sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Literatura Atual

               

 Os últimos melhores dias da minha vida é o livro póstumo de um dos mais brilhantes jornalistas brasileiros, em que relata de forma leve e altiva como foram os dez meses entre o diagnóstico do câncer e sua partida, em maio. Apaixonado por São Paulo e mais especificamente pela Vila Madalena, o ex-diretor da Folha de São Paulo e idealizador da Catraca Livre se vale de belas e poderosas metáforas para descrever suas reflexões e sensações diante de uma situação extrema. O que para muitos poderia ser razão para desespero, para Gilberto foi libertador. Escrito em parceria com  sua mulher, a também jornalista Anna Penido, livro tem apresentação de Ana Cláudia Arantes e ilustrações de Paulo von Poser

 

 

 

OS ÚLTIMOS MELHORES DIAS DA MINHA VIDA

Gilberto Dimenstein e Anna Penido

 

140 págs | R$ 34,90

Ilustrações de capa e encarte: Paulo von Poser

 

 

 

Editora Record | Grupo Editorial Record

 

 

Informações à imprensa:
isabella.catao@record.com.br

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“Quanto mais o câncer me subtraía, mais eu conseguia agregar novas dimensões à minha existência. A diferença estava na maneira criativa com que olhava para a realidade à minha volta. Fui um bom repórter porque tinha a capacidade de ver o que ninguém mais via. Portanto, minha percepção já estava treinada para descobrir o inusitado. Era o meu olhar que fazia o mundo ficar mais belo quando via o colorido das flores refletidas na janela. A felicidade que experimentei nos meus últimos melhores dias não foi provocada por algo extraordinário. Nada disso. Sentia um contentamento gigantesco pelo simples fato de estar vivo e poder compartilhar os meus últimos melhores dias com as pessoas que me cercavam. Para alguém que passou a vida toda desconectado, apavorado e ansioso, aquela sensação era estupenda, como deve ser para a taturana quando se reconhece como borboleta”.

 

Gilberto Dimenstein escolheu ser tema de sua última reportagem. É assim que descreve Os últimos melhores dias da minha vida, um relato autobiográfico sobre como enfrentou um grave câncer, narrando o processo a partir do olhar apurado dos mais de trinta anos de carreira no jornalismo. Anna Penido, no papel de “ombudsman” e parceira, esteve ao seu lado para produzir a obra a quatro mãos quando Gilberto já não tinha forças para fazer o trabalho sozinho. O livro ganhou ares de grande declaração de amor, mais uma das cumplicidades do casal.

 

A partir de depoimentos, lembranças e rememorações, delicadamente ilustradas pelo artista plástico Paulo von Poser, Dimenstein reforça que seus últimos melhores dias não foram os únicos grandes momentos de sua vida: experimentou também inúmeras realizações profissionais, viagens, encontros, concertos inesquecíveis de música (uma de suas grandes paixões) e a alegria de ouvir o neto chamá-lo de vovô Gil pela primeira vez. Mas estes melhores dias vividos após a descoberta do câncer — no pâncreas, uma das formas mais agressivas da doença — foram os mais cúmplices, profundos e felizes.

 

Para alguém que, em suas próprias palavras, “passou a vida toda desconectado, apavorado e ansioso”, a sensação de estar vivo e de poder compartilhar a vida com as pessoas que ama, agregando novo significado à existência, se compara ao momento em que a taturana se reconhece como borboleta. Graças a esta obra, e ao legado que o autor nos deixa, os últimos melhores dias de Gilberto Dimenstein serão eternos.

 

Gilberto Dimenstein atuou em diversos veículos de comunição e conquistou reconhecimento com reportagens e livros de grande impacto sobre temáticas cidadãs. Fundou a Catraca Livre, um dos principais portais de notícias do país, e as organizações sociais Cidade Escola Aprendiz e ANDI – Comunicação e Direitos. Foi presidente do conselhor da Orquestra Sinfônica Heliópolis. A experiência do tratamento e de seus últimos dias é contada neste livro, escrito a quatro mãos com sua companheira, Anna Penido.

                                      

Anna Penido dedica-se a promover o desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens. Especializou-se em inovações educacionais. Contribuiu com a criação da Base Nacional Comum Curricular e a reforma do Ensino Médio. Criou o portal Porvir e a organização Cipó – Comunicação Interativa, entre outros projetos sociais relevantes. Jornalista por formação, educadora por vocação e idealista por compulsão. Seu propósito é contribuir para que a escola faça mais sentido para os estudantes.

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