segunda-feira, 17 de novembro de 2025

 

STOP HUMANE WASHING denuncia o “ethicwashing” de marcas que descumprem compromissos com o bem-estar animal

ONG lança a campanha Porta-voz Animal e anuncia uma série de ações públicas contra empresas que fingem responsabilidade social enquanto perpetuam práticas cruéis na produção de ovos

A ONG STOP HUMANE WASHING (SHW) anuncia uma nova etapa da campanha Porta-voz Animal, iniciativa nacional que busca expor e combater o humane washing — o marketing enganoso que simula responsabilidade social e ética, mas que, na prática, mantém o sofrimento de milhões de animais na indústria de alimentos.

Foto: Stop Humane Washing

A campanha lança um alerta às marcas que, há anos, assumiram compromissos públicos de eliminar o uso de ovos de galinhas criadas em gaiolas, mas que até agora não apresentaram resultados concretos. Entre as empresas apontadas pela ONG estão AMPM, Ofner, Starbucks, Pif Paf e Marilan, todas citadas por manterem discursos de bem-estar animal sem comprovar mudanças reais em suas cadeias produtivas.


“Estamos diante de um caso clássico de ethicwashing: quando o marketing fala mais alto que a ética. Promessas de transição sem prazos, relatórios sem transparência e campanhas publicitárias que mascaram a realidade cruel da produção de ovos. O consumidor tem o direito de saber o que está por trás da embalagem bonita”, afirma o porta-voz da STOP HUMANE WASHING.

Foto: Stop Humane Washing

Bem-estar animal não é slogan. É compromisso.

O Porta-voz Animal surge como um termômetro público de credibilidade, destacando quem cumpre o que promete, cobrando quem atrasa e orientando quem busca avançar. A campanha também cumpre um papel educativo, revelando o que está por trás da produção intensiva de ovos no Brasil: galinhas confinadas por toda a vida em espaços menores que uma folha A4, presas em gaiolas de arame que ferem e adoecem.


Segundo pesquisa da Mercy For Animals, 81% dos consumidores brasileiros consideram inaceitável o uso de gaiolas — um dado que evidencia o descompasso entre o que a sociedade espera e o que muitas empresas ainda praticam.


Enquanto diversos países já baniram legalmente o uso de gaiolas, no Brasil o prazo de transição de muitas companhias chega ao fim em 2025 sem que resultados concretos sejam apresentados. A SHW afirma que é hora de transformar discursos em ações e promessas em compromissos reais.

 

PRÓXIMAS AÇÕES – STOP HUMANE WASHING


AMPM – Mobilização digital

A primeira ação da campanha será o lançamento de um vídeo nas redes sociais da SHW, denunciando o caso da AMPM. O conteúdo será impulsionado nas plataformas Instagram e TikTok, acompanhado de contato direto com a empresa via e-mail, exigindo transparência sobre o cumprimento de seu compromisso com galinhas livres de gaiolas.

 

OFNER e STARBUCKS – Manifestação na Avenida Paulista

Em 9 de novembro, a SHW realiza uma manifestação de rua na Avenida Paulista, com voluntários vestidos com camisetas da ONG, placas de protesto e distribuição de brownies e panfletos explicativos. O ato busca chamar a atenção para o uso de humane washing por parte das marcas, que se dizem éticas enquanto continuam a apoiar sistemas de confinamento cruel.

 

PIF PAF e MARILAN – Protesto simbólico “aniversário de promessas”

Encerrando a série de ações, a ONG fará uma manifestação em frente à entrada de um grande supermercado (local a definir), com um bolo de “aniversário” simbolizando os dois anos de compromissos não cumpridos. Com velas, balões e chapéus de festa, o protesto ironiza a demora das empresas em adotar mudanças concretas.

 

Um chamado à ação

A STOP HUMANE WASHING convida a sociedade a participar do movimento, pressionando marcas, compartilhando informações e fazendo escolhas de consumo mais éticas.

“Você não é culpado por não saber, mas agora que sabe, pode fazer a diferença. Bem-estar animal não é marketing — é responsabilidade”, conclui o comunicado da ONG.


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