Botelho e o outro roteirista, Bruno H Castro, contaram com a colaboração de Daniela Capelato e dos consultores de roteiro Miguel Machalski e Gualberto Ferrari, até chegarem ao oitavo tratamento do texto, ponto no qual começou a ser filmado.

Em A METADE DE NÓS, Francisca e Carlos perdem o único filho por suicídio. Enquanto a mãe, assombrada pela culpa, se dedica a desvendar o enigma do suicídio, o pai se aliena na vida do filho morto e se muda para a casa dele.

A minha irmã se suicidou em 2007 e quis falar sobre isso, sobre como lidei com essa perda e sobre quão doloroso foi esse processo. Decidi falar por meio de um casal sexagenário, uma mãe e um pai que representam tantos outros, inclusive os meus, nessa longa caminhada do luto.”, conta Botelho. “O tema suicídio precisa ser falado. É uma das principais causas de morte entre os jovens no Brasil. Fizemos uma pesquisa extensa sobre o tema, para mergulhar no universo dos protagonistas”, completa.

Antes do início das filmagens, o ensaio com os atores durou três meses para a construção dos personagens. “Todo esse ensaio, inédito pra mim no cinema, faz uma diferença enorme, chegamos no set de outra forma. A intimidade que se formou entre nós três e a bagagem que trouxemos refletem nas filmagens”, comenta a atriz Denise Weinberg, que vive Francisca. Para o ator Cacá Amaral, que interpreta Carlos, “com esse processo de trabalho que realizamos, com os meses de ensaio, tudo fica mais rico, pois são personagens que foram criados em conjunto”.

A sensação de chegar no primeiro dia de filmagem com um elenco super afinado, uma equipe extraordinária e um plano de filmagem preciso nos trouxe uma segurança e um sentimento de colaboração maravilhoso. Estamos todos juntos contando essa história”, explica o diretor.

O cartaz do filme, agora divulgado, é um resultado do trabalho dos artistas Wanatta e Robert Frank: "Pensamos em ter esses grandes artistas com a gente na criação do cartaz para trazer em cada parte dele um tom único e autoral que conversa com o filme" diz Flavio.

Sinopse
Francisca e Carlos lutam para se adaptar à nova realidade após o suicídio do único filho, Felipe. Mergulhados em fantasias, medos e melancolia, cada um a seu modo vivencia experiências radicais. Carlos se muda para o antigo apartamento de Felipe, alienando-se na vida do filho morto. Já Francisca, assombrada pela culpa, dedica-se a desvendar o enigma do suicídio.

Sobre o diretor

Flavio Botelho é diretor, roteirista e produtor. A METADE DE NÓS é seu primeiro longa-metragem. Também assina a direção do premiado curta-metragem “O Táxi de Escher”, com o roteirista Aleksei Abib; do média-metragem “Crônicas de uma Cidade”; e do curta-metragem “Graeme 1949”. Foi produtor executivo e assistente de direção dos longas-metragens de Carlos Nader: “A Paixão de JL”, “Homem Comum” e “Pan-Cinema Independente” (premiados no É Tudo Verdade nos anos de 2015, 2014 e 2008). Foi produtor delegado do filme “Jean Charles” (Henrique Goldman), a primeira coprodução entre Brasil e Reino Unido. Fez o desenho de produção do longa-metragem “As Duas Irenes” (Fabio Meira). Foi consultor do programa Histórias que Ficam, realizado pela Fundação CSN (2015/2106).

Sobre a Gullane

Em 1996, os irmãos Caio e Fabiano Gullane fundaram a Gullane, hoje somando mais de 40 filmes com destaque no Brasil e no exterior, 25 séries de televisão, inúmeros especiais e documentários. “Carandiru”, “Bicho de sete cabeças”, “O ano em que meus pais saíram de férias”; a franquia “Até que a sorte nos separe”; “Que horas ela volta?”, "Como nossos pais”, "Bingo, O rei das manhãs”; as séries “Alice” (HBO), “Unidade Básica” (Universal) e “Carcereiros” (TV Globo) são algumas das obras realizadas pela Gullane nos últimos anos. Uma produtora ativa no crescimento do audiovisual brasileiro que compõe seus projetos com os melhores talentos e parceiros do entretenimento. Sua capacidade e empenho em todas as etapas de realização a garantiu importantes coproduções internacionais e a comercialização de suas obras para mais de mais de 60 países, levando a identidade do cinema nacional mundo a fora.

Caracterizada por sensibilizar e movimentar reflexões através de suas histórias a Gullane já acumulou mais de 500 prêmios e nomeações em sua carreira, além de ter seus projetos reconhecidos nas seleções oficiais dos festivais mais importantes do mundo como: Oscar, Cannes, Berlim, Sundance, Toronto, Veneza e o prêmio Emmy.

Sobre a Trailer Filmes

A Trailer Filmes foi fundada em 2008 pelo diretor, roteirista e produtor Flavio Botelho, pela roteirista Iana Paro e pelo editor Leopoldo Nakata. É uma produtora que tem em seu currículo longas, médias e curtas-metragens, ficção e documentários, programas de televisão, vídeos instalações para museus e exposições, entre outros. O principal objetivo da produtora é dar suporte ao cinema independente, original, relevante e que tenha potencial para estabelecer diálogo com o público. Dentre os últimos projetos realizados pela Trailer Filmes destacam-se: “Quem Tem Medo das Mulheres no Audiovisual?”, produzido pelo coletivo vermelha; produção do documentário média-metragem “Em Busca de Alamoa”; produção do curta-metragem “Graeme 1949”; conteúdo audiovisual para a exposição “Futebol na ponta da língua”; conteúdo audiovisual para a exposição “Millôr, 90 anos de nós mesmos”; coprodução do média-metragem “Crônicas de uma Cidade”; coprodução do premiado curta metragem “O Táxi de Escher” (Bienal de Mikonos, Grécia, Pelicano de Mármore, Jul/15; Miami Short Film Festival, EUA, Filme de abertura, Dez/14; 7º FestaFilm Montpellier, França, Melhor Montagem, Dez/14; Delhi Shorts International Film Festival, India, Menção Honrosa, Out/14; Indian Cine Film Festival, Mumbai, Melhor Edição, Set /14; 25º Festival Int. de Curtas Metragens de São Paulo, Brasil, Prêmio Aquisição Porta Curtas e Canal Curta!, Ago/14).

Sobre o Canal Brasil

O Canal Brasil é, hoje, o canal responsável pela maior parte das parcerias entre TV e cinema do país e um dos maiores do mundo, com 365 longas-metragens coproduzidos. No ar há mais de duas décadas, apresenta uma programação composta por muitos discursos, que se traduzem em filmes dos mais importantes cineastas brasileiros, e de várias fases do nosso cinema, além de programas de entrevista e séries de ficção e documentais. O que pauta o canal é a diversidade e a palavra de ordem é liberdade – desde as chamadas e vinhetas até cada atração que vai ao ar.


Sobre a Pandora Filmes

A Pandora Filmes é uma distribuidora de filmes de arte, ativa no Brasil desde 1989. Voltada especialmente para o cinema de autor, a distribuidora buscou, desde sua origem, ampliar os horizontes da distribuição de filmes de arte no Brasil com relançamentos de clássicos memoráveis em cópias restauradas, de diretores como Fellini, Bergman e Billy Wilder, e revelações de nomes outrora desconhecidos no país, como Wong Kar-Wai, Atom Egoyan e Agnés Jaoui.

Paralelamente aos filmes internacionais, a Pandora Filmes sempre reserva espaço especial para o cinema brasileiro, lançando obras de diretores renomados e também de novos talentos. Dentro desse segmento, destaca-se o recente “Que Horas Ela Volta”, de Anna Muylaert, um grande sucesso, visto no cinema por mais de 500 mil espectadores.

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