segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Saúde a toda Prova

 PACIENTES DO HC RECEBEM MANTAS COM TECIDO DOADO PELA DAJU.



Ação contou com o trabalho voluntário das Fiandeiras de Curitiba, que confeccionaram 

as mantas a partir de 600 kg de retalhos doados pela rede de lojas. A Daju doou 30 fardos de retalhos, totalizando 600 kg de tecido, para a Associação dos 

Amigos do HC. Com o material, foi possível confeccionar mantas para pacientes 

adultos e recém-nascidos do Hospital de Clínicas da UFPR. “Esta doação nos sensibiliza 

muito, seja pelo toque macio do tecido, seja pela forma como foi coordenada, porque 

estes retalhos irão chegar a quem precisa, e assim estamos aquecendo o coração e a 

alma destas pessoas”, destacou o presidente da associação, Pedro de Paula Filho.

+ Saúde a toda Prova.

Hospitais SUS reúnem histórias de superação e comprometimento social que vão além da covid-19



Em Curitiba, Hospital Universitário Cajuru, que completa 63 anos, concentrou atendimentos de traumas durante pandemia e é referência também em transplantes

A técnica em enfermagem, Maria Olinda Alves Stoco, perdeu a conta de quantos pacientes já atendeu em duas décadas como profissional da linha de frente do sistema de saúde. Hoje, com 51 anos, ela dedicou quase metade de sua vida a salvar a dos outros, sem nunca esquecer o porquê de ter escolhido essa profissão, a qual chama de “chamado divino”. Com uma dedicação ininterrupta de 23 anos, a profissional faz parte do quadro de funcionários do Hospital Universitário Cajuru (HUC), instituição com atendimento 100% Sistema Único de Saúde (SUS), em Curitiba (PR), que completa 63 anos no próximo dia 30 de agosto.


“Assim que terminei o curso de enfermagem, em 1998, o Hospital me acolheu de uma forma muito fraterna. Desde então, o hospital tem sido a minha segunda casa, onde fiz amizades, aprendi e continuo aprendendo muito a cada dia, mesmo após tantos anos. Por ser um ambiente universitário, a troca de conhecimento e experiências é muito grande. Olhando para trás, vejo que evoluí consideravelmente, como pessoa e profissional, desde a primeira vez que entrei por aquelas portas”, relembra.

Em meio a tantas experiências e histórias, que se confundem com sua própria vida pessoal, já que até mesmo um de seus filhos trabalhou no hospital, Maria Stoco recorda com carinho os laços afetivos criados com colegas e pacientes. “Eu já cuidei de muita gente, não sei o número exato, mas algumas histórias nunca saem da minha cabeça. Uma vez, por exemplo, eu estava no ônibus, a caminho do trabalho, quando fui abordada por um senhor. Simpático, perguntou se eu me lembrava dele, mas disse que não. Então ele me abraçou e disse que, cinco anos antes, o tratei muito bem, quando esteve internado no Hospital. Ele disse que eu o ajudei a salvar sua vida. Aquilo me emocionou, pois meu trabalho o tocou de tal forma que ele lembrava do meu rosto após todo aquele tempo. É por isso que, mesmo durante a pandemia, nós seguimos na linha de frente da saúde. Todos nós, que estamos nesse trabalho, amamos nosso ofício e somos gratos por isso”, conta emocionada.

Superação

Enfermeira do Centro Cirúrgico do Hospital Universitário Cajuru, Nadira Francisca dos Santos viu a instituição como uma porta de entrada para uma nova realidade em sua vida. “Eu venho de uma família pobre, que morava em terrenos de ocupação irregular. Trabalhei muito tempo como diarista para poder sobreviver. Quando concluí meu curso de auxiliar de enfermagem, o Hospital me deu uma oportunidade e mudou completamente a minha vida. Hoje, tenho condições de ter a minha casa própria, meu carrinho e posso comprar carne para o meu filho. Tudo isso com o fruto do meu esforço para mudar minha realidade”, comemora.

Há 16 anos como funcionária do HUC, Nadira é pós-graduada com foco em Central de Materiais e Centro Cirúrgico pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) que, assim como o HUC, faz parte do Grupo Marista. “Já trabalhei em outras instituições, mas o Hospital Universitário Cajuru é diferente. Sempre falo para os meus colegas que essas paredes têm algo mágico, que eu não sei explicar. Acho que o olhar humanizado é o nosso grande diferencial, pois você sente que a instituição é uma família. Sinto prazer e realizada aqui dentro, pois sempre tive oportunidades de crescer. Comecei como auxiliar e fui ‘subindo os degraus’, sempre atenta aos cursos oferecidos pelo Hospital aos seus colaboradores”, completa.

Incentivo à solidariedade

Atualmente, o Hospital Universitário Cajuru conta com 944 colaboradores, 309 voluntários, 308 médicos e 110 residentes. Por ano, a instituição realiza em média 147 mil atendimentos, entre internamentos, urgências e emergências, cirurgias e consultas ambulatoriais. E para celebrar seus 63 anos, o HUC promove uma live comemorativa no dia 30 de agosto, às 19h30, no canal do YouTube do hospital e contará com chat ao vivo, depoimentos de voluntários, enfermeiras, pacientes e estudantes de medicina. Durante o evento, será lançado o “Amigo Essencial do Cajuru”, um programa de incentivo a doação para o Hospital.

“O Hospital Universitário Cajuru é uma instituição feita por pessoas que amam atender ao próximo. E a conscientização da população e da sociedade como um todo na arrecadação de fundos para a manutenção desse serviço, que hoje tem um déficit de cerca de R$ 1,5 milhão ao mês, é essencial”, comenta o diretor do hospital, Juliano Gasparetto. Os voluntários do hospital, que fazem parte do projeto que completa 15 anos em 2021, também serão homenageados para marcar ainda o Dia do Voluntário.

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