domingo, 29 de novembro de 2020

Doze atrações

 

Funarte SP - ConectArte 2020 estreia dia 1º/12


             Projeto reúne doze atrações, entre espetáculos de teatro, dança e música 
             e uma exposição, todas transmitidas pela internet, sempre às 21h



A Fundação Nacional de Artes lança no dia 1º de dezembro, o Funarte SP – ConectArte 2020 Festival. Doze atrações, entre espetáculos de teatro, dança e música, e uma exposição de artes virtual – previamente gravadas – serão exibidas no canal da Funarte no Youtube www.youtube.com/funarte , até dia 24 de dezembro, sempre às 21h. A abertura será feita pelo músico Arrigo Barnabé. Os vídeos ficarão disponíveis para o público. A última apresentação será na véspera de Natal, com o Coral Sinfônico Ravel – Villa-Lobos, da Associação Coral da Cidade de São Paulo e terá a presença do presidente da Fundação, Lamartine Holanda. Confira abaixo a programação. 


Além dos espetáculos, o público poderá conhecer melhor os espaços da Funarte SP, onde serão realizadas as atrações. O Teatro de Arena Eugênio Kusnet e as salas Guiomar Novaes (música), Renée Gumiel (dança), Carlos Miranda (teatro), Sala Arquimedes (multiuso) serão apresentados por diretores e coordenadores da Funarte, na abertura e durante o projeto. 


Outro destaque será a exposição virtual: Obras Clássicas Revisitadas, do artista plástico Antonio Peticov. Um vernissage transmitido diretamente de seu atelier contará com a presença de Andrea Paes, do Centro de Artes Visuais da Funarte, e do Coordenador de Difusão e Pesquisa do Centro de Programas Integrados, Pedro Paulo Malta e da Representante da Regional São Paulo, Ivone Francisco dos Santos. 



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Agenda das Datas.

   Foto divulgação - Teatro de Dança: Sebastian Soul, Fabio Leblon e Juan Catiglionee

Dia 8 de dezembro | Terça-feira
Espetáculo de dança: Valsa para 3
Com o grupo Teatro de Dança: Sebastian Soul, Fabio Leblon e Juan Catiglionee

Sala Arquimedes Ribeiro


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Espetáculo musical: Anelis Assumpção - da esquerda para a direita, Rodrigo Campos, AnelisAssumpção e Saulo Duarte. Foto: divulgação 


PROGRAMAÇÃO


Dia 1º de dezembro | Terça-feira 
Espetáculo musical: Arrigo Barnabé

Sala Guiomar Novaes 

O show apresenta o repertório do LP Clara Crocodilo, que completa 40 anos em 2020, além de outras canções marcantes da carreira de Arrigo Barnabé, como Suspeito (em parceria com H. Neder), Ano Bom (em parceria com L.Tatit) e Cidade Oculta (em parceria com E. Gudin e R. Riberti). 


Sobre o artista 

Arrigo Barnabé despontou na cena musical brasileira em 1979, no Festival Universitário da TV Cultura. Seu primeiro disco, Clara Crocodilo (1980), é considerado o marco inicial da Vanguarda Paulistana - movimento que também contou com a participação de Itamar Assumpção (e a banda Isca de Polícia), Grupo Rumo, Premeditando o Breque e Língua de Trapo. Outra referência de sua carreira é o LP Tubarões Voadores, de 1984, cuja faixa-título é baseada em uma história em quadrinhos de Luiz Gê. Músicas como Uga Uga (com participação de Eliete Negreiros e Vânia Bastos nos vocais) também se tornaram um sucesso de público e da crítica. 


Arrigo criou trilhas sonoras para filmes brasileiros, colaborando com cineastas como Rogerio Sganzerla e Chico Botelho, e atuou na novela Direito de amar, 1987, ao lado de Tim Rescala. Também compôs operas (O Homem dos crocodilos, 22 antes e depois e Até que se apaguem os avisos luminosos), missas (Missa in-memoriam Arthur Bispo do Rosário, Missa in-memoriam Itamar Assumpção, Missa Nóia) e músicas para percussão e piano. Em 2019, lançou seu primeiro livro, No Fim da Infância (Grafatório Edições), obra autobiográfica que reúne memórias escritas para diversos veículos. Atualmente, apresenta o programa Supertônica na Rádio Cultura de São Paulo. 


Ficha técnica:  

Compositor e cantor: Arrigo Barnabé| Desenho de luz: Michelle Bezerra| Sistema musical interativo: Vitor Kisil| Operador e técnico de luz: Cesar Martini| Produção Executiva: Daniela Dezan 




Dia 2 de dezembro | Quarta-feira 
Show de humor, com o tema Humor na formação do cidadão 
Com Márcio Américo
 
Sala Guiomar Novaes 

Em estilo stand-up, o show de humor aborda temas como liberdade e comunicação, para discutir os limites e a influência do gênero no mundo pós-pandemia. 


Sobre o artista 

Márcio Américo iniciou sua carreira nos anos 1980. Para ele, o humor é uma potente ferramenta para ampliar o senso crítico e fortalecer a compreensão da realidade social. Atuou como ator e roteirista no filme Meninos de Kichute (de Luca Amberg) e como ator nos filmes Magal e os Formigas (de Newton Canitto), Seis Horas para o Natal (de Cris D’Amato) e Ivan (de Fernando Rick). Na TV, participou de programas como UBS (série de Newton Canitto, exibida pelo canal Universal), Politicamente Incorreto (série de Fabricio Bittar, exibida pelo canal Fox) e Mundo Canibal (programa de esquetes criado por Rogério Vilella e exibido pelo canal Multishow). É autor dos livros Meninos de Kichute (romance, 2002), Preciso dar um jeito na vida (poesias e contos, 1998), Corações de aluguel (romance policial, 2004) e O teatro de Márcio Américo (dramaturgia, 2008). Seu canal no Youtube já alcançou mais de 16 milhões de visualizações. O personagem Pastor Adélio, que critica os mercadores da fé, teve vídeos viralizados que somam milhões de compartilhamentos no Brasil e em países de língua portuguesa.  


Ficha técnica: 

Atuação: Márcio Américo 



Dia 3 de dezembro | Quinta-feira 
Espetáculo teatral: O Navio Negreiro 
Com Vado
 
Teatro de Arena Eugênio Kusnet


Criado e encenado pelo ator e escritor Vado, o espetáculo é uma adaptação do poema O Navio Negreiro, de Castro Alves, um dos mais conhecidos da literatura brasileira. Escrita em 1869 - quase vinte anos depois de promulgada a Lei Eusébio de Queirós, que proibiu o tráfico de escravos -, a obra descreve a situação dos africanos retirados de suas terras natais, separados de suas famílias e maltratados nos navios que os traziam para trabalhar no Brasil. Mais de 150 anos depois de sua criação, o texto ainda é fundamental para a cultura brasileira, desdobrando-se em peças teatrais, músicas, filmes, entre outras composições artísticas. 


Vado adaptou o poema para o teatro em 1971, quando, aos 23 anos, fez a primeira apresentação de sua carreira. Encenado há mais de 48 anos, O Navio Negreiro rendeu ao artista o recorde no Guinness Book pelo número de apresentações da mesma peça. O espetáculo já foi visto por milhares de pessoas em países da América, Europa e África. 


Sobre o artista 

Natural de Mogi Guaçu (SP), Vado já foi reconhecido, entre outros, pelos seguintes prêmios e condecorações: Ator revelação do Festival do Estado de São Paulo; Troféu Afro Brasileiro; Troféu Zumbi; Troféu Castro Alves; Troféu Colégio Bilac; Troféu Madeira – Campinas (SP); Troféu Madeira – São Paulo (SP); Troféu Orfeu Negro; Troféu Personalidade – Homem do Teatro; Sócio de honra da Academia Castro Alves de Letras – Salvador (BA); Sócio da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais – SBAT; Sócio Benemérito – Birigui; Fundador da Aliança Cultural Afro Brasileira. 


Ficha técnica: 

Texto: Castro Alves | Adaptação, direção e atuação: Vado | Produtora Executiva: Daniela Dezan 




Dia 5 dezembro | Sábado  
Espetáculo teatral: Ossada 
Com Ester Laccava
 
Sala Guiomar Novaes 


A partir de textos de Maureen Lipman, Wislawa Szymborska e Laurie Anderson, o espetáculo apresenta situações cotidianas de algumas mulheres: um pai em coma, o casamento de um filho, uma entrevista para a TV e um cigarro que nunca acende. Para esta apresentação, foram selecionados quatro monólogos que têm em comum a figura da mulher “esgarçada” em sua existência. As personagens “desafinam” diante das regras sociais, deixando transparecer o animal indomesticável que habita em nós. Ossada é ambientada em uma instalação que remete à sala de um museu de história natural. A performance funde as narrativas e debate a capacidade do indivíduo “compreender a humanidade por um viés de fato humanístico”. A atriz Ester Laccava cunha o termo “teatro instalação performático libertário” como direcionamento do projeto. “A missão é provocar o público, revelando que ainda é possível fazer as pontes emocionais e afetivas no mundo globalizado”, afirma. 


Sobre a artista 

Ester Laccava iniciou seus estudos em 1981, na Escola Macunaíma, e cursou também a Escola de Arte Dramática da USP - EAD. Em 1983, formou-se em balé clássico, moderno e contemporâneo. Entre 1987 e 1988, atuou em duas temporadas no exterior: em Chicago, como atriz em No Exit, de Jean Paul Sartre (direção de Katerine Anstiti), e em Paris, como assistente de direção em Lactorat du Cinema Jean Paul Violin. Em 1991, cursou a escola de cabelereiros Teruya e, a partir dessa experiência, passou a exercer o “visagismo de época” em óperas do Theatro Municipal de São Paulo e nos festivais internacionais de ópera de Manaus. Atuou no musical O Mambembe, de Arthur de Azevedo (direção de Gianni Ratto). Com Garotas da Quadra, de Rebecca Prichard (adaptação e direção de Mário Bortolotto), recebeu duas indicações ao prêmio Shell 2004 de melhor atriz e melhor tradução. Como produtora e atriz em A festa de Abigaiu, foi vencedora do 11° Cultura Inglesa Festival. Como protagonista do espetáculo, recebeu, ainda, indicação ao Prêmio Shell 2008 na categoria de melhor atriz. Em 2010, produziu Piscina sem Água, de Mark Havenhill, em que atuou como atriz, ganhando também o prêmio de melhor espetáculo do 11º Cultura Inglesa Festival. Na sua sexta produção, concebeu A Árvore Seca, de Alexandre Sansão, atuando também na trilha sonora do espetáculo. O monólogo baseado na literatura de cordel rendeu-lhe a 4ª indicação ao Prêmio Shell de melhor atriz, em 2011. Em 2014, idealizou e produziu o espetáculo Syngué Sabour-Pedra de Paciência, de Atiq Rahime, que cumpriu temporadas no Sesc Belenzinho e no Centro Cultural São Paulo. Em 2015, produziu e atuou na comédia dramática Quando eu era bonita, de Elzemann Neves. Como encenadora, realizou O voo da vez, de Elzemann Neves, em 2016. Como atriz convidada, estreou, em maio de 2019, Uisque e vergonha, ao lado de Alessandra Negrine, tendo sido indicada, como melhor atriz, ao prêmio Bibi Ferreira. Seu espetáculo mais recente, Ossada, foi indicado ao prêmio APCA. 


Ficha Técnica 

Dramaturgia: Ester Laccava, Elzemann Neves e João Wady Cury | Direção: Ester Laccava | Trilha: Muep Etmo | Fotos: João Caldas 





Dia 8 de dezembro | Terça-feira 
Espetáculo de dança: Valsa para 3 
Com o grupo Teatro de Dança: Sebastian Soul, Fabio Leblon e Juan Catiglionee 

Sala Arquimedes Ribeiro 



Inspirado em Vinte poemas de amor e uma canção desesperada, Valsa para 3 homenageia o poeta chileno Pablo Neruda, tendo como trilha sonora a Quinta Sinfonia, de Mahler, e a música Casta Diva, interpretada por Maria Callas. O espetáculo resulta da pesquisa coletiva do elenco, composto por Sebastian Soul, Fabio Leblon e Juan Catiglionee. 


Considerado um dos maiores poetas de língua espanhola, Neruda nasceu em Parra, em 1904. Em 1921, mudou-se para Santiago, tendo estudado pedagogia e francês na Universidade do Chile. Seu primeiro livro de poesia, Crepusculário, foi publicado em 1923. No ano seguinte, lançou a obra Vinte poemas de amor e uma canção desesperada, seguida por O habitante e sua esperança, Anéis (em colaboração com Tomás Lagos) e Tentativa do homem infinito. Em 1927, iniciou a carreira diplomática, sendo nomeado cônsul em Rangum, na Birmânia. Em Buenos Aires, conheceu Federico Garcia Lorca e, em Barcelona, Rafael Alberti. Em 1935, assumiu a direção da revista Cavalo verde para a poesia e, nesse mesmo ano, publicou a coletânea Residência na terra. No ano seguinte, Neruda foi destituído do cargo diplomático e escreveu Espanha no coração. Em 1945, foi eleito senador. Já em 1950, publicou Canto Geral, obra em que adotou um viés social, ético e político. Em 1971, recebeu o Nobel de Literatura. Morreu em Santiago, em 1973. 


Sobre os artistas 

Sebastian Soul é ator, cantor e bailarino. Aos 12 anos, já era sapateador no Ballet LeJapillon. Dois anos mais tarde, atuou na Escola Internacional de Ballet, em Belo Horizonte (MG). Desde então, trabalhou em diversas companhias de dança, entre elas, a Camaleão (Belo Horizonte – MG), o Balé Municipal de São Paulo e o Balé Teatro Guaíra (Curitiba – PR). Participou também dos espetáculos Cristal e Mayã, do grupo Os Menestréis, dirigido por Oswaldo Montenegro. Em 1990, com a banda Heartbreakers, atuou no musical Emoções Baratas, da Cia Ópera Paulista, sob a direção de José Possi, e, em 1992, criou o projeto Sebastiandanças, dirigido por Lourival Paris. Sebastian também atua como cantor desde 2005, quando lançou o CD Melada de Nego. Já em 2010, lançou o álbum Sebastian Sou!. O artista também participa de trabalhos sociais. Há mais de sete anos, criou a fundação Núcleo de Artes Cênicas, em Osasco (SP), destinada a ensinar artes cênicas, música e dança a crianças e jovens entre 7 e 18 anos. 


Fábio Leblon nasceu em Madureira, no Rio de Janeiro, sendo descendente de um escravo acolhido no quilombo do Leblon. É ator, modelo e apresentador do programa Cultura e Design (TV Cultura). Também atua como cantor, compositor e garoto propaganda desde 1998. Participou das filmagens de O garoto do cachecol vermelho (John Christian, 2020), Madame Satã (Karim Aïnouz, 2002) e Apolônio Brasil, o Campeão da Alegria (Hugo Carvana, 2003). Foi, ainda, protagonista no vídeo clip da música Na mira, de Marisa monte. 


Juan Catiglionee é originário da arquitetura, mas cinema, teatro, dança e música também fazem parte de sua formação. O artista dedica-se a pesquisar os espaços que “se instauram num desenho geográfico mutante e transformador, definindo conceitos renovadores”. 


Ficha Técnica: 

Direção: Sebastian Soul, Fabio Leblon e Juan Catiglionee| Direção de imagem e trilha sonora: João Christian |Assistente de imagem: Jesus | Assistente de produção: Bárbara| Fotografia: Douglas | Produtora artística: Ivone Fonseca | Produtora Executiva: Daniela Dezan / Dezan




   Foto divulgação - Teatro de Dança: Sebastian Soul, Fabio Leblon e Juan Catiglionee 



Dia 9 de dezembro | Quarta-feir 
Espetáculo musical: Cara 
Com João Pinheiro
 
Sala Guiomar Novaes 




O cantor e compositor João Pinheiro apresenta, em formato acústico, canções autorais, como Um abraço e nada mais, Lapsos e Giro, Giro, Giro, além de parcerias com Fred Martins (Cabe ninguém), Leco Alves (Quando você não me procura), Jacinto Corrêa (Há dias em que ser eu é quase um crime), Elisa Queirós (Por aquí), Dhenni Santos (Mil anos-luz) e Magali (Toda vez que eu fico com você). Também estão no repertório Vale de lágrimas, de Lulu Santos, e No ordinary love, de Sade Adu. 


Sobre o artista 

Cantor e compositor, João Pinheiro iniciou sua carreira artística em 1991, quando substituiu a cantora Leila Pinheiro no projeto Sextas musicais, da Faculdade de Comunicação e Turismo Hélio Alonso (Rio de Janeiro). Em seguida, realizou shows de abertura para Baby do Brasil, Claudio Nucci e Ithamara Koorax. Em 1998, participou do projeto Humaitá pra peixe, no Espaço Cultural Sérgio Porto (RJ). No mesmo ano, abriu a série de programas Novos talentos, da Rádio MEC (RJ).  


Seu primeiro CD, Brasilidad, foi lançado em 1999, no Teatro Rival (RJ), tendo como convidadas a cantora Beth Carvalho e a poetisa Elisa Lucinda. O show foi levado aos palcos de Paris, nas Galeries Lafayette, em um projeto de arte latino-americana. João Pinheiro apresentou-se também no Itaú Cultural (SP) e no SESC-SP, nas unidades Pompéia, Pinheiros, Santo André e Teresópolis. No SESC Flamengo (RJ), cantou no projeto 100 anos de Ary Barroso, ao lado de Elza Soares e Eduardo Dusek.  


Seu segundo CD, João canta Sade (Saladesom, 2007) – eleito “a trilha sonora do verão” pela revista Vogue – faz uma releitura das músicas de Sade Adu, com ritmos de samba, bossa, tango, afoxé e ciranda. Em 2012, foi convidado a participar do CD Singelo tratado sobre a delicadeza, da cantora e compositora paraibana Socorro Lira e, em 2014, lançou seu terceiro álbum, Julho. Também integrou projetos no Espaço Cultura Sérgio Porto (RJ), no BNDES (RJ), na Petrobras (RJ), em Furnas (RJ) e no Canecão, ao lado de Emílio Santiago, Luiz Melodia e Sandra de Sá.  


Atualmente está em fase de pré-produção do seu quarto CD, com composições inéditas em parceria com Fred Martins, Christovam Chevalier, Jorge Salomão, Fábio Cadore, Dhenny Santos e Elisa Queirós. 


Ficha técnica: 

Voz: João Pinheiro | Violão e Guitarra: Norberto Vinhas 




Dia 10 de dezembro | Quinta-feira 
Palestra: Cem anos de Clarice Lispector: a vastidão do amor 
Com Stella Tobar
 
Sala Guiomar Novaes 



O projeto celebra a vida e obra de Clarice Lispector, apresentando fatos de sua trajetória: o nascimento, a vinda para o Brasil, a infância em Recife (PE), a paixão por histórias, seu romance de estreia Perto do Coração Selvagem, o casamento, a vida no exterior, a maternidade e a morte precoce. A palestra também contará com a leitura de trechos da obra de Clarice e a citação de frases de sua autoria. A autora, que completaria cem anos no dia 10 de dezembro de 2020, deixou como legado sete coletâneas de contos, nove romances, crônicas reunidas em A descoberta do mundo e cinco livros infantis, além de entrevistas e textos para colunas jornalísticas de temáticas femininas.  


Sobre a artista 

Maria Stela Tobar Mariucci (Stella Tobar) é atriz, diretora, professora e produtora teatral. Formada em Artes Cênicas pela UNICAMP, completará 25 anos de carreira em 2021. Foi integrante da Boa Cia (1995-1997) e da Cia Os fofos encenam (2002-2015). Participou dos espetáculos de circo-teatro sob direção de Fernando Neves: A mulher do trem, Ferro em Brasa e Projeto Baú da Arethuzza. Também atuou em Assombrações do Recife Velho, sob direção de Newton Moreno, e foi atriz convidada na Cia Razões Inversas, em A bilha quebrada e A ilusão cômica, ambos sob direção de Marcio Aurélio. Trabalhou, ainda, com Mario Bortolotto, Henrique Tavares, Zé Renato, Pamela Duncan e Robero Lage.  


Ficha técnica: 

Direção, Roteiro e atuação: Stella Tobar | Direção musical e trilha original: Sérvulo Augusto | Iluminação e operação de luz: Giuliano Caratori | Assistente de produção e divulgação mídias sociais: Fernando Maffia | Produção Geral: Borbolina Cia 



​​​​​​​Dia 12 de dezembro | sábado 
Abertura da exposição virtual: Obras Clássicas Revistadas 
Por Antonio Peticov
 
Atelier do artista 



Na exposição virtual, Antonio Peticov faz uma releitura de obras de artistas consagrados, entre eles Caravaggio, Velázquez, Rembrandt, Vermeer, Courbet, Leonardo da Vinci, Matias Grunewald, Georges de La Tour, Gustave Doré, Pablo Picasso, Max Ernst e Alberto Savinio. A mostra apresenta percursos históricos e propõe um vasto diálogo com a História da Arte. Peticov aborda os conceitos com leveza, conduzindo o público a uma “viagem no túnel do tempo”. Nesse dia, haverá um  vernissage com a presença de Andrea Paes, do Centro de Artes Visuais (Ceav) e do Coordenador de Difusão e Pesquisa do Centro de Programas Integrados (Cepin), Pedro Paulo Malta.  


Sobre o artista 

Nascido em Assis (interior de São Paulo), Antonio Peticov é pintor, desenhista, escultor e gravurista. Sua produção também inclui instalações, como Scala Cromatica (1983), na New York Art Exp (Estados Unidos), ou Bosque Natura (1992), em São Paulo. Seu esforço de integração do trabalho artístico à natureza é nítido, como na obra Airuoca (1988). Em 1989, Peticov participou da 20ª Bienal de São Paulo, com o projeto Natura-Rio Pinheiros, que previa a plantação de variadas espécies de árvores. Mas outros aspectos são centrais em sua poética, especialmente o diálogo constante com a história da arte. Um de seus trabalhos mais conhecidos é o mural Momento Antropofágico com Oswald de Andrade (1990), realizado na estação República do metrô de São Paulo, em homenagem ao centenário de nascimento do escritor modernista. Nessa e em outras obras, o artista explora a luz e o espectro de cores. Desse recurso, resulta um universo simbólico próprio, muitas vezes onírico, com cores intensas e vibrantes. Peticov também trabalha frequentemente com séries temáticas, como Alice, a partir das personagens de Lewis Carroll, ou Mesas de Picasso, que homenageia o mestre espanhol. O trabalho cromático também tem uma função importante nas esculturas do artista. Metrópolis I e II são torres construídas com lápis de cor, sendo cada andar de uma tonalidade diferente. Esses trabalhos são, ainda, exemplos da utilização de objetos fora de contexto, inserindo Peticov na linhagem de Marcel Duchamp e de outros nomes das vanguardas do século XX. Porém, o artista também segue princípios da arte clássica, como as regras de proporção, mencionadas explicitamente nas obras Fibonacci’s Small Monument e Desenvolvimento da Seção Áurea. 





Dia 15 de dezembro | Terça-feira 
Espetáculo musical: Anelis Assumpção
 
Sala Guiomar Novaes 


A cantora e compositora apresenta, ao lado de Rodrigo Campos e Saulo Duarte,  obras autorais misturadas a composições que “leem São Paulo com olhos de poetas”, mergulhando no cotidiano urbano da cidade, retratado com angústia e, ao mesmo tempo, humor. O show também celebra a memória de Itamar Assumpção, pai de Anelis, com algumas composições do artista que marcou a vanguarda paulistana nos anos 1980.  


Sobre a artista 

Filha de Itamar Assumpção, Anelis representa o espírito de vanguarda na música de São Paulo. Seu álbum de estreia, Sou Suspeita, Estou Sujeita, Não Sou Santa (2011) recebeu críticas positivas dos principais festivais do Brasil e Portugal. Com seu segundo álbum, Amigos imaginários, conquistou o prêmio Deezer de Artista do Ano, em 2014, e o prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) de Melhor Artista Revelação, em 2015. Em fevereiro de 2018, lançou seu terceiro álbum, Taurina, inspirado na cidade de São Paulo e nos alimentos que prepara em sua cozinha. A obra recebeu o título de Melhor Disco Prêmio Multishow Superjúri. Durante a quarentena em 2020, criou a série de entrevistas #TaurinaComVida, por onde passaram nomes como Grace Passô, Alice Ruiz, Curumin, Fabricio Boliveira, Céu, Ava Rocha, Laerte Coutinho e Neide Rigo, entre outros.  


Ficha técnica: 

Voz e Percussão: Anelis Assumpção | Guitarra: Saulo Duarte | Violão, Cavaco e Guitarra: Rodrigo Campos | Técnico de som: Gustavo Lenza | Técnico de PA: Gabriel LX | Roadie: Nino | Management e Produção Executiva: Marina Deeh | Assessoria de Comunicação e Produção: Tais Reis 




Dia 16 de dezembro | Quarta-feira 
Espetáculo teatral: Os arqueólogos 
De Vinícius Calderoni
 
Sala Carlos Miranda 




Escrito por Vinícius Calderoni e dirigido por Rafael Gomes, o espetáculo apresenta o cotidiano narrado por dois locutores esportivos. Na primeira parte da montagem, os narradores transmitem cenas corriqueiras vistas em uma praça: pessoas caminham nas ruas, crianças brincam de caça ao tesouro, um cachorro entra numa igreja e um pai ensina ao filho como se usa uma câmera fotográfica analógica. Na segunda parte, dois arqueólogos de um futuro longínquo e asséptico – que habitam um ambiente subterrâneo de ficção científica, onde afeto e poesia estão interditados – refletem sobre vestígios históricos recolhidos no século XXI, o tempo em que vivemos. 


Na montagem, a direção de Rafael Gomes conduz os atores com precisão e sutileza: os saltos no tempo e no espaço são marcados por pequenas alterações de luz ou por mudanças no corpo e na voz dos atores. A direção de movimento, de Fabrício Licursi, estabelece uma coreografia sincronizada. O figurino, assinado por Daniel Infantini, também remete ao teatro essencial, com peças de roupas simples, mas estilizadas. Já a música original, composta por Miguel Caldas, conjuga a afetividade de temas delicados à perspectiva futurista. Ao mesmo tempo, a sonoplastia cria uma espacialidade sonora que realça a força dramática de determinadas passagens. Por fim, o cenário e a iluminação, criados por Marisa Bentivegna, atuam em harmonia com o texto. Diversas caixas de papelão, de diferentes tamanhos e alturas, formam um grande sítio arqueológico que se reconfigura a cada mudança dramatúrgica. 


A peça foi um dos três textos selecionados, em 2015, no II Edital de Dramaturgia para Pequenos Formatos, do Centro Cultural São Paulo. Vinícius Calderoni também recebeu, por este trabalho, o Prêmio APCA 2016 de Melhor Autor, e o espetáculo foi indicado aos prêmios APCA de Melhor Espetáculo, Shell de Melhor Autor e Aplauso Brasil de Melhor Autor e Melhor Espetáculo de grupo.  


Sobre o autor 

Vinícius Calderoni desenvolve sua carreira entre música, cinema e teatro. Formado em Cinema pela FAAP, atuou como montador em Os Sapatos de Aristeu (2008), curta metragem que recebeu mais de 50 prêmios no Brasil e exterior; dirigiu o DVD Viadutos (2010), da cantora Dani Gurgel, e foi roteirista do quadro Massaroca, exibido no programa Metrópolis da TV Cultura entre 2007 e 2009. Em 2010, fundou o Empório de Teatro Sortido, em parceria com Rafael Gomes. Em 2013, estreou a peça Não Nem Nada e, em 2014, Arrã, que lhe rendeu o prêmio Shell de Melhor Autor. 


Ficha técnica: 

Texto: Vinicius Calderoni | Direção: Rafael Gomes | Com Guilherme Magon e Vinicius Calderoni | Cenário e iluminação: Marisa Bentivegna | Figurinos: Daniel Infantini | Direção de movimento: Fabrício Licursi | Música original e desenho de som: Miguel Caldas | Assistência de direção: Davi Novaes | Assistência de cenografia: Amanda Vieira | Diretor de produção: César Ramos | Produtor: Gustavo Sanna | Uma produção: Complementar Produções | Um espetáculo: Empório de Teatro Sortido  





Dia 17 de dezembro | Quinta-feira 
Espetáculo: Tranqueiras líricas 
Com Marcelo Montenegro
 
Sala Guiomar Novaes




Acompanhado pelos músicos Fabio Brum (guitarra) e Denis Florentino (piano), Marcelo Montenegro funde poesia falada com rock´n´roll, blues e jazz. Os poemas do espetáculo vêm dos três livros de Marcelo – Forte Apache (2018), Garagem Lírica (2012) e Orfanato Portátil (2003). Tranqueiras Líricas já passou por diversas unidades do SESC, tanto na capital paulista – Pinheiros, Consolação, Bom Retiro, Ipiranga, Vila Mariana – quanto no interior e em outros estados – Taubaté, Sorocaba, São Caetano do Sul, Santo André, São José dos Campos, Cadeião (Londrina, PR) e Palladium (Belo Horizonte, MG). Foi apresentado também na Biblioteca Alceu Amoroso Lima, Galeria Olido, B_arco, Parlapatões, Centro Cultural SP, além de integrar duas edições da Virada Cultural Paulista.  


Sobre o artista 

Marcelo Montenegro é um dos principais nomes da nova poesia brasileira. É autor de Forte Apache (Companhia das Letras, 2018), Orfanato Portátil (2003) e Garagem Lírica (2012). Foi um dos vencedores do Prêmio Alphonsus de Guimaraens, da Biblioteca Nacional. Seus poemas já foram traduzidos para inglês, francês, espanhol e catalão, tendo sido publicados em antologias e livros didáticos para o Ensino Médio. Em 2017, lançou o CD Tranqueiras Líricas. Marcelo também participou da primeira edição do A(u)tores em Cena (Itaú Cultural, 2006) e foi curador do projeto Na Ponta da Língua (SESC Vila Mariana, 2006), que reuniu poetas e compositores. Com Chacal, Marcelino Freire e Paulo Scott, integra o espetáculo lítero-musical Vocabulário, realizado desde 2008 no espaço B_arco. Também atuou em projetos como a Bienal do Livro de SP (edições de 2010 e 2012), o Vira Cultura, da Livraria Cultura do Conjunto Nacional (SP), e o Circuito SESC de Artes, com o qual circulou por 14 cidades do Estado de São Paulo. 


Além de dedicar-se à poesia, Marcelo Montenegro trabalha há mais de 10 anos como roteirista e criador de séries de ficção para a TV. Escreveu, dentre outras: Lili, a Ex (GNT), O Negócio (HBO); Julie e os Fantasmas (Band, Nick); Sítio do Picapau Amarelo (Globo, Cartoon), 3% (Netflix) e Descolados (MTV). Tem letras musicadas pelas bandas Saco de Ratos e Fábrica de Animais e pelos cantores Leoni, Vanessa Bumagny, Natalia Barros e Kleber Albuquerque. 


Ficha técnica: 

Concepção: Marcelo Montenegro | Poemas, voz: Marcelo Montenegro | Guitarra, arranjos: Fabio Brum | Piano: Denis Florentino | Produção Executiva: Daniela Dezan 



Dia 24 de dezembro | Quinta-feira 
​​​​​​​Concerto: Coral Sinfônico  Ravel – Villa‐Lobos 
Com Associação Coral da Cidade de São Paulo
 
Sala Renée Gumiel 
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O concerto tem a participação da Orquestra Acadêmica de São Paulo e do Coral da Cidade de São Paulo. O programa é composto pelas obras Bachianas Brasileiras nº 2 e Choros n. 10, de Heitor Villa-Lobos, e pelo Bolero, de Maurice Ravel. A orquestra e o coral têm a regência do maestro Luciano Camargo. 


Sobre o coral 

A Associação Coral da Cidade de São Paulo é uma entidade sem fins lucrativos dedicada à difusão da música de concerto, especialmente do repertório coral-sinfônico e da ópera. Sediada no bairro da Lapa, a entidade mantém um coral sinfônico comunitário, de participação universal e gratuita, que oferece formação em teoria musical, solfejo e técnica vocal para seus membros. Desde sua fundação, em 2009, a associação já realizou diversos projetos sinfônicos na Sala São Paulo, apresentando obras consagradas, como Carmina Burana, de Carl Orff (2012/2018), O Messias, de Haendel (2014), 9ª Sinfonia, de Beethoven (2015), além de um concerto dedicado a obras do compositor Dmitri Chostakóvitch (2013). Desde 2017, mantém uma temporada regular de concertos e óperas no Teatro Bradesco São Paulo, tendo realizado as produções completas das óperas Carmen, de Bizet, A Flauta Mágica, de Mozart, e La Boheme, de Puccini. 


Ficha técnica: 

Obras de Heitor Villa-Lobos e Maurice Ravel | Com: Orquestra Acadêmica de São Paulo 

E Coral da Cidade de São Paulo | Regência: Luciano Camargo 






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Serviço:


Funarte SP - ConectArte 2020


Realização: 


Fundação Nacional de Artes – Funarte 
Secretaria Especial da Cultura 
Ministério do Turismo


Lançamento: 1º de dezembro de 2020, terça-feira, 
no canal da Funarte no Youtube
 www.youtube.com/funarte


Informações sobre editais e outros programas da Funarte  
www.funarte.gov.br​​​​​​​ 

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