terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Pagu Pictures marca presença no Festival do Rio
EVENTO CONTA COM 14 LONGAS DA DISTRIBUIDORA, COMO ‘TOMMASO’, COM WILLIAM DAFOE, E ‘AMAZONIA S.A.’, DE ESTEVÃO CIAVATTA
A distribuidora brasileira Pagu Pictures participa intensamente da 21ª edição do Festival do Rio, que teve início nesta segunda-feira, 9 de dezembro, e se estende até o dia 19, com uma diversificada seleção de 14 obras do cinema mundial contemporâneo. Há longas de diferentes gêneros – desde comédias e thrillers a dramas e documentários – e países (incluindo França, Alemanha, Itália e Brasil), alguns já apresentados e premiados em festivais renomados como Toronto, Locarno e Cannes. Datas e horários de exibição podem ser conferidos no site www.festivaldorio.com.br


Os filmes devem estrear nos cinemas brasileiros ao longo de 2020. Confira a lista abaixo:
“O Verão de Adam”
O filme de Rhys Erns conta a história de Adam, adolescente no ensino médio, que vai passar o verão com a irmã mais velha, Casey, em Nova York. Desde que saiu de casa, ela se integrou à comunidade LGBTQ+, abraçou sua sexualidade e tornou o ativismo parte de sua vida. Quando Adam acompanha uma marcha pelo casamento igualitário, ele conhece Gillian e se apaixona imediatamente. Gillian confunde a identidade de gênero de Adam e ele não consegue corrigi-la, enquanto os dois se aproximam cada vez mais. O que começa como um mal-entendido evolui para uma comédia de erros que mostra o quão perdido Adam está. O filme esteve na seleção do Festival de Sundance 2019.
“A Vida de Alice”
Após descobrir que o vício de seu marido em acompanhantes femininas deixou a família sem um centavo, Alice descobre-se puxada para o universo da alta prostituição, o meio disponível para que possa cuidar de si mesma e de seu filho. Dirigido por Josephine Mackeras, o longa venceu o grande prêmio do júri no festival SXSW 2019.
“Testemunha Invisível” 
O longa italiano conta  a história de Adriano, bem-sucedido homem de negócios. Ele acorda num quarto de hotel ao pé do cadáver da sua amante, Laura, e torna-se, obviamente, o principal suspeito do crime. Adriano então escolhe a experiente Virginia Ferrara, uma das melhores advogadas criminais, para preparar sua estratégia de defesa. Eles só têm duas horas para preparar o caso, desacreditar uma testemunha-chave e encontrar as evidências que podem confirmar a inocência de Adriano. Stefano Mordini assina a direção.
“A Garota da Pulseira”
Lisa, de 18 anos, é acusada pelo assassinato de sua melhor amiga. Como era de se esperar, seus pais ficam a seu lado. Durante o julgamento, porém, sua vida secreta começa a se desdobrar. A trama se adensa: quem é Lisa, na verdade? Nós realmente conhecemos aqueles que amamos? O filme, dirigido por Stéphane Demoustier, estreou no Festival de Locarno 2019.
“Martin Eden”
Quando Martin Eden encontra Elena, jovem de uma rica família do ramo industrial, é amor à primeira vista. Ele imagina que seu sonho de se tornar escritor pode ajudá-lo a superar a origem humilde e casar com Elena. À custa de privações, Martin alcança a educação que nunca foi permitida a gente de sua classe social. Apoiado por um amigo, ele se envolve em círculos de discussão socialista, o que o leva a um despertar político, mas também a conflitos com Elena e seu mundo burguês. Baseado no livro homônimo de Jack London, o filme é uma coprodução entre Itália, França e Alemanha. Com direção de PIetro Marcello, venceu o Platform Prize no Festival de Toronto 2019. 
“Uma Mulher Extraordinária”
O filme de Sherry Hormann inspira-se nos trágicos acontecimentos da vida real de Hatun “Aynur” Sürücü, uma jovem e vibrante mãe turca que estava recomeçando a vida em Berlim quando foi assassinada, aos 23 anos, pelo irmão mais novo, em um crime de honra. Forçada a um casamento abusivo com um primo em Istambul, quando tinha 16 anos, por sua devota família muçulmana, Anyur foge para Berlim e dá à luz um filho. Considerada um fardo vergonhoso por seus pais e irmãos, ela decide deixar sua família para trás e tenta iniciar uma nova vida. O longa esteve na seleção do Festival de Tribeca 2019.
“Pequenas Mentiras Francesas”
Após o naufrágio de sua carreira de cantora, Jewell Stone vive em Paris e trabalha como garçonete. Marie, sua avó, mora em Vermont, nos EUA, mas chega de repente para visitá-la. Como Jewell vai recebê-la depois de contar tanto sobre sua vida, seu trabalho e seus amores? De carta em carta para a avó, ela inventou uma carreira plena, uma vida com Paul e até uma garotinha, Ruby. O problema é que, como lembra o dito popular, a mentira tem pernas curtas. Sadrine Dumas assina a direção.
“Persona Non Grata”
O thriller francês, dirigido por Roschdy Zem, é uma refilmagem do brasileiro “O Invasor”, de Beto Brant. Após quinze anos de serviço leal, José e Maxime - bons amigos, colegas na mesma companhia - não suportam mais Eddy, o chefe. Cansados da rotina de manipulação, trapaças e humilhação, tomam uma decisão radical: contratar um assassino profissional para eliminar a causa de suas misérias. A morte de Eddy, porém, não traz a paz desejada. Principalmente porque o assassino ressurge, infernalmente disposto a reclamar sua parte no espólio. 
“Skin”
Um jovem desamparado, criado por skinheads e famoso entre supremacistas brancos, dá as costas para o ódio e a violência para transformar a sua vida. Ele conta com o apoio de um ativista negro e da mulher que ama. Versão do diretor Guy Nattiv para seu premiado curta de animação homônimo, o filme estreou em 2018 no Festival de Toronto, onde conquistou o prêmio Fipresci. Foi também exibido no Festival de Berlim.
“Tommaso”
O personagem que dá título ao trabalho mais recente do italiano  Abel Ferrara, interpretado por Willem Dafoe, sente-se em casa em Roma e até se diverte aprendendo italiano. Mas ele também vê mudanças de perspectiva em sua jovem esposa, Nikki, com quem tem uma garotinha, Dee Dee, sua menina dos olhos. A existência cotidiana do artista americano, pairando entre a realidade e, muitas vezes, a precária fantasia, é pontuada por encontros gratificantes e frustrantes que Tommaso tem com os “proprietários” de vários destinos e consigo mesmo. O filme fez parte da seleção do Festival de Cannes 2019.
“Breve Miragem de Sol”
O longa brasileiro de Eryk Rocha conta a história de Paulo, recém-divorciado e desempregado, que começa a trabalhar como taxista para pagar suas contas e a pensão atrasada do único filho. Enquanto dirige à noite pelas ruas do Rio de Janeiro, histórias dos passageiros conectam-se com a sua própria. Mesmo que cada um possua um destino diferente, ao fim é sempre Paulo que está no comando do volante, esperando por dias melhores em meio a uma cidade em decadência e permanente reinvenção.
“Amazônia S.A.”
Diante do fracasso do governo brasileiro em proteger a Amazônia, índios e ribeirinhos, em uma união inédita liderada pelo Cacique Juarez Saw Munduruku, enfrentam máfias de roubo de terras e desmatamento ilegal para salvar a floresta. Documentário assinado por Estevão Ciavatta.
“Barretão”
Dirigido por Marcelo Santiago, o documentário debruça-se sobre o produtor de cinema Luiz Carlos Barreto, mais conhecido como Barretão. Narrado na primeira pessoa, o filme apresenta a trajetória artística e política deste grande “agitador cultural”, como ele mesmo se define. Um personagem cuja biografia se confunde com a história do cinema brasileiro.
“30 Anos Blues”
O longa de Andradina Azevedo e Dida Andrade aborda a Síndrome de Peter Pan, que se caracteriza por um conjunto de comportamentos apresentados por adultos que não querem deixar de ser crianças. O filme recebeu o Prêmio Especial do Júri na 47ª edição do Festival de Cinema de Gramado, em agosto deste ano.
Sobre a Pagu Pictures
Fundada em 2017 por amantes do cinema, a Pagu Pictures é uma distribuidora inovadora que acredita que cada filme é feito para as pessoas que, sem saber, esperavam por ele. Em seu primeiro ano de vida, lançou grandes filmes brasileiros, destacando-se “Gabriel e a Montanha”, de Fellipe Barbosa, único filme brasileiro no Festival de Cannes de 2017, e “On Yoga: Arquitetura da Paz”, de Heitor Dhalia. A Pagu existe para levar cada um de seus filmes às pessoas que desejam esse encontro, seja onde for, seja no formato que for, mas que fundamentalmente acredita que é na sala de projeção que o filme explode inesquecível. O Cinema brasileiro vive!

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