sábado, 13 de abril de 2024

Não são Acidentes.

 


Em Harvard, depoimentos dos familiares de vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho causa comoção em evento sobre extrativismo predatório no Brasil.

Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão-Brumadinho, em Harvard, nos EUA - Foto: AVABRUM

“Quantas pessoas terão que morrer para que haja medidas eficazes de prevenção de tragédias como as de Brumadinho e Mariana?”, disse representante da AVABRUM ontem, 11/04, na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Ação deu início a painéis, que se encerram hoje, sobre extrativismo predatório no Brasil.

Brumadinho,2024 - No final da tarde do dia 12 de abril representantes da AVABRUM (Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão-Brumadinho) deram seus depoimentos no evento “Extrativismo Predatório: As Maiores Catástrofes de Mineração do Brasil em um Contexto Global”, que está acontecendo na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.


“Tragédias como as de Brumadinho e Mariana não são acidentes. Barragens não se rompem da noite para o dia. Existem monitoramentos, especialistas, fiscalização. Porém, infelizmente, também existe a  falta de ética de muitos profissionais, sem falar da maquiagem que a empresa faz para esconder  todos os impactos desses crimes”, disse a presidente da associação, Andresa Rodrigues, que perdeu seu único filho, Bruno Rodrigues, na tragédia-crime da Vale em 2019. “Quantas pessoas terão que morrer para que haja medidas eficazes de prevenção de tragédias como essas?”, indagou.


Andresa e Alexandra Andrade, também da diretoria da AVABRUM, foram a Harvard para participar dos painéis de debate do evento a convite do Centro David Rockefeller para Estudos Latinoamericanos. 

Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão-Brumadinho, em Harvard, nos EUA - Foto: AVABRUM

O início do debate contou com a sessão comentada do documentário “Lavra”, que trata como as catástrofes de mineração moldaram o estado brasileiro de Minas Gerais e seus habitantes. Durante a ação, Andresa Rodrigues, além de impactar e emocionar o público com sua fala, também pediu 1 minuto de silêncio em memória e homenagens às 272 vítimas do colapso. 


A presidente da AVABRUM também falou sobre as bandeiras defendidas pela AVABRUM e a importância da presença dos familiares das vítimas de tragédias em espaços como a Universidade de Harvard.  


“É muito importante estar aqui. Fazer esse debate nesta universidade é uma forma de ajudar a luta dos familiares, e incentivar fiscalizações efetivas em todos os lugares ao redor do mundo. Precisamos formar profissionais que tenham além de conhecimento, responsabilidade com a vida. Profissionais que ao se depararem com negligências em seu local de trabalho possam fazer denúncias, sem se sentirem ameaçados. Em Brumadinho, com as apurações das investigações, ficou constatado que os profissionais sabiam do risco, mas mesmo assim nada fizeram”, afirmou.


Mediação 

Mediado por Márcia Castro, professora de demografia, chefe do Departamento de Saúde Global e População da Escola de Saúde Pública de Harvard e diretora do Programa de Estudos do Brasil, ação também contou com comentários de  Denise Bebbington, professora Associada Pesquisadora, Sustentabilidade e Justiça Social. Com um público de cerca de 40 pessoas, o evento contou com a participação ativa da plateia, que pode direcionar perguntas para os painelistas.  


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