A obra literária que une arte, moda, diversidade e inclusão.
Projeto elaborado pelo publicitário e escritor Fénelon Tartari é composto por uma obra literária de ficção fantasia e uma galeria de projetos artísticos inspirados na trama, apresentando um mundo futurista que espelha sociedade atual, onde o diferente é punido.
Publicitário com uma carreira consolidada no setor de marketing com passagem em diversas multinacionais, para muitos, Fénelon Tartari tinha motivos de sobra para sorrir. Para ele, no entanto, as coisas não iam nada bem no campo emocional e psicológico.
Sem um real propósito que o movesse, sentindo-se frustrado com a vida que levava, decidiu perseguir o seu sonho de trabalhar com arte. De início, aventurou-se no ramo da atuação, mas logo percebeu que a vocação e o talento estavam em outra parte do campo artístico: a literatura. Agora apresenta o fruto mais recente e ambicioso dessa empreitada: o livro Verty Society - Era Traidário – volume 1, a ser publicado pela Editora Labrador, no mês de junho.Livro de ficção do subgênero fantasia distópica, Verty Society relata a história da humanidade após o fim da Terceira Guerra Mundial. A trama descreve um mundo em estado de paz e tranquilidade, que para chegar a tal ponto, no entanto, precisou suprimir aquilo que o ser humano costumava ter em alta conta: a liberdade. Grande parte dos personagens principais (os sete amigos da Academia de Belas Artes de Gênova) são pessoas diversas que, de certa forma, pagaram com sua sanidade, o fato de se desviarem da norma vigente.
Nesse sentido, destaca Fénelon, mais do que fantasia futurística, Verty Society é uma obra crítica da sociedade atual. “Este livro nasce da urgência de denunciar um mundo onde o diferente é punido, onde a beleza é padrão, a fé é dogma, a família é contrato, e o amor, um privilégio de poucos. Ao criar Verty, não imaginei um planeta futurista. Imaginei a extensão lógica e dolorosa de onde já estamos. A distopia que criei é apenas o espelho da realidade de muitos — de corpos excluídos, de identidades negadas, de vozes silenciadas. Escrever este livro foi uma forma de desabafar, de expurgar sentimentos de minha alma através de palavras, com o objetivo de refletir sobre o mundo em que vivemos e o que podemos fazer para evitar um futuro distópico”, diz o autor.
À medida que delineava seus personagens, todos diversos, colocando-os como alunos de uma mesma instituição de ensino, a Academia de Belas Artes de Gênova, dotados cada um deles de algum talento artístico (dança, música, fotografia, pintura, cinema, moda) e a protagonista, estudante de Filosofia e letras, Fénelon foi se dando conta que Verty Society extrapolava os limites da literatura. Resolveu transformá-lo, então, em um projeto multiartístico em prol da liberdade, da diversidade e da inclusão. Assim, ao final da obra, acrescentou um espaço chamado de Galeria Verty, onde 18 artistas de diversas partes do mundo, representantes da diversidade de gênero, orientação sexual, etnia, PCD etc. expõem obras inéditas inspiradas na narrativa.
São fotografias, pinturas, música, ilustrações, entre outras técnicas, compostas pelos artistas: Abi Ooi (britânica); Andrew J Millar (britânico); Clarke Reynolds (britânico); Danilo Zocatelli (brasileiro/italiano); Elen Santiago (brasileira); Emerson Rocha (brasileiro); Eris Tran (vietnamita); Gabriela Wada (brasileira); Harry Negus-Ross (britânico); JB Ferber (franco-brasileiro); Leekyung Kim (sul coreano); Lessa (brasileira); Manuela Leite (brasileira); Marin (venezuelano); Meta Golova ´- duo musical formado por Carlos Issa (brasileiro) e Lena Kilina (russa); Samo White (britânico); Serhii Buibarov (ucraniano); e The Postman - dupla de artistas de rua anônimos (britânicos).
“Decidi criar uma obra em colaboração com esses maravilhosos artistas para criar uma nova experiencia ao leitor, unindo literatura, arte e moda. Um manifesto artístico em prol da diversidade e da inclusão”, relata Fénelon.
Desde a sua concepção, a principal preliminar é apoiar os direitos de liberdade, diversidade e inclusão, hoje atualmente ameaçados no âmbito global. Dessa forma, Fénelon decidiu que 5% dos lucros obtidos nas vendas dos livros serão revertidos para projetos que apoiem a Diversidade e a Inclusão.

Trama do livro
Verty Society - Era Traidário - volume 1 gira em torno de nove personagens principais, sendo um deles a protagonista principal Shell. Os sete amigos, egressos da Academia de Belas Artes de Gênova (Shell; Oswald Schmidt, Carlitos Pimentel; Amanda McCarter; Tulio Zigman; Chen Tóngqíng; e Joseph Rossi); o Rei X, governante máximo desse novo mundo descrito pelo autor; e Sofie de Montmorency, noiva de Shell, a quem Fénelon dá um desfecho para lá de surpreendente nesse primeiro volume.
A trama se passa quase em sua totalidade dentro de um quarto branco onde os sete amigos participam de um ritual sádico. Entre tarefas que exigem mais do que tudo autocontrole, eles buscam incessantemente descobrir as razões de estarem todos presos naquele cômodo. Paralelamente a esse enredo, o autor apresenta a história de vida de cada personagem, preparando o terreno para o desfecho no qual elucida o porquê de estarem ali e qual destino os espera.
Nesse movimento constante de entrada e saída do quarto branco, o autor mostra em detalhes Verty, nossa ex-Terra rebatizada pelo governante Rei X. As pessoas não nascem mais de forma natural, mas paridas através de um útero fecundador externo comandado por uma inteligência artificial chamada pelo sugestivo nome de Mãe Protetora, onde o teletransporte e a telepatia, permitidos por um nano chip instalado no cérebro enquanto fetos, são ações corriqueiras, e onde a única filosofia de vida e a religião aceita é a do deus Eros, nome similar ao meteorito que caiu na Terra em 2099 (Eros 433), e ao mesmo tempo que colocou fim à Terceira Guerra Mundial, marcando o início de uma nova era.
Como foi observado pelo autor, mais do que uma fantasia futurista, Verty Society é uma crítica social à maneira efêmera de como vivemos hoje, que vem deixando as pessoas doentes física e mentalmente. Assim, a obra dedica uma parte importante às redes sociais, destacando que foram elas, como instrumento de controle dos indivíduos a partir de seus desejos de exposição e de seus líderes em querer escravizar os humanos, um dos grandes estopins que culminaram na 3ª Guerra Mundial e na extinção de boa parte da humanidade, a partir da chegada à terra do meteorito Eros 433.
Outro tema explorado no livro que dialoga com a sociedade contemporânea é o da sexualidade. Os protagonistas da trama têm suas orientações sexuais e identidades de gênero interditadas por meio de mandamentos religiosos, mais especificamente, das Escrituras Sagradas de Eros. A religião, mitologia e ancestralidade, aspectos basilares de nossa civilização, também são assuntos explorados na obra recorrentes no livro. Verty foi fundada após uma intervenção religiosa e construiu suas normas a partir dos preceitos dessa religião institucionalizada, que, como cá, é responsável pela supressão das liberdades individuais.
Não obstante ser o espelho da realidade de muitos, a distopia criada por Fénelon é carregada de originalidade. Personagens transformados em animais representativos dos sete pecados capitais; pílulas que induzem ao gozo sexual e bloqueiam o controle da mente; alteração da temporalidade incluindo uma nova forma de contagem de horas e dias; uma estrutura facial e corporal que dá aos habitantes de Verty um aspecto alienígena; aumento da longevidade devido a uma mudança na estrutura do DNA, entre outros, são elementos da trama que dão um caráter único a obra do publicitário e escritor.
SOBRE FÉNELON
Fénelon nasceu em 1982 na cidade de Pato Branco, Paraná. Publicitário e escritor, é amante das artes e um explorador nato. Já visitou mais de vinte países e morou em Londres, Brighton, Paris, São Paulo, João Pessoa e Campo Grande. Atualmente mora no Rio de Janeiro. Cada ano ele procura visitar um novo lugar do mundo onde nunca colocou seus pés. Pode ser uma grande metrópole, como pode ser também uma cidadezinha no interior de seu país. O que importa é ser um lugar virgem para ser descoberto pelos olhos de sua alma. Ele diz que isso alimenta seu coração e o inspira a criar. Além de Brasileiro, Fénelon também tem nacionalidade Italiana.
Sua obra começou a ser escrita em agosto de 2022, quando Fénelon morava em Londres e foi finalizada no começo de 2025 no Rio de Janeiro.
A narrativa de Fénelon é influenciada por grandes autores como Henry David Thoreau, Ursula K. Le Guin, George Orwell, Byung-Chul Han, Yuval Noah Harari, Oscar Wilde, Dante Alighieri os filósofos Zygmunt Bauman, Sigmund Freud, Friedrich Nietzsche, Arthur Schopenhauer, Tomás de Aquino, Santo Agostinho, Aristóteles e Platão, que vez ou outra são por vez citados na obra ou apenas influenciadores na defesa de seus pensamentos que traz a trama.

Ficha Técnica
Título: Verty Society - Era Traidário - volume 1
Autor Fenelon Pires
ISBN 978-65-5625-862-1
Gênero: Ficção Científica, Fantasia, Distopia
Formato: 16x23 com orelha
Páginas: 340
Preço: R$89 livro físico / R$59 ebook

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