quinta-feira, 24 de julho de 2025

 



Lucio Mauro Filho, Ana Flavia Cavalcanti e Rafaela Azevedo são os convidados do novo episódio de “Polipolar Show”

Conversa de Michel Melamed com os artistas vai ao ar nesta quinta, dia 24 de julho, às 21h

Michel Melamed e Lucio Mauro Filho. Créditos: Asafe Ghalib

Nesta quinta-feira, 24 de julho, às 21h, vai ao ar o nono episódio do “Polipolar Show”, programa do apresentador e diretor Michel Melamed no Canal Brasil. O projeto reúne 30 personalidades brasileiras das mais diversas áreas da arte para falar da vida, cantar, atuar e surpreender o público com as divertidas provocações de Melamed. Os convidados deste episódio são Lucio Mauro Filho, Ana Flavia Cavalcanti e Rafaela Azevedo.


O ator e músico Lucio Mauro Filho, que completa 35 anos de carreira neste ano, conta como seu pai, o comediante Lúcio Mauro (1927-2019), foi descoberto no Pará, onde nasceu, e explica como surgiu a vontade de trabalhar profissionalmente com música, durante a pandemia quando começou a fazer lives. “Um rapaz chamado Carlos disse que estava em Florianópolis com meu violão, que eu tinha deixado em São Thomé das Letras. Aquelas lives que só tinham 120 pessoas viraram uma loucura, porque os fãs começaram a pedir músicas, depois a Teresa Cristina veio fazer lives comigo, de repente eram 10 mil pessoas acompanhando.” E Michel brinca: “Ficou rico!” [risos]. Lúcio reforça que a pandemia empoderou esse lado da música. “Ela sempre esteve comigo, mas como uma ferramenta, como uma amiga. Todos os meus espetáculos sempre têm um número musical ou são um musical, mas naquela época de pandemia, eu também tinha uma roda de violão que fazia nas lives do Instagram com meus amigos do Sana, de São Thomé das Letras. Agora ficou mais difícil reproduzir uma roda de violão, chamar a galera.”.

Michel Melamed e Ana Flavia Cavalcanti. Créditos: Asafe Ghalib

Ana Flavia Cavalcanti fala sobre psicanálise, discute sobre raça e classe, a febre do digital que a população está vivendo e conta sobre o sonho com carrinhos de bebês que deram origem à sua peça “Conforto’’, cuja ideia foi promover reflexões sobre a desigualdade social e trazer o trabalho doméstico para o centro da cena artística. Mãe e filha contracenaram juntas no palco. “No sonho, passou um carrinho antigo de bebê voando, mas eu não estava pensando em ser mãe, não tenho filhos. Fiquei com isso na cabeça. Nele, eu morava no Leme, passeava pela praia e sempre encontrava mulheres negras vestidas de branco, empurrando carrinhos de várias cores e, dentro de cada um, tinha uma criança branca de olho azul. Eu resolvi fazer uma performance para ser uma babá. A pessoa que leva o outro para passear e que cuida também quer ser cuidada. E se uma babá entrasse em um carrinho e ficasse lá esperando por um passeio?”.


Michel Melamed e Rafaela Azevedo. Créditos: Asafe Ghalib

A atriz Rafaela Azevedo compartilha a história por trás do nome artístico Fran, cuja origem vem da palhaça que ela interpreta e ficou conhecida no espetáculo King Kong Fran. Rafaela assina como “Fran” a direção e dramaturgia da peça junto com Pedro Brício, que conta ainda com a direção musical da cantora Letrux. A peça propõe que os espectadores experimentem inversões dos estereótipos de gênero. Ela também apresenta sua opinião sobre o futuro da equidade de gênero. “Eu tenho uma visão muito pessimista, acho que só daqui a umas cinco gerações teremos uma equidade de gênero, porque além da repressão total que tinha das mulheres, ao mesmo tempo há a hiperssexualização: ou você era uma mãe ou você é uma puta, você não é ser humano. Começaram a falar que a hiperssexualização feminina virou empoderamento, o que se vende para a mulher ficar seminua rebolando a torna empoderada, porque ela vai ter dinheiro e poder, mas não estamos comandando isso. Enquanto eu não puder ter segurança de que um homem me vendo vestida ou sem roupa, do jeito que for, ainda corro o risco com a minha integridade física. Não dá para eu colocar esse discurso de que você ‘pode se hiperssexualizar e isso daqui te torna um indivíduo com poder’. Na verdade, só torna a gente um produto e, ainda, não é você ser respeitada como pessoa”, atenta Rafaela. 


Os artistas também participam de um quadro em que contam suas histórias em cinco frases.


O programa estará disponível semanalmente no Globoplay Plano Premium.


Polipolar Show (10x25') (2025) – Inédito

Horário: Quinta, dia 24/07, às 21h - 1 episódio por semana

Rebatidas: Sábados, às 14h; Domingos, às 9h30; Quartas, às 19h

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