sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Rito do Amor Selvagem, documentário sobre peça de José Agrippino de Paula, estreia on demand no site do SescTV

Com direção de Lucila Meirelles, a produção fala sobre a performance que inovou o teatro brasileiro, em 1969, ao mesclar diferentes vertentes da arte. A obra inédita estará disponível gratuitamente a partir de 16/9, às 20h30, em sesctv.org.br, e vai ao ar no canal em 20/9, às 23h

Foto: Danilo Dall´Acqua.
Teaser: http://bit.ly/SescTV_RitoAmorSelvagem 



O documentário Rito do Amor Selvagem, sobre obra homônima escrita e dirigida pelo romancista, cineasta, dramaturgo e artista multimídia José Agrippino de Paula, ficará disponível para ser assistido gratuitamente on demand emsesctv.org.br, a partir do 16/9, segunda, às 20h30. Com direção de Lucila Meirelles e trilha sonora original de Cid Campos, a produção, que traz áudios inéditos de Agrippino, aborda a performance que inovou o teatro brasileiro, em 1969, ao misturar diferentes vertentes da arte, como dança e arte multimídia. 



Ainda no dia 16, será realizado um evento de lançamento do documentário no CineSesc, na capital paulista, às 20h30. O documentário será exibido e, em sequência, será realizado um bate-papo, aberto ao público, com a diretora, o cineasta Jorge Bodanzky e o ator Sergio Mamberti.

Uma novidade marca a estreia da produção: pela primeira o SescTV exibirá, simultaneamente ao evento no CineSesc, Rito do Amor Selvagem nas suas páginas do YouTube e do Facebook.  Além disso, a produção estreará no canal, no dia 20 de setembro, sexta, às 23h (Assista também emsesctv.org.br/aovivo).

Para conceber a peça, José Agrippino de Paula teve a participação da sua mulher, a coreógrafa Maria Esther Stockler. “A Maria Esther dirigiu grande parte e eu fiz também parte do roteiro”, conta Agrippino em um dos áudios ilustrados com imagens da época. A estreia aconteceu no Theatro São Pedro, na capital paulista. “Todos os dias a plateia lotava. As pessoas ficaram excitadas com o acontecimento”, completa o artista que morreu em 2007 aos 70 anos.

Com depoimentos de atores como Stênio Garcia e Sergio Mamberti, que participaram da encenação de Rito do Amor Selvagem, dos cineastas Hermano Penna e Jorge Bodansky, do músico Tom Zé, dentre outros, o documentário fala da importância da obra para o teatro no Brasil. Anárquica e, ao mesmo tempo, inventiva, um ritual em clima antropofágico, libertadora, inovadora e atual. Estas foram algumas definições usadas pelos entrevistados para a montagem realizada na época em que o país vivia a ditadura militar.  

Segundo Mamberti, foi uma performance de contracultura, com linguagem genuinamente brasileira. “Um espetáculo que revolucionou o teatro”, relembra Stênio Garcia, o intérprete mais experiente da obra. Ele deu vida a 12 personagens junto com o Sonda - grupo teatral formado por atores profissionais e amadores -, que encenou a peça. 

Para Hermano Penna, Rito do Amor Selvagem tinha um cruzamento de signos culturais que anunciavam o tropicalismo, que teve Tom Zé como um de seus principais expoentes. O músico rememora nomes que integraram esse movimento cultural brasileiro surgido no final da década de 1960, como os poetas Décio Pignatari e os irmãos Augusto e Haroldo de Campos, o artista plástico Hélio Oiticica, os cantores e compositores Caetano Veloso e Gilberto Gil, e, claro, José Agrippino de Paula, que se destacava com Rito do Amor Selvagem e com o livroPanAmérica, obra importante para o desenvolvimento da Tropicália.

Todos os entrevistados do documentário:Antônio Peticov, artista plástico; Carlos Bogossian, músico; Celso Favaretto, professor de filosofia da USP; Claudia Alencar, atriz; Geraldo Thomas, diretor de teatro; Glauco Arbix, professor de sociologia da USP; Hermano Penna, cineasta; Inês Stockler, cantora lírica;Jorge Bodanzky, cineasta; José Roberto Aguilar, artista plástico; Jotabê Medeiros, jornalista; Míriam Chnaiderman, psicanalista e documentarista; Norton Lagoa, músico; Sergio Mamberti, ator;Stênio Garcia, ator; e Tom Zé, músico.

Lero Lero Agrippínico:
A partir do dia 3 de setembro, o SescTV publica em suas redes sociais (YouTube, Twitter e Facebook) 13 pílulas (duração média de um minuto e meio cada), com o título Lero Lero Agrippínico, sendo uma por dia, sempre às 15h. Produzidas com trechos raros e inéditos do áudio de uma entrevista realizada com Agrippino em 1979, por Sofia Carvalhosa, e encontrado em uma fita K7, esses filmes curtos trazem comentários dele sobre temas diversos da realidade do Brasil. Dentre as pílulas estão: Consumo Brasileiro e a Decadência; Transcender o Cotidiano; e Autonomia da Comunidade. O áudio é ilustrado com imagens em vídeos gravadas na cidade e Embu das Artes – SP, onde Agrippino vivia. Direção de Lucila Meirelles.

O documentário é da Armazém Mídia Artes e a realização é do SescTV. 

Sobre a diretora:
Nascida na capital paulista, Lucila Meirelles é paulistana, historiadora, mestre em poéticas visuais, videoartista, performer, curadora, diretora de vídeo e TV, com foco em trabalhos artísticos. Começou na vídeo arte, em 1970, com diversos trabalhos para os vídeos do artista plástico José Roberto Aguilar. Recebeu a Bolsa Vitae de Artes e com a Bolsa de Artes Antorchas – Argentina, ganhou também o prêmio Transmídia, do Instituto Itaú Cultural. Seus vídeos: Pivete; Crianças AutistasSinfonia Panamérica; e Cego Oliveira no Sertão do seu Olhar ganharam prêmios nacionais no Festival Videobrasil e participaram de mostras internacionais como The Kitchen e Manifestation Internacionale de Vídeo et Télévision The Black Aesthetic. Foi curadora da mostra de José Agrippino de Paula, no Centro Cultural São Paulo em 2008. Também produziu para o SescTV as séries Poéticas do InvisívelOfícios e Álbum VideográficoCiclo José Agrippino de Paula; fez curadorias de áudio visuais para instituições como o Museu da Imagem e do Som (SP) e Casas das Rosas, e, ainda, fez a curadoria do CD/DVD Exu 7 Encruzilhadas, pelo Selo SESC.     

Sobre o SescTV: 
SescTV é um canal de difusão cultural do Sesc em São Paulo, distribuído gratuitamente, que tem como missão ampliar a ação do Sesc para todo o Brasil. Sua grade de programação é permeada por espetáculos, documentários, filmes e entrevistas. As atrações apresentam shows gravados ao vivo com grandes nomes da música e da dança. Documentários sobre artes visuais, teatro e sociedade abordam nomes, fatos e ideias da cultura brasileira. Ciclos temáticos de filmes e programas de entrevistas sobre literatura, cinema e outras artes também estão presentes na programação.

Serviço:

Documentário
Rito do Amor Selvagem

Pré-estreia no CineSesc
Dia 16/9, segunda, às 20h30 
Rua Augusta, n. 2075 – Cerqueira César
Entrada Gratuita. Retirada de ingresso uma hora antes. 

On Demand, em sesctv.org.br
Dia 16/9, segunda, às 20h30, em sesctv.org.br

Facebook e Youtube, do SescTV
Dia 16/9, segunda, às 20h30

Estreia no canal SescTV (assista também emsesctv.org.br/aovivo)
Dia 20/9, sexta, às 23h
Reapresentações: 21/9, sábado, 22h; 24/9, terça, 1h; 25/9, quarta, 24h; 28/9, sábado, 22h; e 2/10, quinta, 24h.

Ficha TécnicaRito do Amor Selvagem e Lero Lero Agrippínico
Roteiro e Direção: Lucila Meirelles
Trilha Sonora: Cid Campos
Direção de Fotografia: Danilo Dall´Acqua
Edição e Finalização: Augusto Calçada 
Produção Executiva: Alê Hope
Produção: Armazém Mídia Artes
Realização: SescTV

Para sintonizar o SescTV:
Canal 128, da Oi TV 
Ou consulte sua operadora
Assista também online em sesctv.org.br/ao vivo
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