quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Acontece

PROJETO VIABILIZA ACOMODAÇÃO DE
PROFISSIONAIS DE SAÚDE EM HOTÉIS.


Foto economista Nastássia Romanó Leite de Castro, coordenadora do projeto Rooms
Against Covid Brasil. Um projeto voluntário que viabilizou acomodação temporária a profissionais de
saúde que atuam no combate ao coronavírus em Portugal chegou ao Brasil.


mais precisamente, em Curitiba, Porto Alegre, São Paulo, Sorocaba,
Campinas, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá e Salvador. Trata-se do projeto Rooms Against Covid Brasil (Quartos contra Covid) que
está operando desde maio na capital paranaense e deve ser implantado além
das capitais, também em cidades do interior do Paraná onde o problema com
o corona vírus é sério.



 A coordenação do projeto é da economista Nastássia
Romanó Leite de Castro. O objetivo é mostrar que tem como projetos
mitigarem efeitos na saúde e também na economia. Se é verdade que 1
pessoa tem potencial de contaminar 80 em 30 dias, o projeto já permitiu que
7.200 não fossem atingidas pelo coronavírus. “Assim, contribuímos para não
lotar a saúde pública e privada, e também movimentamos quartos antes vazios,
através de uma rede de voluntários, parceiros, apoiadores”, comenta a
coordenadora do projeto
E prossegue Nastássia Romanó: “Já viabilizamos 240 noites a profissionais de
saúde. Temos 150 cadastrados em nossa base, em quase todos os estados do
Brasil. Estas pessoas tem necessidade urgente; Como as condições salariais
não permitem que consigam arcar com o custo total da estadia, mesmo com as
tarifas promocionais, o projeto busca doações. Para que possamos ter impacto
ainda mais significativo e alavancar a operação, necessitamos de capital que
ajude a alocar o quanto antes os já cadastrados, além de outros que se
interessem pelo projeto.”
Em Curitiba, São Paulo e Brasília, hotéis aderiram à campanha, cedendo
apartamentos para abrigar profissionais que estão trabalhando na linha de
frente no combate ao Coronavirus, para que não tenham que ir para suas
casas, o que leva a expor seus familiares ao risco.
De acordo com a coordenadora do trabalho, “entendemos que para o projeto
poder alavancar e ter impacto ainda mais significativo, é necessário captar
doações. Hoje, os hotéis entram como participantes com uma tarifa solidária
(valor que mantenha seus custos, não dando prejuízo). Porém, a remuneração
desses profissionais de saúde hoje ainda não viabiliza que possam arcar com
os custos promocionais. Por isso, o projeto resolveu criar campanha de
doações em que o valor total é revertido para subsidiar as acomodações e
viabilizar a alocação dos profissionais de saúde. Podem participar empresas,
com cotas maiores, e também pessoas físicas.”
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Para a coordenadora do projeto, Nastássia Romanó, “estar no Rooms Against
Covid significa participar de uma rede de solidariedade. Para o hotel, é uma
ação de responsabilidade social ao acolher profissionais de saúde cobrando
tarifas simbólicas, mas é algo que além de gerar valor à sua marca, auxilia para
que mantenha sua operação.”
Ao explicar os procedimentos, a coordenadora salienta que “os quartos são
completamente higienizados . Se durante a estadia alguém apresentar algum
sintoma da Covid-19, os protocolos ficam ainda mais rigorosos. O profissional
de saúde pode ficar no mesmo quarto e depois que ele faz checkout, o quarto
fica em quarentena (de 3 dias) antes de profissionais da limpeza entrarem no
quarto”.
Mais adiante, Nastássia explica que existem algumas especificações que
ajudam para que mais hotéis consigam participar, dando segurança a todos
envolvidos (incluindo seus colaboradores). São boas práticas de limpeza, que
garantem segurança. Para tal, o projeto criou um estudo de protocolos de
limpeza e biossegurança, apartir das recomendações da OMS e também das
secretarias de saúde. Além disso, fez uma parceria com a FACOP, que oferece
consultores especializados em limpeza para atrair hotéis e apoiá-los a manter
sua operação em meio à pandemia.
A maioria do nosso público (enfermeiros, técnicos em enfermagem,
fisioterapeutas) mora em residências com ambientes compartilhados, que não
permitem que eles, dentro de suas próprias casas, consigam ter
distanciamento social necessário para não levarem o risco a seus familiares.
Além disso, muitos deles moram com pessoas do grupo de risco. No caso da
hospedagem em hotel, além de poderem dormir bem, tranquilos, para que
possam ter melhores condições de exercer seu trabalho, conseguem
descansar por saberem que não estão expondo ninguém. Ao fazer isso, o
projeto também contribui para que reduza o risco de contaminação da COVID19

Nastássia Romanó assistiu ao início da pandemia enquanto ainda estava na
França. Segundo ela, “Quis aproveitar que o Brasil estava atrasado em
relação à Europa, epicentro da pandemia. Pensei que fazia sentido olhar
projetos bem sucedidos e trazer ao Brasil. Em Portugal, o governo lançou um
desafio à comunidade de tecnologia, para que criassem soluções com
potencial de crescer mais rápido que o vírus. Da reunião de startups, surgiu o
movimento tech4covid19, que reuniu mais de 5.000 voluntários, 40 projetos –
um deles, o Rooms Against Covid”. A coordenadora do projeto, citou alguns exemplos, como de “um hotel em
Curitiba destinou 20 dos 178 apartamentos para o projeto. Os demais
hóspedes não têm contato com a ala, que está fechada por causa da crise do
coronavírus. Os profissionais de saúde não podem ficar circulando e todas as
refeições têm de ser feitas do lado de dentro. Após checkout, 3 dias de
quarentena e só depois é limpo.
Na prática, a iniciativa funciona por meio de uma plataforma, que não tem custo
algum. Nela, interessados em ofertar apoio (proprietários de acomodações,
hotéis) se cadastram, bem como os que precisam de ajuda (profissionais da
saúde da linha de frente no combate ao coronavírus). “Assim, provemos bem-
estar, conforto, acolhendo essas pessoas que estão trabalhando sob pressão,
amenizando sua árdua rotina. Ao fazer isso, viabilizamos a conexão com
quartos de hotéis, flats, studios que hoje estão vazios por conta da pandemia,
ocupando-os., explica a coordenadora.
No geral, são analisadas a jornada de trabalho dos profissionais de saúde para
verificar exposição ao coronavírus, o local de trabalho, valor que pode pagar a
diária e a partir desses dados, são ofertadas acomodações mais convenientes.
O contato para parcerias é no info@roomsagainstcovid.com.br. E informações sobre o estão disponíveis no Site
www.roomsagainstcovid.com.br e pelo whats 41 9 9969-18

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