domingo, 4 de outubro de 2020

A arte do possível

 

VI Seminário Internacional ARTE!Brasileiros terá edição online em outubro.




Realizado nos dias 08 e 09 de outubro, o evento reúne vozes potentes como o filósofo italiano Franco “Bifo” Berardi, o ambientalista e escritor Ailton Krenak e o cientista Antônio Donato Nobre para debater questões atuais sob o tema “Em defesa da natureza e da cultura – a arte do possível”


arte!brasileiros e Goethe-Institut têm o prazer de apresentar o VI Seminário Internacional Virtual ARTE!Brasileiros: Em defesa da natureza e da cultura – a arte do possível.

arte!brasileiros é uma plataforma de arte e cultura contemporânea que completa 10 anos de existência em 2020. Somos uma mídia dedicada à arte no Brasil, com canais digitais e impressos, além de seminários e simpósios especializados. Tradicionalmente, nosso seminário internacional ocorre na ocasião da abertura da Bienal de São Paulo, mas com seu adiamento, reformulamos o formato. O Goethe-Institut, instituição do governo da Alemanha para difusão da cultura e da língua alemã presente em 93 países, é parceira do Seminário ARTE!Brasileiros nessa e em diversas edições.


Dessa vez em edição digital, o seminário ocorre em duas manhãs, nos dias 8 e 9 de outubro, das 9h30 às 12h30 (GMT-3). O encontro reúne artistas, especialistas, ativistas do meio ambiente e curadores e a transmissão ocorre pelo Youtube.

VI Seminário Internacional Virtual ARTE!Brasileiros: Em defesa da natureza e da cultura – a arte do possível busca, como em edições anteriores, observar como a arte se posiciona no mundo contemporâneo, agora pautado pelos temas que ganharam ainda mais urgência em um contexto pandêmico.

Reuniremos profissionais, curadores e artistas de duas das mais importantes exposições pautadas para 2020, a Bienal de Berlim e a Manifesta, em Marselha. As duas mostras se preocupam em atuar de forma marcante no nível local e, ao mesmo tempo, abordam temas como o combate ao fanatismo e ao extrativismo, a vulnerabilidade de indivíduos que vivem em campos ou situação de confinamento e a existência de corpos sexodissidentes.

A artista indígena Naiara Tukano abre o seminário com uma performance, seguida por uma conversa entre a artista, o líder indígena, ambientalista e escritor Ailton Krenak e o cientista e ativista Antônio Donato Nobre. Em seguida é a vez da pesquisadora e historiadora da arte Andrea Giunta, curadora da última Bienal do Mercosul, conversar com a dupla Bárbara Wagner e Benjamin de Burca, que comentam sua participação na Manifesta 13, em Marselha. E para encerrar o primeiro dia, o seminário recebe o filósofo italiano Franco “Bifo” Berardi, importante pensador sobre o futuro pós-pandemia.

No dia seguinte, Diane LimaBia Lemos e Thiago de Paula Souza, curadores da Frestas – Trienal de Artes, trazem para a discussão questões sobre a diversidade e novos lugares democráticos de atuação. Em seguida, os curadores da Bienal de Berlim, a brasileira Lisette Lagnado e o espanhol Agustín Pérez Rubio, conversam com a artista brasileira Aline Baiana e o artista guatemalteco Edgar Calel, que participam da bienal, encerrando o seminário.

Sobre os participantes:

Agustín Pérez Rubio. Espanhol. Curador, historiador e crítico de arte.

Agustín Pérez Rubio é curador, historiador e crítico de arte, formado em História da Arte pela Universidade de Valência, na Espanha. Foi Diretor Artístico do Malba - Museu de Arte Latinoamericana de Buenos Aires entre 2014 e 2018 e Diretor do Museo de Arte Contemporáneo de Castilla y León (MUSAC) entre 2003 e 2013, além de ter realizado curadorias de mais de 150 exposições. Ele é um dos curadores da 11ª Berlin Biennale.


Ailton Krenak. Brasileiro. Jornalista, ambientalista e ativista dos direitos humanos.

Ailton Krenak é jornalista e ativista indígena dos direitos humanos nascido no Vale do rio Doce, Minas Gerais. Em 1987, na Assembleia Constituinte, liderou a luta pelos princípios inscritos na Constituição Federal do Brasil. Fundou e dirige no Núcleo de Cultura Indígena. Recebeu vários prêmios e homenagens por sua atuação, como o Prêmio Nacional de Direitos Humanos – Brasil e o Prêmio Onassis – Grécia. É autor de diversos livros, como Ideias Para Adiar O Fim Do Mundo, lançado pela Companhia das Letras.

Aline Baiana. Brasileira. Artista.

Aline Baiana é uma artista brasileira, nascida em Salvador, que vive entre São Paulo e Berlim. Sua produção artística se desenvolve a partir do conflito ontológico em convergência com os estudos indígenas, feministas, étnicos, ambientais e de justiça social. Em 2019, participou da Bienal de Sharjah14. Atualmente, é uma das artistas que fazem parte da 11ª Berlin Biennale, onde apresenta a instalação The Cross of the South.

Andrea Giunta. Argentina. Historiadora da arte e curadora.

Andrea Giunta é historiadora da arte e curadora. É doutora em Filosofia e Letras pela Universidade de Buenos Aires, na Argentina, onde atua como professora. Foi diretora fundadora do Centro de Estudos Visuais Latino-Americanos da Universidade do Texas, nos EUA, entre 2009 e 2013. Foi professora convidada na Duke University e na Ecole des Hautes Études en Sciences Sociales, e também professora visitante na Columbia University. É autora de diversos livros sobre Arte Latino-Americana e Internacional.

Antonio Donato Nobre. Brasileiro. Cientista e ativista.

Antonio Donato Nobre é cientista e ativista que pesquisa a Amazônia há quase 40 anos. Foi autor do relatório O Futuro Climático da Amazônia, que trabalhou a importância da floresta e o contexto das mudanças climáticas. Ele reside e trabalha em São José dos Campos, interior de São Paulo, onde atuacomo pesquisador sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Ele trabalha diversas questões na agenda de desenvolvimento sustentável para a Amazônia.

Barbara Wagner. Brasileira. Artista / Benjamin de Burca. Alemão. Artista.

Barbara Wagner é uma artista brasileira, nascida em Brasília, que tem sua prática em fotografia centrada no ‘corpo popular’ e suas estratégias de subversão e visibilidade entre os campos da cultura pop e da tradição. Ela possui mestrado em Artes visuais pelo Dutch Art Institute. Suas obras estão em coleções importantes, como no MASP e MAM em São Paulo. Benjamin de Burca é um artista alemão nascido em Munique, na Alemanha. Ele é mestre em Belas Artes pela University of Ulster, em Belfast, na Irlanda. Seu trabalho é focado principalmente em colagens, fotografias e pintura. Os dois trabalham em colaboração desde 2011, vivendo e trabalhando no Recife. Juntos, participaram do 33º Panorama de Arte Brasileira; da 4ª Bienal do Oceano Índico, na França; da 32a. Bienal de São Paulo e da 58ª Bienal de Veneza. Apresentam agora um novo trabalho na Manifesta 13, em Marselha.

Beatriz Lemos. Brasileira. Curadora, historiadora e pesquisadora.

Beatriz Lemos é curadora e pesquisadora nascida no Rio de Janeiro. Ela é mestre em História Social da Cultura pela PUC-RJ. É idealizadora da plataforma de pesquisa Lastro – Intercâmbios Livres em Arte e atua na promoção, ensino e curadoria de processos de criação anticoloniais, antirracistas e feministas no Brasil e América Latina. Foi curadora da Bolsa Pampulha 2018/2019 e coordena o Grupo de Estudos Lastro na Casa 1. É uma das curadoras da Frestas – Trienal de Artes.

Diane Lima. Brasileira. Curadora, crítica de arte e pesquisadora.

Diane Lima é uma curadora e pesquisadora nascida na Bahia. Ela é mestra em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. Realiza práticas curatoriais multidisciplinares em perspectiva decolonial. Foi cocuradora da Residência PlusAfrot da exposição coletiva Lost Body – displacement as choreography. Em 2018, foi curadora do Valongo Festival Internacional da Imagem e integrante do Grupo de Críticos de Arte do Centro Cultural São Paulo. Faz parte da curadoria da Frestas – Trienal de Artes.

Edgar Calel. Guatemalteco. Artista.

Edgar Calel é um artista guatemalteco nascido em Chi Xot, Comalapa, na comunidade indígena Maya Kaqchikel. Ele vive e trabalha na cidade onde nasceu, mas está em constante trânsito, realizando residências e exposições pelo mundo. Seu trabalho é dedicado a espalhar os seus rituais e raízes de sua comunidade: ouvindo, escrevendo, vendo e vivendo essa cultura ancestral. Ele apresenta três obras na 11ª Berlin Biennale.

Franco “Bifo” Berardi. Italiano. Filósofo, ativista e escritor.

Franco “Bifo” Berardi é um filósofo, ativista e escritor nascido em Bolonha, na Itália. Veterano do Maio de 1968, é um importante articulador do movimento autonomista italiano. Ele atua como professor de História Social da Mídia na Academia Brera. Escreveu diversos livros sobre as transformações dos processos de trabalho e comunicação no capitalismo pós-industrial. No Brasil, seus livros Depois do futuro Asfixia foram lançados pela Ubu Editora. Extremo - crônicas da psicodeflação, que trata especialmente da pandemia, tem lançamento previsto para outubro.

Lisette Lagnado. Brasileira. Curadora, jornalista e crítica de arte.

Lisette Lagnado é curadora e crítica de arte. Doutora em filosofia pela Universidade de São Paulo, foi coeditora das revistas Arte em São Paulo nos anos 1980 e da revista trópico (2001-2011). Foi curadora da 27ª Bienal de São Paulo e foi diretora da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, onde foi também curadora dos programas públicos (2014-2017). É uma das curadoras da 11ª Berlin Biennale.

Naiara Tukano. Brasileira. Artista, curadora, advogada e ativista.

Naiara Tukano pertence ao povo Yepã Masã da região de da região do Alto Rio Negro, no Amazonas. Mãe, artista plástica, curadora, advogada e ativista, desenvolve projetos que podem contribuir para o fortalecimento cultural e espiritual dos povos nativos. Trabalha como curadora do projeto Sawé junto com o Sesc. Naiara defende os Direitos da Natureza e iniciativas que busquem o reconhecimento do respeito pela vida de todos os seres e a regeneração da terra e todas as suas formas de vida.

Thiago de Paula Souza. Brasileiro. Curador, cientista social e educador.

Thiago de Paula Souza é um curador e educador com formação em Ciências Sociais. Nascido em São Paulo, ele participa do programa Propositions for Non-Fascist-Living, organizado pela BAK (base voor actuele kunst). Com a curadora Gabi Ngcobo, criou a plataforma I've seen your face before, parte do projeto Ecos do Atlântico Sul, do Goethe-Institut, em São Paulo. Foi membro da equipe curatorial da 10ª Bienal de Berlim. É um dos curadores da Frestas – Trienal de Artes.

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O quê?

VI Seminário Internacional Virtual ARTE!Brasileiros: Em defesa da natureza e da cultura – a arte do possível

Quando?

8 e 9 de outubro, das 09h30 às 12h30

Onde?

Online, no Youtube.

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