segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Veteranos do jazz e do blues, James ‘Blood’ Ulmer e Vernon Reid apresentam show inédito no canal
Além do espetáculo, a dupla fala sobre sua trajetória e a presença do blues em suas vidas
Frame do show James "Blood" Ulmer & Vernon Reid.
Teaser: https://youtu.be/t9-AgRpB_Dk 


Com mescla de soul, blues e jazz, o show dos guitarristas James ‘’Blood’’ Ulmer & Vernon Reid, realizado no Sesc Pompeia durante o Festival Sesc Jazz de 2018, será exibido pelo SescTV no dia 9/10quarta, às 22h. O espetáculo é pontuado por entrevistas dos artistas, que falam sobre a importância de expressar os sentimentos por meio da música; sobre a carreira de Ulmer e a amizade dos dois. (Assista também em sesctv.org.br/aovivo.)



Ulmer conta que foi proibido pelos seus pais de tocar blues e, portanto, desde o início da sua carreira ele evitou o gênero até meados de 2001. Quando saiu do estado da Carolina do Sul, Ulmer não queria que ninguém soubesse seu nome verdadeiro, então, aos 18 anos, adotou o pseudônimo de Young Blood. Conforme foi envelhecendo, as pessoas começaram a chamá-lo apenas de Blood.

Depois de ter lançado discos com a Columbia Record e a Blue Note Records, e ter o compositor e saxofonista Ornette Coleman (1930-2015) como seu produtor, o guitarrista foi convencido por Venon Reid a realizar um disco de blues na Sun Studio. ‘’Ele montou a banda, que é a mesma com a qual toco até hoje, escolheu a gravadora e as músicas que queria que eu cantasse. Eu o deixei fazer isso. Ele é a primeira e única pessoa que já me produziu como artista. Foi assim que nasceu a Memphis Blood Blues Band”, explica Ulmer. 

Já pela perspectiva de Vernon Reid, criador da banda Living Colour, quando ouviu Blood cantar, ficou impressionado e pensou que ele era ‘’um cara do blues’’. Nomes como Buddy Guy, John Lee Hooker e Howlin’ Wolf passaram pela cabeça de Reid ao ouvir o amigo e logo ele associou seu estilo a essas grandes referências do blues.

Reid ainda explica que os gêneros blues, gospel e jazz não são a mesma coisa. Enquanto o primeiro está preocupado com a realidade mundana, a condição humana e todas as suas luxúrias, o segundo aborda o transcender as coisas deste mundo; é sobre uma realidade para as pessoas que creem na ideia de um deus monoteísta e que há o céu e o inferno. ‘’As pessoas consideram o blues a música do diabo por falar sobre o cotidiano e sobre como as pessoas são, já o gospel é sobre como elas deveriam ser e como querem ser. Então, a família de Blood aceitava melhor que ele tocasse jazz, por ter uma certa visão do estilo ser mais respeitável’’, diz o guitarrista em relação a intolerância da família de Ulmer ao blues.  

Ao lado de James ‘’Blood’’ Ulmer (voz e guitarra) e Vernon Reid (guitarra), sobem ao palco os músicos Charles Burnham (violino), Leon Gruenbaum (teclado), David Barnes (gaita), Mark Peterson (baixo) e Aubrey Dayle (bateria).

Repertório: Spoonful (Willie Dixon); I Want To Be Loved (Willie Dixon); There Is Power In The Blues (James ‘’Blood’’ Ulmer); Evil (Willie Dixon).

Sobre o SescTV: 
O SescTV é um canal de difusão cultural do Sesc em São Paulo, distribuído gratuitamente, que tem como missão ampliar a ação do Sesc para todo o Brasil. Sua grade de programação é permeada por espetáculos, documentários, filmes e entrevistas. As atrações apresentam shows gravados ao vivo com grandes artistas da música e da dança. Documentários sobre artes visuais, teatro e sociedade abordam nomes, fatos e ideias da cultura brasileira. Ciclos temáticos de filmes e programas de entrevistas sobre literatura, cinema e outras artes também estão presentes na programação.

Serviço:

James Blood Ulmer & Vernon Reid 
Estreia: 9/10, quarta, às 22h.
Reapresentações: 10/10, quinta, às 2h e às 12h; 13/10, domingo, às 3h, às 18h e às 24h. 
Classificação Indicativa: Livre 
Produtora: Fuego Digital.

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Canal 128, da Oi TV 
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