quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Entretenimento

 

“Gulag" revela horror nos campos de
prisioneiros da URSS de Stalin

O horror por trás do Gulag, um sistema de campos de trabalhos forçados dentro da antiga União Soviética, dedicados a aprisionar e a punir todos os que fossem considerados ameaças para o regime, é contado no documentário “Gulag, a história dos campos de concentração soviéticos”, de Patrick Rotman, Nicolas Werth e François Aymé. O filme é uma produção da ARTE France e Kuiv-Michel Rotman, dividida em dois episódios, que se baseia em imagens históricas e em depoimentos de ex-prisioneiros, recolhidos entre 1988 e 2014.


O embrião do Gulag começou ainda sob comando de Lênin, mas foi implementado de vez no governo stalinista, após uma reforma penal que monta um sistema robusto e integrado que submete os presidiários — em cada vez maior número — a trabalhos forçados e às mais terríveis violações de direitos humanos. Segundo o documentário, um em cada seis adultos soviéticos foi levado ao Gulag, entre inimigos do regime, anarquistas, criminosos comuns, religiosos, prisioneiros de guerra — sobretudo com o avanço das tropas soviéticas e com a conquista de territórios durante a Segunda Guerra Mundial — e até cidadãos repatriados.

Logo, o Gulag se tornou uma verdadeira “indústria penitenciária”, e a mão de obra proveniente desses campos de concentração se tornou elemento fundamental da economia soviética. Apenas após a morte de Stalin, o fim do Gulag passa a ser uma realidade, principalmente após a revogação do artigo do código penal soviético, em 1958, que legitimava prisões políticas em massa. A exibição é na Sexta da Sociedade, 19 de fevereiro, às 23h.

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