quinta-feira, 10 de outubro de 2019



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Masculinidade tóxica: o aumento do fenômeno que afeta homens e mulheres em todo o mundo
O tema masculinidade tóxica tem estado em extrema discussão na atualidade. O assunto ganhou o título de “expressão do ano”, em 2018, pelo dicionário Oxford.  O padrão de comportamento da chamada “sociedade patriarcal”, relega os homens de direitos básicos reservados a qualquer indivíduo: o de se sentir vulnerável.




Tal fenômeno valoriza qualidades como o controle e a dominância, enquanto classifica como fraqueza aspectos como a sensibilidade, carência e até o desejo de chorar.
“Os homens carregam consigo uma carga muito grande de serem os machões, os bons em tudo, os que devem colecionar experiências sexuais intensas, do ponto de vista da performance. Essa tensão cultural pressiona grande parte dos homens a corresponder tais expectativas, já que demonstrar vulnerabilidade pode ser sinônimo de fraqueza. O grande problema é que esses elementos vêm adoecendo homens e mulheres. Eles por não aceitar o “eventual” fracasso de sua masculinidade quando ela ocorre, às mulheres por conviverem cada dia com a inflexibilidade de comportamento e situações de machismo, advindas desse fenômeno”, explica a terapeuta tântrica e coach de relacionamento Deva Dasi Abigail.
Segundo a profissional, há uma incoerência e até incompreensão sobre os termos sexo e sexualidade.
“Muitos buscam fontes para lidar com sua masculinidade e, embora não admitam, até para aprender como lidar com o corpo feminino e com o seu próprio corpo e desejos. Na maioria das vezes, recorrem a revistas e filmes pornográficos em busca de uma fantasia, projetando aquilo no “ideal” do real. Só que, “na vida real” tais trocas não se resumem à performance: há corpos e pessoas verdadeiras envolvidas”, afirma.
Para Abigail a masculinidade tóxica cria um campo de tensão nos relacionamentos entre homens e mulheres.
Especificamente aos homens, a profissional, que faz atendimentos sobre terapia tântrica com clientes na sua maioria de sexo masculino, explica um fato que predominam em seus atendimentos: há um espantoso número de homens que passam anos de sua vida com problemas de disfunção sexual por terem vergonha de admitir tal problema.
“Para eles, isso demonstra vulnerabilidade, seja por medo do que as pessoas vão falar, dos julgamentos, e principalmente, do que a parceira vai pensar dele. Pode parecer contraditório, mas ele não procura ajuda por medo da opinião alheia, por ter medo de se mostrar vulnerável, até para um profissional”, afirma.
Dasi lançou recentemente o  livro “Entendendo o mapa da mina”, publicado pela Appris editora, que está dividido em 5 capítulos, e tem prefácio de João Bosco Tavares Lima, psicólogo, escritor e idealizador do projeto Social “Semeando o Bem”.
Em linguagem leve, simples e bem-humorada, ela relata um pouco do trabalho que desenvolve com homens e mulheres, tendo como base o tantra. Trata-se de uma filosofia comportamental milenar, de características matriarcais, sensoriais e desrepressoras.

Deva Dasi Abigail é engenheira elétrica pela Unesp, com pós-graduação em Administração de Empresas pela FGV. Após atuar quase dez anos em projetos de instalações nas áreas de siderurgia, hospitalar e mineração, iniciou sua busca pelo autoconhecimento. Antes de viajar para Vancouver no Canadá, iniciou sua pesquisa mais aprofundada sobre o Tantra, e percebeu que poderia ajudar outras pessoas, tanto no Brasil quanto no Canadá. Posteriormente voltou ao Brasil onde se especializou em coaching de Relacionamentos e Sexualidade, e em cura para Disfunções Sexuais utilizando o tantra, com formação pelo Metamorfose – Escola da Nova Sexualidade. Atualmente atua como palestrante, terapeuta tântrica e coach, com atendimentos presenciais e on-line.

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