Ser feliz o tempo todo, todos os dias, também há de ter seu preço e seus conflitos. É o que pretende mostrar a protagonista vivida por Martha Nowill na peça Felicidade, escrita por Caco Galhardo e dirigida por Dani Angelotti. Na direção musical e também no palco, o espetáculo conta ainda com a participação do cantor e compositor Zeca Baleiro, dos atores Eduardo Estrela, Luisa Micheletti, Nilton Bicudo e Willians Mezzacapa e da percussionista Layla Silva. A temporada estreia em 7 de janeiro de 2026 e segue até 1º de fevereiro no Teatro Sérgio Cardoso, equipamento da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerido pela Associação Paulista dos Amigos da Arte (APAA), em São Paulo. O espetáculo é apresentado pelo Ministério da Cultura e pela Bradesco Seguros, com produção da Morente Forte Produções Teatrais, que completa 40 anos de trajetória, e realização da Cubo Produções.
O texto foi criado inspirado pela canção Vai (Menina Amanhã de Manhã), de Tom Zé. Com cara de quadrinhos e ambiente de show musical, o espetáculo narra a inesperada virada na vida de uma jornalista e influenciadora de sucesso, que sem nenhuma razão aparente acorda com uma felicidade radiante e inexplicável. O que poderia ser apenas um bom dia se transforma em uma desconhecida forma de existir, já que essa alegria simplesmente não vai embora. Agora, ela precisa aprender a lidar com sua nova personalidade transformada. Mas será que o mundo ao seu redor está preparado para conviver com tanta felicidade?
No momento em que o Brasil alcançou a liderança do ranking mundial de casos de depressão, durante a pandemia de Covid-19, segundo pesquisa publicada pela Universidade de São Paulo (USP) em 2021, Caco Galhardo, ouvindo a canção de Tom Zé, começou a imaginar como seria se no dia seguinte a felicidade desabasse sobre nós. “Me veio essa cena de uma mulher que acorda muito feliz sem o menor motivo. No mesmo instante senti que daria uma peça. Escrevi, deixei na portaria do Tom Zé e numa tarde ele me ligou dizendo que tinha gostado. Foi como se a felicidade tivesse desabado sobre mim”, parafraseia o autor.
A partir do texto e das produções de Caco como cartunista, a diretora Dani Angelotti, utilizando-se das linguagens dos quadrinhos e da música, trabalhou em uma direção que trouxesse para a cena um pouco de cada um desses elementos. “Essa mistura de linguagens é um desafio do rumo que a minha direção deseja seguir, buscando constantemente proporcionar ao público múltiplas experiências artísticas”, declara. Dani conta também que, imaginando desde o primeiro contato com o texto a montagem com música como parte integrante das cenas, logo convidou Zeca Baleiro para criar a trilha original e assinar a direção musical. “Mas foi somente a partir dos encontros criativos comigo, elenco e autor que surgiu a ideia de expandir essa colaboração para além da música gravada, trazendo a presença do músico em cena, ao vivo, em diálogo direto com o espetáculo.”
Zeca Baleiro já se relaciona com o teatro desde os seus 17 anos. Apesar de seu conhecido e premiado sucesso no mundo da música, ele iniciou a carreira compondo melodias e músicas para peças infantis, onde se destacou pela qualidade de suas letras. “Não sou ator, o que faço nesses casos é pôr em ação o meu próprio personagem de palco. É um processo sempre delicioso e divertido. Esse ‘papel’ é um exu, um anjo que canta, que conduz os destinos, algo assim…”, comenta.
No palco Zeca Baleiro é acompanhado pela percussionista Layla Silva e o elenco é composto por Eduardo Estrela, Luisa Micheletti, Nilton Bicudo e Willians Mezzacapa, além de Martha Nowill, que protagoniza Felicidade, celebrando seu terceiro trabalho com Galhardo. Fã do cartunista, Martha revela que desde 2008, quando o conheceu, insistiu para que ele escrevesse a dramaturgia. A partir de então, trabalharam juntos em 2010, 2017 e agora no espetáculo Felicidade. “O que eu gosto da dramaturgia do Caco é que apesar de ser homem, suas protagonistas são sempre mulheres. Gosto muito do tom dos textos e diálogos, que acabam sendo uma mistura do teatro com os quadrinhos. Essa mistura é sempre cômica e tem um quê de non sense que eu gosto muito. Parece realismo, mas em todos os seus textos, tem sempre um fator que desloca os personagens da realidade, algo que não se explica, meio surreal”.
Em Felicidade, a personagem trouxe para a protagonista a reflexão sobre as contradições que abarcam o sentimento de felicidade, em um contexto social que produz tantos conflitos e tristezas. “A personagem, com sua felicidade à prova de balas, tem um lado ingênuo que eu acho bonito. Por outro lado, acho que existe uma leitura da personagem que tem a ver com política, porque fala da felicidade coletiva. Quer dizer, como posso caminhar feliz por aí, se todos à minha volta estão infelizes? Quanto mais gente feliz, mais a felicidade tende a se multiplicar. Então eu acho que a peça tem esse equilíbrio entre buscar a própria felicidade, mas com o olhar atento ao outro”, conclui.
SINOPSE
Felicidade é uma comédia teatral com cara de quadrinhos e ambiente de show musical que conta a história de uma escritora que acorda feliz sem ter o menor motivo. Como a tal felicidade não vai embora, ela tem de se adaptar a sua nova personalidade, mas será que os outros vão se adaptar a ela?
Morente Forte Produções Teatrais – produção.
Há 40 anos, Selma Morente e Célia Forte são sócias da Morente Forte Comunicações, empresa especializada em produção na área cultural, com foco exclusivo nas artes cênicas, difundindo e assessorando o setor. Fundada em 1985, a empresa já participou de quase 4.000 espetáculos teatrais ao longo de suas quatro décadas no mercado, consolidando-se como uma das mais atuantes do segmento. Com um portfólio diversificado que vai de musicais de grande porte a montagens intimistas, a Morente Forte construiu uma trajetória marcada por solidez, inovação e parceria com alguns dos maiores artistas e diretores do país.
Sobre o Circuito Cultural Bradesco Seguros
Manter uma política de incentivo à cultura faz parte do compromisso do Grupo Bradesco Seguros considerando a cultura como ativo para o desenvolvimento dos capitais do conhecimento e do convívio social. Nesse sentido, o Circuito Cultural Bradesco Seguros se orgulha de ter patrocinado e apoiado, nos últimos anos, em diversas regiões do Brasil, projetos nas áreas de música, dança, artes plásticas, teatro, literatura e exposições, além de outras manifestações artísticas. Dentre as atrações incentivadas destacam-se os musicais “A Noviça Rebelde”, “Ursinho Pooh, O Musical”, “Priscilla, a Rainha do Deserto”, “O Jovem Frankenstein”, “O Rei do Rock, O Musical”, “Bibi Uma Vida em Musical”, “Elis, a Musical” além dos espetáculos teatrais “O Que Só Sabemos Juntos”, “Eu de Você”, “Doidas e Santas”, “Três Mulheres Altas”, a “Série Dellarte Concertos Internacionais”, a companhia de dança “Momix – Alice” e outros.
Ficha técnica
Texto: Caco Galhardo. Direção Geral: Dani Angelotti. Direção Musical e participação ao vivo: Zeca Baleiro. Com: Martha Nowill, Eduardo Estrela, Luisa Micheletti, Nilton Bicudo, Willians Mezzacapa.
Participação musical: Layla Silva. Assistente de direção e Coro: Raphael Gama. Colaboração artística: André Acioli. Cenário e Figurino: Kleber Montanheiro. Identidade visual: Caco Galhardo e Luciana Nunes. Designer de Luz: Gabriele Souza. Designer de Som: João Baracho. Direção de movimento e Coreografias: Zuba Janaina. Preparação Vocal: Ana Luiza. Designer: Laerte Késsimos e Luciano Angelotti. Fotos: Edson Kumasaka. Visagismo: Louise Helène. Social Media: Isabella Pacetti.
Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Camareira: Ana Preta. Operação de som: Carlos Pereira. Operação de luz: Rafael Boese.Contrarregra e Participação: Luiz Carlos Ferreira.
Microfonista e Participação: Claudi Ferreira. Assistente de produção: Juliana Barbosa. Direção de Produção: Selma Morente. Coordenação de Comunicação: Célia Forte. Produção Executiva: Camila Scheffer e Egberto Simões. Idealização: Dani Angelotti e Martha Nowill. Uma produção Morente Forte Produções Teatrais. Realização: Cubo Produções.
SERVIÇO
FELICIDADE
Estreia 07 de janeiro de 2026
Temporada: 07 de janeiro a 1º de fevereiro
Quartas, quintas e sextas-feiras às 20h; Sábados às 17h e 20h; Domingos às 17h
Classificação etária: 14 anos. Duração: 80 minutos.
Instagram: @felicidadeteatro
Ingressos: https://bileto.sympla.com.br/event/112106
Venda: Sympla.com.br
Teatro Sérgio Cardoso
Teatro Sérgio Cardoso | Sala Nydia Licia (Capacidade: 827 lugares)
R. Rui Barbosa, 153 - Bela Vista, São Paulo – SP
Sobre o Teatro Sérgio Cardoso
Localizado no boêmio bairro paulistano do Bixiga, o Teatro Sérgio Cardoso mantém a tradição e a relevância conquistada em mais de 40 anos de atuação na capital paulista. Palco de espetáculos musicais, dança e peças de teatro, o equipamento é um dos últimos grandes teatros de rua da capital, e foi fundamental nos dois anos de pandemia, quando abriu as portas, a partir de rígidos protocolos de saúde.
Composto por duas salas de espetáculo, quatro dedicadas a ensaios, além de uma sala de captação e transmissão, o Teatro tem capacidade para abrigar 827 pessoas na sala Nydia Licia, 149 na sala Paschoal Carlos Magno, além de apresentações e aulas de dança no hall do teatro.
Sobre a Amigos da Arte
A Associação Paulista dos Amigos da Arte é uma Organização Social de Cultura que trabalha em parceria com o Governo do Estado de São Paulo desde 2004. Música, literatura, dança, teatro, circo e atividades de artes integradas fazem parte da atuação da Amigos da Arte, que tem como objetivo fomentar a produção cultural por meio de festivais, programas continuados e da gestão de equipamentos culturais públicos. Em seus 20 anos de atuação, a Organização desenvolveu mais de 70 mil ações que impactaram mais de 30 milhões de pessoas.
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Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo
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