Literatura Atual

                                   

Escolas públicas de Curitiba recebem escritora de livros infanto juvenis

 


Atividades acontecem em abril, em diferentes bairros e atende pessoas de todas as idades

 

Dez escolas municipais de Curitiba recebem o projeto “Literatura Para a Infância – Encontros”. Idealizado pela escritora Lilyan de Souza, a ação tem o objetivo de incentivar a leitura em pessoas de todas as idades, promover o contato com os livros e a literatura infanto juvenil produzida na capital paranaense.

 

O projeto acontece neste mês de abril, as atividades são gratuitas e realizadas em escolas municipais, escolas de educação especial, faróis do saber e grupo de idosos da capital paranaense.

 

Durante os bate-papos com estudantes, professores e equipe pedagógica, Lilyan propõe a interação dos leitores, o contato com os livros, aborda seu processo de escrita, a temática levantada em cada obra, suas inspirações, vivências e relação literária, a leitura e a infância. Para isso, utiliza três livros próprios, que são A menina dos sonhos, ed. Inverso; O que é que tem no sótão? e Neli, do tamanho de um enorme coração!; ambas da ed. Urutau.

 

“Meus livros falam sobre o tempo na perspectiva infantil, os medos, as curiosidades e todas as sensações e sentimentos que vivemos quando crianças e que permanecem em nós a vida toda. Com a leitura em voz alta de alguns trechos, apresento as obras, a temática contida nas páginas e abro para o diálogo sobre a infância, memórias, vivências, medos e saudades. As crianças ficam muito curiosas, tanto para descobrir o restante das histórias, saber sobre mim e o processo criativo da escrita, quanto para decifrar algumas palavras, expressões e leituras provocadas pelos livros e isso é ótimo”, explica Lilyan de Souza.

 

Contrapartida social

Além das dez escolas públicas municipais atendidas nessas ações, a autora propõe - como contrapartida social - mais cinco encontros gratuitos, destinados a públicos específicos: um grupo de idosos do CRAS Fazendinha, três escolas municipais de educação especial e um grupo de estudantes das Escolas de Educação de Jovens e Adultos (EJAs) da Regional Cajuru.

 

“Como a literatura para a infância não é necessariamente somente destinada às crianças, propomos a ampliação do público-alvo. Assim, vamos atender jovens e adultos em processo de alfabetização, idosos e pessoas com deficiência; tudo para democratizar o acesso aos bens culturais produzidos em Curitiba e possibilitar que expressem suas vontades e desejos”, destaca a escritora Lilyan de Souza.

 

Benefícios da leitura

As escolas e instituições sociais atendidas pelo projeto Literatura para a Infância – Encontros receberão a doação de 25 exemplares de cada um dos títulos citados. 

 

“Nos primeiros encontros tivemos turmas com mais de 80 crianças. Elas gostaram das atividades, ficaram instigadas para saber o desfecho dos enredos literários e fizeram fila para emprestar os livros doados. Assim, pretendemos impactar diretamente mais de 2.500 pessoas, ampliar o gosto pelo livro e pela leitura e ainda reforçar que a literatura para infância, a literatura infanto juvenil, é tão importante e tão rica no processo de incentivo à leitura quanto obras destinadas ao público adulto. E que, independentemente da idade, uma obra literária destinada à infância pode alcançar todos que já viveram ou ainda vivem essa fase”, complementa Lilyan.

 

O contato com a literatura para a infância permite não só criar o prazer estético e lúdico - o desenvolvimento da imaginação e da sensibilidade - como também a captação de sentidos implicados nos textos (e nas imagens) de forma a desenvolver a compreensão leitora e de mundo. Ao mesmo tempo, a proximidade com o escritor gera uma relação mais íntima com a leitura, com os livros e com o universo mágico da criação artística.

 

O projeto Literatura Para a Infância – Encontros é realizado com recursos do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura – Fundação Cultural de Curitiba; Prefeitura Municipal de Curitiba; Ministério da Cultura e Governo Federal.

 

Serviço

O que: Projeto cultural Literatura Para a Infância – Encontros incentiva a leitura em crianças, jovens, adultos em processo de alfabetização, idosos e pessoas com deficiência

Quando: Até o dia 25 de abril

Quanto: A entrada é franca

Informações e horários: Com a escritora Lilyan de Souza – tel. 41-98442-0942

Onde vai acontecer: Em escolas municipais de Curitiba [Eva da Silva, no Capão da Imbuia; Madre Antônio, no Tarumã; Doutor Guilherme Lacerda Braga Sobrinho; João Macedo Filho; Marumbi [as três no Uberaba]; Farol do Saber Antônio Machado, na Barreirinha; Farol do Saber Tom Jobim, no Santa Quitéria]

 

Em escolas de educação especial da capital paranaense [Tomaz Edison de Andrade Vieira, no Capão Raso; Ali Bark, no Seminário; Helena Wladimirna Antipoff, no Boqueirão; Lineu Ferreira do Amaral, no Cajuru; CRAS, no Fazendinha].

 

No Centro de Atividades da Pessoa Idosa, do bairro Água Verde, e com o grupo de estudantes das Escolas de Educação de Jovens e Adultos (EJAs) da Regional Cajuru.

 

Sugestão de legenda

Lilyan de Souza coordena o projeto cultural que estimula a leitura de livros infanto juvenis em escolas públicas e faróis do saber de Curitiba

 

Crédito das fotos

Cristiano Nagel



DOCUMENTÁRIO INÉDITO SOBRE LUIS FERNANDO VERISSIMO ESTREIA NA MOSTRA COMPETITIVA DO FESTIVAL É TUDO VERDADE

Dirigido por Angelo Defanti, o filme acompanha o cotidiano do escritor nos dias que antecedem seu aniversário de 80 anos

Às vésperas de completar 80 anos, em setembro de 2016, o escritor gaúcho Luis Fernando Verissimo se tornou o centro do documentário VERISSIMO, de Angelo Defanti (O Clube dos Anjos), que teve sua estreia mundial na Mostra Competitiva de Longas Brasileiros no Festival É Tudo Verdade, que aconteceu nos 3 e 14 de abril em São Paulo e Rio de Janeiro. O filme é produzido pela Sobretudo Produção, Lacuna Filmes e Canal Brasil e estreia em 02 de maio nos cinemas. A distribuição é da Boulevard Filmes em codistribuição com  a Vitrine Filmes e Spcine.

O universo de Verissimo não é novidade para Defanti que, em 2022, lançou a ficção” O Clube Dos Anjos”, baseado no livro homônimo do escritor, além dos curtas “Feijoada Completa” (2012) e “Maridos, Amantes e Pisantes” (2008), ambos a partir de contos do gaúcho. 

Com o documentário, Defanti mergulha não apenas na obra literária, mas na figura de VERISSIMO, que é um escritor bastante reservado, mas deixou que a câmera o acompanhasse durante 15 dias enquanto se aproximava de seu 80º aniversário. 

O cineasta conta que a filmagem entrou no cotidiano da casa, e, como se vê na tela, toda a família participa do filme. “Durante o mês de filmagens, fui rigorosamente todos os dias na casa. Para manter essa constância, compreendi logo que seria importante criar variações nos horários e nas atividades que registrava. Os 90 minutos do filme são fruto de análise de quase 100 horas totais de material. A proposta inicial era ter os últimos 15 dias de 79 anos de um homem e os primeiros 15 de 80. Na montagem, vimos que o dia do aniversário em si era o inevitável clímax da história – guardadas as devidas proporções que um sujeito pacato consegue viver de clímax”, explica Defanti. 

O diretor conta que conheceu Verissimo ainda quando era universitário, e foi pedir os direitos de um conto para fazer seu curta “Maridos, Amantes e Pisantes”. “Chegou a mim a notícia de que o VERISSIMO tinha gostado do curta. Foi a senha para procurá-lo a respeito de um dos grandes livros da minha formação e que poderia ser transformado no meu primeiro longa de ficção. Se eu era universitário antes, continuava universitário nessa ocasião, Verissimo muito imprudentemente me concedeu essa honra. Ao longo dos anos necessários para levantar o projeto, o destino acabou me levando muitas vezes a Porto Alegre. Não apenas ele, mas toda a família e a casa, outro personagem vital, me receberam algumas dezenas de vezes.”

Defanti descreve VERISSIMO como “um senhor de movimentos lentos, introvertido, não muito fã de socialização, com leve pendor ao sedentarismo”, e cuja atividade mais corriqueira era ficar escrevendo no computador. “Ele é quase um anti-personagem. O desafio era transformar a inação em algo luminoso. A estratégia foi oscilar entre uma observação muito próxima com uma investigação ampliada ao seu arredor. É um filme calmo e tranquilo, como o sujeito que examina, mas nutrido constantemente pela ideia de que uma pessoa é resultado de seu ambiente tanto quanto influencia nele. E a família Verissimo é um ambiente adorável.”

O cineasta também explica que tentou se manter o mais discreto possível na casa dos VERISSIMO, com uma equipe pequena composta por ele mesmo, e, eventualmente, uma outra pessoa. “Demorou muito pouco até a câmera e eu deixarmos de ser novidade e virarmos parte da paisagem da casa, como um abajur ou uma cor de parede. Estar no café da manhã um dia e no jantar no outro concedeu variação ao material, mas também baixou as guardas da família. Quando eu estava presente ou ausente, era mais ou menos a mesma coisa. Ainda que a relação tenha sido amistosa o tempo inteiro, tenho certeza que ficaram aliviados quando aquele mês chegou ao fim.

Defanti aponta que o filme apresenta um lado de Verissimo pouco conhecido, mesmo para quem é fã de sua obra. O escritor é tímido, enquanto sua mulher, Lucia, é mais extrovertida. “VERISSIMO encabulado de uma entrevista sendo tão ou mais retraído na vida eleva a observação do público a um outro patamar. Pois, se ele tem a obra irreverente da forma como todos conhecem e seus modos discrepam tanto dela, é natural buscar entrever a riqueza interior que certamente ocorre em sua mente. A persona pública e a persona íntima podem incrementar a visão sobre o autor e sua criatividade.”

VERISSIMO será lançado nos cinemas brasileiros no dia 02 de maio pela Boulevard Filmes em codistribuição com a Vitrine Filmes e Spcine.

 

Confira as sessões de VERISSIMO no Festival É Tudo Verdade:

SÃO PAULO 
10/04 – 20h30 – Espaço Itaú de Cinema Augusta 1 (Rua Augusta, 1475)
11/04 – 19h30 – Cinemateca Brasileira  (Largo Sen. Raul Cardoso, 207)

RIO DE JANEIRO

09/04 – 20h30 – Estação NET  De Cinema Botafogo 2 (R. Voluntários da Pátria, 88)

10/04 – 17h30 - Estação NET De Cinema Rio 5 (R. Voluntários da Pátria, 35)

Sinopse
Um documentário observa Luis Fernando Verissimo enquanto Luis Fernando Verissimo observa o mundo ao seu redor se ouriçar com a chegada dos seus 80 anos. 

Ficha Técnica
Direção 
Angelo Defanti
Família Verissimo: Luis Fernando, Lucia Helena, Clarissa, Fernanda, Mariana, Pedro, Lucinda, Davi, Andrew, Ricardo, Mafalda (in memoriam) e Erico (in memoriam). 
Direção de fotografia Angelo Defanti e Bruno Polidoro 
Montagem 
Eduardo Aquino 
Desenho e edição de som Felippe Mussel 
Mixagem Bernardo Adeodato 
Coordenação executiva Veronika Berg 
Produtor associado Daniel Ribeiro 
Produção executiva Bárbara Defanti e Diana Almeida 
Produzido por Bárbara Defanti, Diana Almeida, Angelo Defanti

Sobre Angelo Defanti
Nascido em 1983 em Niterói, RJ, Angelo Defanti é diretor e roteirista. 

Na TV, dirigiu os dez episódios da série documental HQ – Edição especial, para a HBO, trabalhou como roteirista de “O Caso Evandro”, série de true crime do Globoplay. 

Dirigiu sete curtas-metragens, sendo dois deles baseados em contos de Luis Fernando Verissimo - “Feijoada completa” (2012) e “Maridos, amantes e pisantes” (2008) - bem como seu primeiro longa-metragem de ficção, "O clube dos Anjos", baseado no romance homônimo. 

Sobre a Sobretudo Produção
A Sobretudo Produção é uma produtora baseada no Rio de Janeiro, Brasil, liderada pelos irmãos Angelo Defanti (diretor e roteirista) e Bárbara Defanti (produtora e produtora executiva) para a produção de curtas, longas e séries, de documentário, ficção e animação. 

Vem se especializando na adaptação da literatura brasileira para o audiovisual, a exemplo dos longas-metragens "O Clube dos Anjos", lançado em 2022 (baseado no romance de Luis Fernando Verissimo) e "Vento Sudoeste" (baseado no thriller de Luiz Alfredo Garcia-Roza), anunciado para 2026. 

No momento finaliza o documentário "Verissimo", com estreia confirmada para o É Tudo Verdade em 2024, a ficção "Kasa Branca",  estreia na direção do ator brasileiro Luciano Vidigal, e uma série para streaming ainda a ser anunciada. 

Lacuna Filmes
Formada em 2006 por Daniel Ribeiro e Diana Almeida, a Lacuna Filmes é uma produtora audiovisual cujo currículo conta com mais de 200 prêmios recebidos ao redor do mundo, incluindo o Urso de Cristal no Festival de Cinema de Berlim. Seus filmes foram exibidos em importantes festivais internacionais como Mar del Plata, Havana, Cartagena, San Francisco, Biarritz, Guadalajara, Melbourne, Chicago, além dos prestigiados festivais brasileiros de Brasília, Gramado, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.

O filme “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” conquistou prêmios importantes na 64º edição do Festival de Berlim e representou o Brasil na corrida pelo Oscar de filme estrangeiro. Em 2015, a produtora lançou “O Discreto Charme de Uma Campeã” na ESPN Brasil, seguindo com o aclamado “As Duas Irenes” em 2017, que estreou no Festival de Berlim e recebeu 4 prêmios em Guadalajara. Entre 2018 e 2020, destacaram-se os lançamentos de “45 Dias Sem Você” e “Música Para Morrer de Amor”, ambos dirigidos por Rafael Gomes, além do curta documental “Acende a Luz”. Em 2023, o curta “Os Animais Mais Fofos e Engraçados do Mundo” foi destaque em Tiradentes, no Frameline, entre outros festivais importante. Em 2024, a Lacuna Filmes vai lançar os longas “Verissimo” e “13 Sentimentos”, e finaliza “Amanda e Caio”.

Sobre o Canal Brasil 
O Canal Brasil é o canal que mais coproduz cinema no país, com mais de 400 longas-metragens coproduzidos. No ar há 25 anos, reúne uma programação diversa com programas, séries, ficções, documentários e shows que apresentam retratos da cultura brasileira. O acervo do canal conta com obras dos mais importantes cineastas brasileiros e de várias fases do nosso cinema, com uma grade que conta a história da sétima arte do país. O que pauta o canal é a diversidade, com uma programação plural, composta por muitos discursos e sotaques. A palavra de ordem é liberdade – desde as chamadas e vinhetas até cada atração que vai ao ar.

Sobre a Boulevard Filmes
A Boulevard Filmes, em operação desde 2013, é uma produtora e distribuidora audiovisual sediada em São Paulo, que busca o equilíbrio entre projetos autorais e demandas de mercado, focando em estratégias de produção e de distribuição compatíveis com cada projeto. A empresa  se dedica principalmente à produção (curtas e longas) e distribuição (longas) de cinema brasileiro independente. A versatilidade e a busca pela diversidade são suas principais características, firmando parcerias com diretores e produtoras de Norte ao Sul do país.

Enquanto distribuidora, é responsável pelo lançamento comercial de mais de 20 longas, como: Amor, Plástico e Barulho, Carro Rei, Histórias que o nosso cinema (não) contava, Libelu - Abaixo a Ditadura, Legalidade, Raia 4, Proibido Nascer no Paraíso, Bizarros Peixes das Fossas Abissais, dentre outros.

Sobre a Vitrine Filmes
​​A Vitrine Filmes, desde 2010, já distribuiu mais de 200 filmes e alcançou milhares de espectadores apenas nos cinemas do Brasil. Entre seus maiores sucessos estão "Bacurau", de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, Prêmio do Júri no Festival de Cannes 2019; "O Processo", de Maria Augusta Ramos, que entrou para a lista dos 10 documentários mais vistos da história do cinema nacional; e "Druk: Mais Uma Rodada", de Thomas Vinterberg, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2021.

Em 2020, a Vitrine Filmes iniciou um novo ciclo de expansão e renovação. Entre as iniciativas, o lançamento da Vitrine España, que produz e distribui longas-metragens na Europa; o Vitrine Lab, curso online sobre distribuição cinematográfica, vencedor do prêmio de distribuição inovadora do Gotebörg Film Fund 2021; a Vitrine Produções, para o desenvolvimento e produção de títulos brasileiros; e, em 2022, a criação do selo Manequim, focado na distribuição de filmes com apelo a um público mais amplo. Na produção, o primeiro lançamento, "Amigo Secreto" (DocLisboa 2022), de Maria Augusta Ramos, teve mais de 15 mil espectadores no Brasil.

Em 2023, a Vitrine Filmes apresenta ainda mais novidades para a produção e distribuição audiovisual. Entre as estreias do ano estão a animação “Perlimps”, de Alê Abreu, “Nosso Sonho”, de Eduardo Albergaria, do selo Manequim Filmes; o vencedor do Festival de Gramado, "Noites Alienígenas", de Sérgio de Carvalho e a indicação brasileira para o Oscar “Retratos Fantasmas”, de Kléber Mendonça Filho, com coprodução Vitrine Filmes.


Dia Mundial do Livro: 6 executivos indicam leituras para inspirar

Hoje, 23 de abril, é celebrado o Dia Mundial do Livro, data escolhida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para celebrar o livro e incentivar a leitura. É com esse foco de comemoração e inspiração que seis executivos de sucesso revelam suas obras literárias de cabeceira. Confira a lista abaixo e boa leitura!


João Lee, CEO da Simplex

A Cidade e as Serras - Eça de Queiroz

A obra se passa no final do século 19, mas aborda uma questão extremamente atual. O personagem do livro é um homem rico com acesso a todas as tecnologias possíveis da época e que, por circunstâncias da trama, retoma um contato mais real com a natureza, saindo do centro do mundo, Paris, para as serras de Portugal. “O autor mostra que desde sempre existiu a discussão sobre o quanto o excesso de tecnologia pode nos desconectar do mundo, narrando todas as angústias resultantes deste conflito entre o moderno e o arcaico”, diz Lee. “Além desta questão, comecei a ler Eça de Queiroz por ser um autor referência de boa escrita e me ajudou a me comunicar de uma forma mais elegante no ambiente corporativo”, conclui.


Victor Fazzio, sócio sênior do Grupo Hub

Cabeça Fria, Coração Quente - Abel Ferreira

De acordo com Fazzio, este é um livro que retrata não apenas o futebol, mas também a importância da gestão de pessoas, das relações interpessoais, de questões disciplinares e tudo que engloba a gestão de uma empresa. “Aborda a importância do equilíbrio emocional, da adaptabilidade cultural e o quanto a liderança colaborativa influencia no sucesso do clube/empresas”, afirma.


Thomas Gautier, CEO do Freto

Organizações exponenciais - Autores: Salim Ismail, Michael S. Malone e Yuri Van Geest


“Um dos papéis do CEO é questionar sempre a organização da sua empresa e o livro 'Organizações Exponenciais' me inspira neste sentido”, afirma Gautier. Escrita por Salim Ismail, Michael S. Malone e Yuri Van Geest, a obra traz uma visão sobre as tendências organizacionais e tecnológicas, além de exemplificar a forma como essas companhias se destacam no mercado. “Além disso, a obra literária reforça que, cada vez mais, a inovação vem transformando o dia a dia dos processos tradicionais nas empresas e isso reflete exatamente a forma que lidamos com as novas tecnologias aqui no Freto”, conclui o CEO.


Marcia Rossi - Doutora em Administração, especialista em Direito Tributário, professora e palestrante em Controladoria, Estratégia e Tributos

Olhai os lírios do campo - Érico Veríssimo

‘Olhai os lírios do Campo’ é um clássico, ele oferece reflexões que enriquecem a minha vida e o meu profissional, proporcionando um equilíbrio perfeito entre criatividade e pensamento crítico. É uma obra de Érico Veríssimo que conta a trajetória de um homem dividido entre o amor, a ambição e a consciência. 


Gui Athia, Consultor internacional, Conselheiro formado pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e pelo Instituto Português de Corporate Governance (IPGC) e especialista em Governança

“Rápido e Devagar. Duas Formas de Pensar” - Daniel Kahneman

Esse livro é uma ferramenta essencial para todos que almejam construir e reforçar a confiança em suas decisões e com seus stakeholders. “Um livro para sabermos quando podemos ou não confiar em nossa intuição - ou quando ‘ela’ não passa de vieses cognitivos que costumam distorcer nosso julgamento”, afirma Athia. 


Andoni Hernández, CEO da Howden Brasil

The Outsiders: Oito CEOs não convencionais e seu plano radicalmente racional para o sucesso - William N. Thorndike

“Aos executivos que querem se tornar referência em seus segmentos, o The Outsiders é uma ótima leitura para aprender características e métodos que ajudaram lideranças a alcançar uma performance qualitativa no ambiente de trabalho”, enfatiza Hernández.

 


EVENTO: Embaixador do Brasil em Cabo Verde lança seu primeiro romance em Curitiba, no Hotel Qoya

Em turnê pelo país, Bert Jr. lança a distopia humorística "Antes do fim do riso" (editora Oito em Meio) em Curitiba, no dia 25/4, às 20h


Talvez, mesmo que nada mais tenha futuro, nosso riso tenha futuro.

Epígrafe de "Antes do fim do riso" por Friedrich Nietzsche 



E se o humor se tornasse algo proibido a nível nacional? Novo romance do embaixador brasileiro em Cabo Verde Bert Jr. (@bertjr.escritor)"Antes do fim do riso" (editora Oito e Meio, 222 pág.) parte dessa premissa aparentemente absurda para tecer uma "distopia humorística", que lança luz às intersecções entre a vida social e a política. O livro será lançado no Brasil durante o mês de abril, a partir de uma turnê que percorrerá cidades do Sul, do Sudeste e do Distrito Federal. Em Curitiba, o evento ocorre no Hotel Qoya (Av. Sete de Setembro, 4211 - Avenue), no dia 25/4, a partir das 20h.


"Antes do fim do riso" se passa na capital de um país fictício em um momento pós-pandêmico, que, após a perda de 5 milhões de vidas, passa a apontar o riso e o humor como formas letais de contágio do vírus que devem, portanto, serem erradicadas a qualquer custo. Desta forma, passam a ser adotadas medidas formais e informais de disciplina e censura à sua expressão, como a brigada anti-humor, que têm, como líder, o capitão Genus Miliblaster.


Não são todos, porém, que endossam essa narrativa. O protagonista do romance, Risolindo Spaglioleo, cujo próprio nome já revela sua visão e vocação, é encarado pelo governo como um rebelde. Professor de literatura, ele também realiza trabalhos em um hospital importante, onde é reconhecido pela sua capacidade de levantar o humor e a vitalidade de pacientes terminais. 


Assim, o leitor acompanha a trajetória pessoal e o desenvolvimento do professor, que perpassa temas como a insegurança quanto à carreira de comediante e uma atribulada vida amorosa, dividida entre figuras femininas cativantes, mas antagônicas. E é justamente nesse núcleo mais pessoal que a distopia se desenrola, apontando para a reflexão acerca da instauração de narrativas governamentais - das quais muitas vezes envolvem coerção, censura e violência - e da importância psíquica e social do humor e do riso.


Segundo Bert, a ideia para "Antes do fim do riso" surgiu em 2021. Observando os desdobramentos do quadro sanitário causado pelo Covid-19, o diplomata se perguntou "e se, num contexto de crise sanitária ainda mais grave, uma corrente política oportunista decidisse acusar o humor de ser o grande responsável pelos problemas nacionais?". Esse questionamento acabou se tornando a espinha dorsal da obra.


O autor conta que o processo de escrita foi trabalhoso, levando dois anos somente para a construção do enredo. Já tendo publicado contos e crônicas, Bert se deu conta de que a escrita de narrativas longas envolvia um processo mais complexo. "O romance requer um planejamento de mais fôlego, porque a estrutura da história possui uma complexidade maior", afirma, relatando ter passado por um período de bloqueio criativo com a obra. 


Por esse motivo, a produção de "Antes do fim do riso" contou com uma pesquisa minuciosa, em que Bert procurou ler livros sobre técnicas para a escrita de romances e de roteiros, além de obras que se encaixavam em seu projeto, como romances distópicos e livros sobre o humor.


O autor também participou de uma mentoria de escrita criativa que durou três meses, processo do qual ele afirma ter sido o mais importante na produção e conclusão do romance. "Consegui desbloquear o processo criativo e escrever o livro, que chegou ao fim com 40 capítulos e 220 páginas", conclui.


Conto, crônica, poema, romance: a versatilidade do escritor Bert Jr. 


Natural de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, Bert Jr. tem 61 anos e é graduado em História pela UFRGS e em Diplomacia pelo Instituto Rio Branco. Hoje, ele atua como embaixador do Brasil na República de Cabo Verde. Como escritor, estreou na ficção em 2020, com o volume de contos “Fict-Essays e contos mais leves”, o primeiro de uma trajetória de sete livros nos gêneros poesia, conto, crônica e romance. 


Ele conta que escreve desde os 17 anos, e, aos 18, foi finalista do Concurso Habitasul-Correio do Povo Revelação Literária (um dos mais importantes certames literários da época) na categoria Poesia, que teve autores como Mário Quintana e Lya Luft no júri.


Em abril deste ano, ele lançará no Brasil seu primeiro romance, "Antes do fim do riso". O livro sai pela editora Oito e Meio, que publicou autores reconhecidos como Caco Ishak, Rafael Sperling e Rita Isadora Pessoa. Bert fará uma turnê de eventos de lançamento pelo país, que passará por Brasília, São Paulo, Porto Alegre e Curitiba.


AGENDA: 


9/4: Brasília

Local: Livraria Circulares

Horário: 19h

Formato: sessão de autógrafos


18/4: São Paulo

Local: Livraria da Vila - Fradique

Horário: 18h

Formato: mediação com a escritora Vanessa Passos e com a mentora de negócios de alto padrão, Celina Rariessa, seguida de sessão de autógrafos


20/4: Porto Alegre

Local: Livraria Taverna - Casa de Cultura Mario Quintana

Horário: 16h

Formato: mediação com a escritora Renata Pereira, seguida de sessão de autógrafos


25/4: Curitiba

Local: Hotel Qoya

Horário: 20h

Formato: sessão de autógrafos


Confira o primeiro parágrafo do romance "Antes do fim do riso":


"Sussurrir-se era prática corrente. Nenhuma nota histriônica que arriscasse retinir cristais ante testemunhas. O riso não apenas havia rareado no cardápio das interações sociais, passara a ser visto por agrupações políticas como fator de dissolução da ordem social, com consequências nefastas na economia."




Adquira "Antes do fim do riso" na loja da editora Oito e Meio:

https://oitoemeio.com.br/oito-e-meio/ 







Pausa nas telas!

Lista de indicações para quem gosta de mergulhar a fundo em outros universos e temas ou só precisa de um detox tecnológico



Março chegou e que tal propor a si mesmo algo diferente para aproveitar as horas vagas durante o mês? A dica é deixar celular, TV ou computador um pouco de lado, e se entregar a leituras intensas que vão te prender do início ao fim.

E se não sabe por onde começar, aqui vai uma lista de indicações que reúne sagas literárias para todos os gostos. Você vai poder escolher entre romances de época, eróticos com questões sociais importantes, suspenses, série de true crime, tramas de mistério e super-heróis bem brasileiros. Confira:

O Cidadão Incomum + O Cidadão Incomum 2: Surreal

Para os apaixonados por super-heróis, a série O Cidadão Incomum narra a jornada de Caliel, um jovem brasileiro que desenvolve superpoderes. Ambientada em São Paulo, a história aborda questões sociais enquanto o protagonista tenta lidar com as novas habilidades. Com o apoio do amigo Eder, ele enfrenta desafios como ajudar pessoas em situação de rua, confrontar poderosos e desmascarar uma grande empresa responsável pela exploração da Amazônia. A série vai ganhar adaptação para o cinema e uma edição em HQ.

(Autor: Pedro Ivo | Editora: Conrad | Onde encontrar: O Cidadão Incomum e O Cidadão Incomum 2: Surreal)

Coleção Mulheres Assassinas

Mais que assassinas, elas se tornaram lendas no mundo do crime e fora dele por conta da perversidade e da repercussão que seus delitos ganharam. Suzane von Richtofen matou os pais a pauladas. Elize Matsunaga esquartejou o marido. E Flordelis montou um plano diabólico para também dar cabo do companheiro. Os livros sobre as criminosas mais famosas do Brasil ganharam um box exclusivo, com edições revistas e ampliadas.

(Autor: Ullisses Campbell | Editora: Matrix Editora | Onde encontrar: Amazon)

Como assim? + Nem pense nisso!

Nesta série de livros em quadrinhos, a psicóloga Juliana Russano auxilia os jovens a desenvolverem inteligência emocional de forma lúdica. Cada HQ retrata problemas e soluções para situações comuns, como o medo de falhar na escola ou o receio da exclusão social. Assim, ela aborda temas como ansiedade, depressão, pensamentos disfuncionais e autoestima de forma leve. Os livros incluem parte teórica e atividades práticas, para ajudar os adolescentes a compreenderem sentimentos e cultivarem o autoconhecimento.

(Autora: Juliana Russano | Onde encontrar: Como assim? e Nem pense nisso!)

Segredos do Passado (Parte 1 e Parte 2)

Dividido em dois volumes, Segredos do Passado acompanha a jornada de Myla, uma jovem que foge para o Rio de Janeiro após anos de violência psicológica. No entanto, seu passado tumultuado volta a assombrá-la quando o ex-marido a rastreia. Ela recorre ao sexo como válvula de escape e conta com o apoio de Vincenzo, um advogado criminal. Com cenas picantes, o romance passeia por temas importantes como saúde mental, abuso familiar e cultura patriarcal.

(Autora: Eline Sato | Editora: LN Editorial | Onde encontrar: Parte 1Parte 2 e Amazon)

Belladonna + Purpurea

Para quem curte uma vibe gótica, a dica é a trilogia Belladona, publicada no Brasil pela Plataforma21. Com muito luxo, traições, envenenamentos e boas doses de suspense, o leitor conhece Signa Farrow, uma jovem de 19 anos que se apaixona pela personificação da Morte e, depois, é cortejada pelo Destino. Em um jogo letal de sedução e vingança, a protagonista descobre, além da imortalidade, um poder sombrio dentro de si que a torna um perigo para quem está ao seu redor.

(Autora: Adalyn Grace | Editora: Plataforma21 | Onde encontrar: Belladonna e Purpurea)

A Noite Maldita + À Deriva

Os vampiros estão à solta em A Noite Maldita e À Deriva, prequel 1 e 2 da saga O Vampiro-Rei. Quando um mal terrível foi lançado sobre a humanidade, metade das pessoas entraram em um sono tão profundo que mais pareciam estar mortas. Dos que acordaram, parte havia se tornado vampiro, enquanto o restante precisava lutar pela própria sobrevivência. Para isso, construíram uma fortaleza ao redor do hospital São Vitor. Mas será que isso é suficiente para impedir o avanço dos noturnos?

(Autor: André Vianco | Editora: Lucens Editorial | Onde encontrar: A Noite Maldita e À Deriva)

Deusas de Londres (trilogia)

Se você pensa que a escritora Paula Toyneti Benalia vai te entregar romances de época “fofinhos”, está muito enganada (o)! Nesta trilogia, a autora apresenta três protagonistas fortes e destemidas, dispostas a qualquer coisa pelo mesmo objetivo: a vingança. Revanche do marido, da sociedade e da família, é tudo o que Helena, Nataly e Marshala desejam. No entanto, ao mesmo tempo em que desfrutam o doce gosto da vingança, descobrem paixões avassaladoras.

(Autora: Paula Toyneti Benalia | Editora: The GiftBox | Onde encontrar: Vol. 1Vol. 2Vol. 3)

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Dicas bônus!

E para quem curte acompanhar séries desde o início e aguardar com ansiedade pela sequência, aqui vão alguns títulos que devem ganhar novo volume em breve.

O Veneno na Montanha

Embora a continuação dessa duologia ainda não tenha chegado às livrarias, quem acompanha a escritora Bianca Jung sabe que em breve a história de Kalina Kaster ganhará uma continuação. Então, aproveite para “adiantar” a leitura! Nesta obra, a jovem protagonista comete um crime para entrar na prisão de Insula, onde precisa recuperar algo. Acessar a toca das aranhas foi fácil, mas Kalina terá forças depois de tudo para não se deixar enroscar nas teias pegajosas?

(Autora: Bianca Jung | Editora: Qualis | Onde encontrar: Qualis EditoraAmazon)

 

Amarras do Destino
Primeiro volume de uma duologia, Amarras do Destino se passa no coração agitado da floresta. Nele, nasce uma amizade improvável entre Lunna, uma menina curiosa e determinada, e Poti, um jovem indígena que tem uma conexão profunda com as raízes ancestrais. À medida que os anos passam, a inocente amizade se transforma em paixão. Esta emocionante jornada de amor e autodescoberta que transcende barreiras culturais e temporais.

(Autora: Mary Cristiane | Onde encontrar: Amazon)

 

O patrulheiro literário

Primeiro volume da série Conspiração em LiteráriaO patrulheiro literário conta a história de Arquimedes, um bibliotecário singular que é recrutado para salvar o universo de Literária, uma realidade paralela onde escritores ilustres coexistem em novas vidas e ocupações. Com bom-humor, o autor mescla aventura e mistério em uma trama recheada de referências musicais e também da cultura pop e geek.

(Autor: Vinícius Lima Costa | Editora: Códice Editorial | Onde encontrar: Amazon)

 







 







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#Literatura .




Vale a pena ser gentil?

Especialista em Ciências Humanas, Domingos Sávio Zainaghi escreve sobre o poder da gentileza na construção de relações humanas sadias, e as consequências da falta dela no cotidiano.


Como ser cordial em uma era de intensa polarização política, discursos de ódio, desavenças e egoísmo? A máxima “gentileza gera gentileza” é trazida ao debate pelo professor universitário, Ph.D. em Direito do Trabalho e especialista em Ciências Humanas, Domingos Sávio Zainaghi, no livro Vale a pena ser gentil?, publicado pela Literare Books. A pergunta que intitula a obra é respondida pelo autor página a página, mas não antes sem fazer o leitor refletir sobre as próprias atitudes na relação com a família, no trânsito, no trabalho, nos negócios e, principalmente, consigo mesmo.

 Autor: Domingos Sávio Zainaghi é advogado, professor universitário, jornalista, especialista em ciências humanas e palestrante no Brasil e mais de 20 países

De leitura dinâmica, a obra é dividida em 24 capítulos curtos e com dicas práticas para começar a aplicar no dia a dia. Como ser um bom ouvinte e dar a devida atenção ao próximo, aprender a compartilhar – materiais, problemas ou vitórias –, formas de gerar empatia e ser mais cortês, e como conseguir ser gentil mesmo enfurecido ou até aprender a corrigir alguém em público sem ser deselegante estão entre os ensinamentos abordados.

Profissionalmente, uma pessoa gentil costuma reunir outras características
muito bem apreciadas no mercado de trabalho, como a capacidade de
administrar conflitos, solucionar problemas, não se estourando com pessoas
e tem facilidade de trabalhar em grupo.
 (Vale a pena ser gentil?, pág. 90)

Domingos acredita no poder da gentileza, mas também nas consequências da falta dela: “quando você se mostra distante com alguém, há uma reação negativa dessa pessoa, até de forma inconsciente”, comenta, ao exemplificar uma situação em que um desconhecido o tratou com indiferença durante um jantar, mas ao se dar conta de que era um nome conhecido da área, mudou de atitude.

Ao contrário, relembra um episódio de cordialidade entre ele e o motorista de uma antiga Kombi em um posto de combustível. Eles não se conheciam, e este homem seria o chefe de Domingos anos mais tarde. Assim, a gentileza conferida, além do bem-estar instantâneo, influenciou positivamente na relação futura.

Observador do comportamento humano desde cedo, o autor enxerga a gentileza como virtude exclusivamente voltada para o bem. Ele, que sempre se relacionou com diversos perfis – na universidade, no meio jurídico e no convívio pessoal – reuniu percepções, experiências e conhecimentos sociais para motivar a mudança de atitudes em quem busca mais leveza no cotidiano. Ao ler Vale a pena ser gentil?, a conclusão será evidente.

 

FICHA TÉCNICA

Título: Vale a pena ser gentil?
Autor: Domingos Sávio Zainaghi
Editora: Literare Books
ISBN: 978-65-5922-300-8
Páginas: 111
Formato: 14 x 21 cm
Preço: R$ 44,90
Onde comprar: Literare Books e Amazon

Sobre o autor: Domingos Sávio Zainaghi é advogado, professor universitário, jornalista, especialista em ciências humanas e palestrante no Brasil e mais de 20 países




Web

Paixão e desejo de vingança: dualidade humana é retratada em trilogia romântica

Série literária "Deusas de Londres", de Paula Toyneti Benalia, é inspirada na mitologia grega e discute o empoderamento feminino no século XIX

Nos anos 1800, mulheres como Helena, Nataly e Marshala jamais teriam o que desejavam. Para a população londrina da época, elas deveriam ser apenas boas esposas e mães, que pertenciam a seus pais ou maridos. Inconformadas com tudo o que a sociedade machista as havia feito passar, as histórias das três personagens na trilogia Deusas de Londres se conectam pelo mesmo objetivo: o desejo de vingança.

Nesta série literária publicada pela The GiltBox Editora, a escritora e psicóloga Paula Toyneti Benalia mergulha nos desejos humanos e mostra que o amor e o ódio podem estar mais próximos do que qualquer pessoa jamais imaginou. Ao mesmo tempo em que vivem grandes amores, as protagonistas transformam as próprias tragédias em força para lutar contra o patriarcado.

Quando o ódio é a premissa do amor, ele nasce por caminhos tortos, seguindo caminhos incoerentes e loucos.
Mas quando amar foi sano, racional? Se o foi, nunca foi amor. (Diário de Helena, Londres, 1801)
O dia em que te amei, p. 13

Inspiradas em Hemera, deusa da luz e do dia, Afrodite, divindade da beleza e do amor e, Héstia, deusa do fogo, as personagens são mulheres à frente de seu tempo. Diferente das damas da época, Helena, protagonista de O dia em que te amei, faz questão de causar escândalos e tem como diversão destruir a reputação do marido, o respeitado Duque de Misternham – que a escolheu justamente por esse motivo, para se vingar da própria família, por terem rejeitado e maltratado a irmã mais velha anos atrás.

Nataly, personagem principal do segundo volume, O dia em que te toquei, encontra em um conde endividado a oportunidade perfeita para realizar um casamento por conveniência, com objetivo de conseguir um novo bode expiatório e esconder que é a verdadeira dona do mais famoso clube de jogos e prostituição de Londres. Já Marshala, que protagoniza O dia em que te beijei, vive em constante confronto com os traumas do passado. Foi despejada pela família, abandonada no altar, e a fizeram mudar até o próprio nome, mas agora, a modista será confrontada por uma antiga paixão.

Amor e ódio, afeto e vingança são sentimentos que regem o envolvente e instigante enredo de Paula Toyneti Benalia. Com dez livros publicados, a autora mescla a narração entre os personagens, que descrevem em primeira pessoa acontecimentos, ações, pensamentos e diálogos. Todos, sempre pontuados por reflexões sobre os “nãos” que as mulheres precisam encarar e as insurgem com uma força interior capaz de superar os obstáculos mais duros impostos pela sociedade.

FICHA TÉCNICA:

Título: Trilogia Deusas de Londres: O dia em que te amei (Vol. 1); O dia em que te toquei (Vol. 2) e O dia em que te beijei (Vol. 3)
Autora: Paula Toyneti Benalia
Editora: The GiftBox
Páginas: 241 | 199 | 203
Preços: R$ 64,90 | R$ 62,90 | R$ 74,90
Comprar na Amazon: Vol. 1Vol. 2Vol. 3

Sobre a autora: Graduada em Psicologia, Paula Toyneti Benalia sempre se dedicou a conhecer o ser humano em sua mais profunda essência. Apaixonada por livros desde a infância, começou a escrever romances em 2016, desde então, são 10 títulos publicados. O dia em que te amei, obra de abertura da trilogia Deusas de Londres, foi seu primeiro romance de época.

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Divulgação | Paula Toyneti Benalia
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Web

 Steven Pressfield detalha em livro inspirador a jornada de todo artista  na trilha da própria vocação

Roteirista autor do best-seller "A Guerra da Arte"   esmiuça a saga do herói enfrentada por criativos do  mundo todo e desmistifica a eterna busca por significado 

Conhecido por seus insights poderosos sobre a natureza da criatividade e da luta artística compartilhados em best-sellers como A Guerra da Arte, Steven Pressfield dá continuidade à missão de empoderar profissionais com ideias originais no mundo todo por meio da obra A Jornada do Artista, publicada no Brasil pela Hanoi Editora

Autor de histórias de ficção, não ficção e roteiros para o cinema, Pressfield apresenta uma visão aprofundada do processo criativo e das barreiras enfrentadas por aqueles que buscam expressar suas visões únicas. Ao longo das páginas, temas como autenticidade e a busca incessante pela originalidade são abordados em tom de uma conversa inspiradora. 

A obra discute os significados da Jornada do Herói, mito que, segundo Joseph Campbell, C.G. Jung e outros, se perpetua em todas as culturas humanas. O autor, contudo, vai além ao explorar o percurso da Jornada do Artista, caminho que permite superar a resistência, a autossabotagem, e possibilita a descoberta do “verdadeiro eu” e do “autêntico chamado”. 

Pressfield compartilha histórias e inspirações para motivar os artistas a enfrentarem os desafios inerentes à própria trajetória. Ele destaca a importância de reconhecer e superar as barreiras que muitas vezes impedem pessoas criativas de alcançarem seu pleno potencial. Com isso, encoraja os leitores a verem os obstáculos como oportunidades e a entenderem que a verdadeira recompensa está na própria caminhada, não apenas no destino. 

A Jornada do Artista oferece uma perspectiva única para escritores, pintores, músicos, produtores de conteúdo e criativos de todas as esferas, mas que também pode ser aplicada aos negócios e na melhoria de processos. É uma leitura essencial para aqueles que buscam compreender e aprimorar seu processo de criação, mergulhando nas profundezas da mente artística. Um livro para quem tem como vocação criar coisas que nunca existiram antes. 

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Ficha técnica 

Livro: A Jornada do Artista - O despertar da Jornada do Herói e a eterna busca por significado 
Autor: Steven Pressfield 
Editora: Hanoi Editora 
ISBN: 9788554823498 
Páginas: 180 
Preço: R$ 50,00 
Onde encontrar: Hanoi EditoraAmazon 

Sobre o autor 

Steven Pressfield nasceu em Porto da Espanha, capital de Trinidad e Tobago, em setembro de 1943. Formou-se na Duke University em 1965 e ingressou no Corpo de Fuzileiros Navais. Antes de se tornar escritor em tempo integral, trabalhou como redator, motorista de táxi, bartender, motorista de trator, colhedor de frutas e trabalhou com petróleo. É autor do livro best-seller “A Guerra da Arte”, transformado em filme estrelado por Matt Damon, Will Smith e Charlize Theron. 

 

Redes sociais do autor 

 


78 anos de amor, família e reflexões compõem esta obra

Lançamento "Meu cavalo se chamava Alegre" reúne crônicas, poemas e memórias da autora Sonia Paim

Os melhores livros nasceram de um desejo incontrolável de contar histórias e eternizar ideias. Meu cavalo se chamava Alegre é um deles. Concebida de forma despretensiosa, para registrar memórias da família, devaneios e poemas, esta obra de Sonia Paim tornou-se o bonito relato de uma vida. Aos 78 anos, a autora estreia na literatura com um trabalho repleto de personalidade, humor e emoção.

Meu cavalo se chamava Alegre reúne reflexões leves e profundas, que não têm ordem para começar, como se fossem um mosaico de textos e poemas. Entre os temas abordados estão a origem de expressões incorporadas ao vocabulário familiar, memórias de parentes queridos, relatos de viagem e de cenas ocorridas no passado, a história de um casamento de 52 anos, entre outras narrativas variadas.

Raros são os acontecimentos épicos a fornecer dados para nossa biografia. Sintamos
os pequenos, porém maravilhosos momentos de perfeição que tão frequentemente ocorrem
e tão frequentemente passam despercebidos. Observemos a magia com que a vida nos brinda,
exercitemos o talento para a felicidade. Ela chegará, se é que já não está conosco.
(Meu cavalo se chamava Alegre, pág. 43)

No texto que dá nome ao livro, Sonia conta histórias sobre sua avó Dady e a bisavó Emília. Estas matriarcas cravaram expressões que, décadas depois, ainda eram utilizadas pela família. Uma delas foi quando Emília tentava contar as lembranças da fazenda onde crescera. Após começar a frase quatro vezes sem conseguir atenção, ela deu um soco na mesa e gritou: “meu cavalo se chamava Alegre!”. A expressão ficaria eternizada na família e seria utilizada por todas as gerações seguintes sempre que alguém quisesse ser ouvido.

Em outro relato, Sonia Paim revela suas influências literárias, como Cecília Meirelles, Vinícius de Moraes, Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Sabino, Lygia Fagundes Telles, Raquel de Queiroz e Gabriel Garcia Márquez. O texto “Leia, leia, leia” é um importante incentivo à literatura e ao conhecimento dos clássicos.

O carinho derramado sobre a obra fica evidente na revisão do filho Fábio Paim, no prefácio da filha Mitzi Paim Sandri e nas ilustrações da neta Mariana Almeida Sandri. Em O meu cavalo se chamava Alegre o leitor encontrará amor, família, sorrisos e lágrimas. Encontrará vida. 

FICHA TÉCNICA:

Título: Meu cavalo se chamava Alegre
Autora: Sonia Paim
ISBN: 978-65-5872-579-4
Páginas: 116
Formato: 14,8 x 21 cm
Preço: R$ 50,00
Onde comprar: Amazon e Clube de Autores

Sobre a autora: Sonia Paim, hoje aposentada, foi professora e comerciária. Natural de Cáceres, no Mato Grosso, é filha de mãe mato-grossense e pai carioca. Mudou-se para o Rio de Janeiro aos seis anos e tornou-se uma carioca apaixonada pela cidade. A despeito desse amor pela capital do estado fluminense, jamais deixou de cultivar suas raízes, mantendo forte ligação com a terra natal. Estreia na literatura aos 78 anos e hoje também se orgulha de ser chamada de escritora.

Redes sociais:
Instagram: @soniapaimdealmeida
Facebook: /sonia.paimdealme


Livros & Jazz: Curitiba recebe evento inédito neste sábado (16)

4º Jazz na Petit contará com bazar de livros da Amora e da Arte & Letra

 

CURITIBA, 15/12/2023 – Música e literatura vão tomar conta de Curitiba neste sábado, dia 16 de dezembro. A Prestinaria, em parceria com a Amora Livros e a Arte & Letra, vai promover a quarta edição do Jazz na Petit, que vai reunir música de qualidade e livros selecionados por duas grandes referências do mercado literário paranaense. O evento, que terá entrada gratuita, será uma ótima oportunidade para quem ainda não garantiu os presentes de Natal, e pretende presentear com grandes obras da literatura brasileira.

Durante o evento, diversos autores estarão presentes autografando seus livros, que também estarão à venda. Dentre eles: Giovana Madalosso, Ivan Mizanzuk, Guilherme Gontijo, Ana Cardoso, Ana Isabel Araújo, Bruno Cobalchini Mattos, Pedro Guerra, Pedro Jucá, Mônica Moro Harger, Fernanda Morishita, Silviane Sasson, Dani Carrazai e Nuno Papp.

Na loja conceito da Amora, que funciona no local, será possível adquirir, além de livros, as famosas ecobags e camisetas com frases como “Leia Mais Mulheres” e “Preferia estar lendo”. Quem visitar o bazar também poderá conhecer mais sobre o projeto Amora e o seu clube de assinatura mensal. O evento será arrematado com música de qualidade, com jazz apresentado pelo Samuel Strapasson Trio.

O 4º Jazz na Petit acontece neste sábado (16), a partir das 15h30, ao lado da Prestinaria Petit (Rua Moyses Marcondes, 422). Para conhecer mais detalhes sobre o evento, acesse os perfis dos participantes no Instagram: @prestinaria, @amoralivros e @arteeletra.

 

 Biografia de Caio Júnior será lançada no dia 14 de dezembro na Biblioteca Publica do  Paraná. 

livro escrito pelo jornalista Adriano Rattmann, assessor de imprensa de Caio Júnior por 13 anos, será lançado no dia 14 de dezembro das 17h às 20h na Biblioteca Pública do Paraná



 


CAIO JÚNIOR- O ÍDOLO, O SER HUMANO E SUA INESQUECÍVEL JORNADA é a biografia do ex-técnico de futebol Caio Júnior, uma das vítimas do voo que transportava a delegação da Chapecoense para a final da Copa Sul-Americana, na Colômbia. 


O livro escrito pelo jornalista Adriano Rattmann, assessor de imprensa de Caio Júnior por 13 anos, será lançado no dia 14 de dezembro das 17h às 20h na Biblioteca Pública do Paraná, com a presença do autor e da família do biografado. A pré-venda estará disponível a partir de 29 de novembro, dia em que se completa sete anos da tragédia, no site: www.caiojunior.com.br ao preço de R$ 60,00. 

A pré-venda iniciou no 29 de novembro, data em que se completa sete anos da tragédia.


A obra aborda desde a infância em Cascavel, no Paraná, até os últimos momentos em vida, dentro da aeronave da empresa boliviana LaMia, há sete anos. 


Revelado pelo Grêmio, Caio Júnior foi artilheiro do Gauchão aos 20 anos e vivenciou a efervescência cultural dos anos 80 em Porto Alegre. Realizou o sonho de jogar na Europa onde passou oito temporadas em Portugal. Depois de ter a carreira quase interrompida devido a uma lesão, ressurgiu nos gramados para entrar na história do Paraná Clube como um dos principais jogadores na conquista do pentacampeonato paranaense em 1997. 


Após aposentar as chuteiras, experimentou a função de cronista esportivo, professor de escolinha, coordenador técnico e auxiliar, até se firmar como uma das revelações entre os treinadores brasileiros no início do século XXI. 


Os surpreendentes trabalhos no modesto Cianorte e no Paraná Clube, abriram possibilidades nos maiores mercados do futebol brasileiro, comandando equipes como o Palmeiras, Flamengo, Botafogo, Grêmio, Vitória, entre outros. Fora do Brasil, viveu momentos de glória principalmente no Qatar e nos Emirados Árabes, onde conquistou títulos e independência financeira. 


Na Chapecoense, vivia um momento mágico, demonstrando uma paz cristalina e satisfação pessoal e profissional, a ponto de afirmar que ‘se morresse, morreria feliz porque conseguiu tudo que quis na vida’. 


Com artes criadas pelo filho mais velho, Matheus Saroli, o livro mostra os sistemas de jogos e esquemas táticos utilizados por Caio Júnior, oferecendo uma compreensão mais aprofundada das estratégias empregadas por ele ao longo de sua carreira em suas equipes. 


A biografia vai além das quatro linhas, mostrando o amigo, o pai, o marido e o ser humano que enfrentou e superou uma das principais doenças do século: a depressão. 


Adriano Rattmann se aprofundou em estudos e pesquisas para trazer os bastidores da tragédia na Colômbia que vitimou 71 pessoas entre jogadores, dirigentes, comissão técnica, jornalistas e convidados. 



 Entre a lógica e o absurdo: um suspense irônico sobre a existência humana

Em "Meninos Suspensos", D.B. Frattini constrói uma narrativa crítica, polifônica e com elementos de literatura noir para traçar diferentes perspectivas sobre os conflitos inerentes à vida

Daniel, principal narrador do romance Meninos Suspensos, está diante do corpo do amigo no necrotério. Ele precisa preparar tudo para o funeral e, em meio a esta obrigação, recorda alguns dos principais momentos da própria vida. Fiel ao fluxo de consciência, que não está preso a uma linha narrativa lógica, nem a um tempo cronológico, D.B. Frattini escreve um livro polifônico, crítico, repleto de suspense e com várias camadas de ironia.

A obra começa com a inevitabilidade da morte, entretanto, a história não foca no luto. Esta situação é somente um ponto de partida para que o protagonista mergulhe nos sentimentos experienciados durante as últimas seis décadas. A partir disso, ele narra situações cruciais de sua trajetória, como o assassinato dos pais durante a ditadura militar, o cotidiano no colégio religioso e a relação íntima com as artes.

Ao mesmo tempo que critica os costumes da sociedade brasileira, o autor reflete sobre os conflitos existenciais dos humanos. Com uma multiplicidade de vozes, os leitores são apresentados a vivências distintas: há o garoto com transtorno obsessivo compulsivo que, sem receber tratamento, é proibido de praticar os impulsos; a mulher que se casa com um homem para respeitar a decisão da família, porém o matrimônio beira à ruína; os jovens em um relacionamento homossexual que deverão renunciar à paixão para seguir a religião, entre outras.

Quem é que não carrega algum horror? Não conseguimos esquecer um instante sequer do ponto do mundo pisado por nossos pés. O medo é a companhia mais certeira. Vamos driblando as misérias e em todas as esquinas encontramos um novo susto. É uma guerra de destroços disfarçados; por aqui, viver em pânico virou algo comezinho. E além dos horrores cotidianos, carregamos também monstros internos. (Meninos Suspensos, pg. 87)

Meninos Suspensos é resultado não apenas do trabalho do escritor com a literatura, mas dos anos de experiência de D.B. Frattini nas artes cênicas. Dramaturgo aposentado, ele utiliza elementos do teatro do absurdo para compor a prosa. Além de apresentar personagens presos às próprias condições de vida, a narrativa desafia os conceitos de realidade do público: em muitos momentos, Daniel conversa com uma lagartixa na parede do necrotério, que fala em francês e faz perguntas complexas.

Apesar de ser um drama existencial, a obra contém um suspense solucionado somente nas últimas páginas e que envolve a morte de um dos personagens. O autor explica: “O leitor deve prestar muita atenção nos detalhes, como, por exemplo, Daniel esconde folhas de caderno dobradas nas vestes do amigo defunto. São minúcias que carregam a narrativa para o final. Este é um livro com o enredo calcado na morte de um ente querido, mas não se prende nisso, muito pelo contrário: é irônico, com muitas camadas cômicas, críticas e de suspense”.

Ficha técnica
Título: Meninos Suspensos
Autor: D.B. Frattini
Editora: Patuá
ISBN: 978-65-5864-581-8
Páginas: 234
Preço: R$ 60 (físico)
Onde encontrar: Editora Patuá

Sobre o autor: Nascido em Pouso Alegre, em Minas Gerais, D.B. Frattini mora na cidade Campo Limpo Paulista, em São Paulo. Trabalhou por décadas no teatro e agora se dedica integralmente à literatura. Nas artes cênicas, foi dramaturgo do Grupo Boi de Mamão e da Theatrais Folias Andracômicas, além de ter trabalhado em universidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. Formou-se pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo, tem especialização em Fundamentos Estruturais da Composição Artística, Antropologia Teatral e Commedia Dell’Arte. Como escritor, participou da coletânea “Abraços Ausentes” (Letraria), publicou o livro de contos “Bofetada e Êxtase” (Autografia) e agora lança o primeiro romance da carreira, “Meninos Suspensos”, pela editora Patuá.

Redes sociais: Instagram



“Como se escreve?”: essas foram as palavras que

geraram mais dúvidas nos internautas em 2023

Erros envolvendo a escrita de numerais, acentuação e termos estrangeiros geraram milhões de buscas online ao longo do ano; confira a lista completa.

Responda com sinceridade: caso te perguntassem nesse momento, você saberia como escrever a expressão “por extenso” sem precisar recorrer ao Google? Sim? E quanto a palavras como “seiscentos”, “bullying” ou “airfryer”, por exemplo?


Se, dessa vez, a resposta foi negativa, saiba que você não é o único: de acordo com dados do mais novo levantamento da Preply, ao menos 7 milhões de pesquisas online feitas por brasileiros este ano giraram em torno de dúvidas ortográficas, em sua maioria relacionadas ao uso da acentuação, hífen, diferenças entre “ç” e “s” e a escrita de termos estrangeiros. 


Isso porque, para descobrir quais palavras mais geraram dúvidas nos internautas ao longo de 2023, recentemente, a plataforma de idiomas compilou e ranqueou as mais diversas pesquisas relacionadas à expressão “como se escreve” nos mecanismos de buscas de janeiro a setembro, de modo a identificar os erros de ortografia que deram um nó na cabeça de pessoas de todo o país. O resultado pode ser visto no ranking abaixo, que revela os questionamentos com os maiores volumes de pesquisa dos últimos meses de Norte a Sul.



“Dezesseis”, “sessenta”, “seiscentos”: é com S, SS, SC ou Ç?


Se existe algo que o ranking elaborado pela Preply destaca é como, quando o assunto é o domínio do nosso próprio idioma, boa parte da população está longe de entender integralmente certas regrinhas de ortografia, como é o caso da diferenciação nem sempre tão clara entre as letras S, SS, SC e Ç. 


Prova disso é o fato de que, entre as milhões de pesquisas online envolvendo a grafia correta de certas palavras, ocupam o topo da lista de termos mais confusos do ano justo “sessenta” e “seiscentos”, que reúnem, ao lado dos também presentes “dezesseis” e “dezessete”, uma mesma dificuldade: distinguir o uso dos “s” e cedilhas sobretudo durante a escrita dos numerais por extenso. 


A própria expressão “por extenso”, aliás, que também faz parte da lista, parece ter gerado deslizes similares durante 2023, visto que possivelmente aparece no ranking dadas as suas prováveis variações equivocadas em meio ao “s” e “ç” — as mais comuns sendo “extenço” e “estenço”. Nesse caso, como reforça a plataforma, basta ter em mente que a palavra leva um “x” na primeira sílaba, enquanto é finalizada com apenas um “s” na última. Ou seja: nada de “c” ou “ç” dessa vez… 


De “bullying” a “airfryer”, o desafio ao escrever palavras estrangeiras 


A essa altura, já não é novidade para ninguém que escrever palavras de outros idiomas corretamente é um desafio compartilhado por muitas pessoas, mesmo quando os termos em questão já são familiares aos ouvidos da população.  


Nas buscas online de janeiro a setembro, por exemplo, três velhos conhecidos (e constantemente usados no Brasil) foram responsáveis por grandes volumes de pesquisa envolvendo suas grafias: “airfryer”“shopping” “iphone”, todos com combinações de letras pouco usuais na língua portuguesa, seja o “pp”, “ph” ou sílabas com a letra “y”.


Além deles, ainda originaram dúvidas alguns termos em inglês para funcionalidades específicas do universo digital — e que, portanto, estão mais do que presentes em nossas vidas —, como “Whatsapp” e “Wi-fi”


A confusão na hora de escrever, como explica a plataforma, tende a ocorrer por questões de fonética e pronúncia, uma vez que existem letras ou combinações com sons diferentes nos idiomas português e inglês. Com a falta de exposição à língua inglesa por meio da leitura e audição, nada mais justo que os internautas sintam a necessidade de ir à internet para registrá-las corretamente, o que explicaria as milhões de buscas nos últimos meses. 


“Coco” ou “côco”: afinal, qual acento usar? 


Agudo, grave, circunflexo... enquanto escrevemos, tão corriqueiro quanto trocar certas letras ou não conseguir entender termos estrangeiros é fazer confusão diante do uso dos acentos gráficos — algo que os internautas sabem bem. 


No quesito acentuação, a propósito, foram duas as palavrinhas que fizeram os brasileiros se indagarem sobre suas grafias este ano: “coco” e “vovó”, cujas estruturas de certo modo apontam para duas perguntas semelhantes: afinal, levam ou não levam acento? Se sim, em qual sílaba exatamente? 


Para “coco”, é só se lembrar de que, desejando se referir ao fruto do coqueiro, o correto seria utilizar “coco”, sem acento mesmo. Do contrário, adicionar um acento circunflexo ao termo ou faria quem escreve se referir informalmente a fezes (“cocô”) ou, por fim, ir contra as regras atuais do nosso idioma, uma vez que a palavra “côco” não consta na Língua Portuguesa. 


Por outro lado, se “coco” não leva acento, tanto o termo “vovô” quanto “vovó” são, sim, palavras acentuadas, mas com particularidades que variam conforme o gênero do avô ou da avó a quem se está levando em conta: “vovô”, com circunflexo, sendo utilizado para a forma masculina, enquanto “vovó”, desta vez com acento agudo na última sílaba, para se referir carinhosamente à mãe dos pais de alguém. Muito mais fácil do que parece, não? 


Sobre a Preply 


A Preply é uma plataforma online de aprendizagem de idiomas que conecta professores a centenas de milhares de alunos em 180 países em todo o mundo. Atualmente, mais de 40.000 tutores ensinam mais de 50 idiomas, impulsionados por um algoritmo de aprendizado de máquina que recomenda os melhores professores para cada aluno. Fundada nos Estados Unidos, em 2012, por três fundadores ucranianos, Kirill Bigai, Serge Lukyanov e Dmytro Voloshyn, a Preply cresceu de uma equipe de três pessoas para uma empresa com mais de 600 funcionários de 62 nacionalidades diferentes, com escritórios em Barcelona, ​​Nova York e Kiev.



 + Literatura Atual 

Livro Biografia do abismo mostra como a polarização política extrema transbordou e ameaça famílias, empresas e o futuro do país



Analisando 99 mil entrevistas, cientista político e jornalista explicam como a divisão entre lulistas e bolsonaristas desceu do palanque e chegou ao cotidiano

        

 • Um em cada sete brasileiros rompeu uma amizade durante a campanha

 • Entre estes, a grande maioria afirma que não se arrepende da briga por motivos políticos

• Um em cada quatro se sentiria mal caso seus filhos estudassem em uma escola onde predominasse entre os outros pais visão política distinta da sua

• Quase um terço diz que ficaria infeliz se um genro ou uma nora votasse em um candidato diferente do seu

• Essa é a mesma proporção dos que escolhem o canal de TV com noticiário politicamente mais próximo de suas ideias

Como as opiniões políticas passaram a ditar com quem convivemos e por que tratamos as opções de candidatos como se fossem parte da nossa identidade? Essa é apenas uma das perguntas que o livro Biografia do Abismo – como a polarização divide famílias, desafia empresas e compromete o futuro do Brasil, lançamento da editora HarperCollins, disseca e responde. A partir da análise de 99 mil entrevistas domiciliares entre 2021 e 2023, o cientista político Felipe Nunes e o jornalista Thomas Traumann traçam um Brasil na beira do despenhadeiro e tentam explicar por que a tolerância com a opinião divergente ficou tão curta e o acirramento nos grupos de WhatsApp não se encerrou mesmo depois das eleições.


Na eleição de 2022, a mais disputada da história, o país viveu a consolidação de um processo de polarização extrema que transbordou dos palanques políticos para o dia a dia. As pesquisas, conduzidas pela empresa Quaest, mostram que um em cada sete brasileiros rompeu uma amizade durante a campanha e, entre estes, a grande maioria afirma que mesmo depois da proclamação dos resultados não se arrepende da briga por motivos políticos. Um em cada quatro brasileiros diz que se sentiria mal caso seus filhos estudassem em uma escola onde os pais dos outros alunos tivessem uma visão política distinta da sua. Quase um terço conta que ficaria infeliz se um genro ou uma nora votassem em um candidato diferente do seu – mesma proporção dos que ao escolher o canal de TV para assistir a um noticiário preferem aquele politicamente mais próximo.


Os autores lembram que a divisão política é recorrente na história brasileira. Entre 1994 e 2014, PT e PSDB protagonizaram um embate que ficou conhecido pela expressão “nós contra eles”. Era uma disputa dura, mas não pregava a aniquilação do adversário. Durante o governo de Jair Bolsonaro, a posição sobre Bolsonaro ou Lula passou a ser parte da identidade de cada eleitor. Essa polarização reflete-se em uma disputa na qual o centro do debate está no âmbito moral, não nas plataformas econômicas e propostas sociais.


Nunes e Traumann concluem que essas clivagens estão tão solidificadas na sociedade que se comparam a uma calcificação, o fenômeno de enrijecimento de cada um dos lados em suas posições, como acontece com as torcidas de futebol. Ao assumir as cores do lulismo ou do bolsonarismo como as de quem torce para Flamengo ou Fluminense, o eleitor transforma sua escolha em um traço de sua personalidade. Assim como a identidade do torcedor não muda com o fim da partida, a identidade do eleitor de cada um dos oponentes permaneceu depois da eleição, mostram as pesquisas.


O paradoxal, defendem os autores, é que esse estado de enrijecimento das paixões políticas não implica resultados eleitorais pré-determinados. Isso porque as identidades associadas ao lulismo e ao bolsonarismo deram origem a movimentos tão grandes que o resultado pode acabar sendo definido por grupos pequenos. Ao se abster ou optar por um dos lados, eles podem decidir a balança eleitoral. Foi o que aconteceu em 2022, quando o numericamente pequeno grupo batizado de “liberais sociais” fez pender a balança das eleições para Lula.


O Brasil da polarização extrema se aproximou do abismo de um conflito sem volta nos atos antidemocráticos de janeiro de 2023, afirmam os autores. A existência desse abismo pode levar à conclusão de que uma reconciliação nacional é impossível. Mas também pode ser, avaliam, o grande desafio a ser enfrentado e superado. 


Sobre os autores:

Felipe Nunes é Ph.D. em ciência política e mestre em estatística pela Universidade da Califórnia em Los Angeles . É professor da UFMG. Seus trabalhos acadêmicos sobre desinformação, eleições e metodologia estão publicados nas principais revistas científicas do mundo. É sócio-fundador da Quaest, onde coordenou centenas de pesquisas eleitorais, além de estudos de mercado sobre reputação, consumo e comportamento. Especialista no monitoramento de redes, é o inventor do Índice de Popularidade Digital. Atua como consultor de governos, bancos, empresas de mídia e de varejo.


Thomas Traumann é jornalista e mestre em ciência política pelo IESP/UERJ. Trabalhou por vinte anos nas redações da Folha de S.PauloVeja Época. Entre 2011-2014, foi porta-voz presidencial e ministro de Comunicação Social do governo Dilma Rousseff. É autor do livro O Pior Emprego do Mundo (sobre os ministros da Fazenda brasileiros) e co-autor de Brazil After Bolsonaro - The Comeback of Lula da Silva (sobre as eleições de 2022). É colunista da Veja e do Poder360, além de consultor de risco político de bancos e de fundos de investimento.

 

Ficha técnica:

Formato: 13,5 x 20,8 cm

Páginas: 240

ISBN físico: 978-65-6005-100-3

ISBN digital: 978-65-6005-103-4

Preço: R$54,90



HIPERTEXTO

Sobre comprar, acumular e abandonar livros

(via Stable Diffusion)

Mantemos relações bastantes distintas com livros.

Alguns conservam grandes acervos de itens lidos e/ou não lidos. Outros compram apenas o que leem, então repassam. Alguns preferem a praticidade e a versatilidade da leitura digital. Outros – os mais cafonas em um mundo já dominado pela breguice – compram livros apenas para decoração. Essas estratégias não são autoexcludentes, muito menos definitivas para toda uma vida.

Da mesma forma, a leitura em si é um ato cuja ordem proporciona múltiplas decisões. Isto é, alguns mantêm listas fechadas para os próximos 76 anos; outros são mais espontâneos; alguns caçam por métodos próprios, outros confiam em recomendações de confiança.

Por fim, outra grande variável no que tange à leitura é o abandono dos livros. Podemos demonstrar graus muito variados de resistência, a depender da nossa expectativa, do desprazer e do orgulho envolvido¹.

Com isso em mente, vamos partir de três perguntas:

  • Qual é a sua lógica para comprar livros? (Aliás, físicos ou digitais?)

  • Você tem uma ordem de leitura predefinida? (O que te faz furar a fila?)

  • Quão persistente você é diante de um livro que não te agrada? (O que te leva a abandonar um livro?)

Nesta Enclave, tentaremos dissertar sobre alguns métodos e lógicas pessoais, apenas pela diversão do relato. Para tanto, contamos com o auxílio de dois grandes colaboradores do RelevO: Marceli M. (Burocrata Carimbos) e Bolívar Escobar (Cartas do Bolívar). Escolhemos esses dois indivíduos porque, além de leitores experientes e indivíduos atentos ao mercado editorial, porque… porque… bom, porque a essa altura eles são nossos únicos amigos…

Sobre (anti)bibliotecas

Aqui, vamos partir de um trecho de Nassim Taleb, em referência a Umberto Eco, n’A Lógica do Cisne Negro (2007):

O escritor Umberto Eco pertence àquela classe restrita de acadêmicos que são enciclopédicos, perceptivos e nada entediantes. Ele é dono de uma vasta biblioteca pessoal (que contém cerca de 30 mil livros) e divide os visitantes em duas categorias: os que reagem com: “Uau! Signore professore dottore Eco, que biblioteca o senhor tem! Quantos desses livros o senhor já leu?”, e os outros — uma minoria muito pequena — que entendem que uma biblioteca particular não é um apêndice para elevar o próprio ego, e sim uma ferramenta de pesquisa. Livros lidos são muito menos valiosos que os não lidos. A biblioteca deve conter tanto das coisas que você não sabe quanto seus recursos financeiros, taxas hipotecárias e o atualmente restrito mercado de imóveis lhe permitam colocar nela. Você acumulará mais conhecimento e mais livros à medida que for envelhecendo, e o número crescente de livros não lidos nas prateleiras olhará para você ameaçadoramente. Na verdade, quanto mais você souber, maiores serão as pilhas de livros não lidos. Vamos chamar essa coleção de livros não lidos de antibiblioteca.

Usamos o trecho em questão como ponto de partida porque obedecemos (isto é, este editor, especificamente, obedece) a uma lógica semelhante. Afinal, não consigo atender à ideia de comprar apenas o que tenho certeza de que lerei – ou ao menos no curto e médio prazos.

Inclusive, isso tende a trazer problemas, uma vez que podemos entender o ato de comprar livros como estressante a partir de dois (ou três) vieses:

  1. Financeiro: bom, comprar – livros ou qualquer outra coisa – custa dinheiro. Se seu dinheiro é finito, como acreditamos que seja, é preciso fazer escolhas.

  2. Espacial: livros demandam capacidade de armazenamento e, a partir do momento que você não a tem, qualquer aquisição se torna estressante. Se seu espaço também é finito, como também acreditamos que seja, é preciso fazer mais escolhas.

  3. Metafísico (bônus!): se você compra um livro e não o lê, sua consciência pode arder ao cruzar o olhar com uma lombada nunca aberta, um plástico nunca removido, e assim por diante. Pode haver um rebote dos outros dois problemas: se não li, por que diabos gastei dinheiro e espaço?

Minha lógica de compra e acúmulo de livros é mais ou menos a seguinte: ajo ao mesmo tempo como um olheiro e diretor de clube de futebol, se livros fossem jogadores, se o tamanho do elenco não fosse um problema e, por fim, se jogadores não envelhecessem nem fossem únicos (isto é, se houvesse toda uma tiragem de Haalands no mundo e tanto o clube Eu como o clube Você pudéssemos ter um ou vários Haalands e Mbappés no elenco).

Essa explicação certamente não ajuda muito, a não ser uma óptica bastante específica e talvez deturpada de funcionamento de mundo. Mas o ponto é – não, pera lá, os pontos são:

  1. Expandir constantemente a lista de “livros de interesse”, isto é, aqueles que pretendo [acredito que vou] ler algum dia.

  2. Monitorar preços (listas em Amazon, Estante Virtual e sebos específicos, basicamente).

  3. Comprar diante de preços abaixo da média ou oportunidades raras (edições antigas que, se esgotarem, já era, ou ao menos vão encarecer a ponto de inviabilizar).

  4. Furar a fila diante de grandes descobertas ou urgências de interesse (“isso eu preciso ler agora”).

Em suma, se em algum momento sei (ou acredito com alguma convicção) que vou ler X, mas neste momento X se encontra em um ótimo preço (ou parece realmente próximo de esgotar, afinal a quantidade de Haalands, mesmo maior que no futebol, ainda é finita), compro sem dó. Nem que leve anos para eu abri-lo – já passei da fase de dor na consciência. Aqui não tem metafísica alguma.

  • Um exemplo recente: comprei Heat 2, de Michael Mann e Meg Gardiner, continuação do filme que tanto adoro. Quando vou ler? Sei lá, mas o preço em algum momento diminuiu e sei que eventualmente vou ler.

  • Sob a mesma lógica, não hesitei nem por um segundo quando encontrei, ano passado, NA LIXEIRA DA GARAGEM, a coleção COMPLETA (50 volumes!), capa dura, de Imortais da Literatura Universal da Abril Cultural. Precisei reorganizar a estante, mas não tenho dúvidas de que valeu a pena. Se até o momento li 10% deles, pouco importa. A assimetria é muito favorável – trata-se de clássicos, afinal, então tenho o efeito Lindy a meu favor –, principalmente levando em conta o custo zero.

No lixo! No lixo!!!

Vejamos as constatações de nossos amigos:

Qual é a sua lógica para comprar livros? (Aliás, físicos ou digitais?)

Marceli: Em geral, vou pela autoria (quero ler alguém e aí procuro a obra que seja mais representativa) e, em alguns casos, pela editora (por exemplo, confio na linha editorial da Todavia porque costumo gostar de tudo que leio deles, aí compro mesmo que desconheça o autor); mas também acontece de seguir indicações de amigos (normalmente, as situações em que furo a fila, a depender de quão efusiva seja a recomendação ou de quanto eu confie na pessoa). É comum também ler o livro baixado no Kindle e mesmo assim querer ter a cópia física e comprá-la depois (também posso comprar um livro principalmente porque ele é bonito, ou tem uma capa bonita).

Bolívar: Acho importante diferenciar as motivações para comprar e para ler. O que mais me motiva a ler um livro é quando pessoas de grupos diferentes de amigos me recomendam o mesmo título. É quase um sistema: se um livro marca três pontos, então é porque preciso ler. Já para comprar, acho que a principal motivação é conhecer o(a) autor(a) e querer fortalecer a iniciativa. Ocasiões especialíssimas são os livros desses dois universos se encontrando.

(via Stable Diffusion)

Listas, ordem, progressão linear

Assim, adentramos em outro tópico: como organizar a ordem de leitura? Do lado de cá, essa lógica é bem mais variável, uma vez que está sempre sujeita a descobertas acidentais. É como jazz, exceto por não envolver técnica ou talento. Em cima de um tema, vario conforme acidentes do dia a dia (ter lido, escutado ou assistido alguma coisa que despertou interesse em outro assunto), então viro a chave completamente, num processo helicoidal que eventualmente volta ao ponto de onde partiu.

Isso acontece organicamente. Um exemplo real: entre idas e vindas, Hong Kong é por si só um tema de interesse. Procurei narrativas que se passam lá, vasculhei e comprei – gradativamente, não ao mesmo tempo – tantos livros relacionados. Li alguns, abandonei outros, não abri os demais. Recentemente, me interessei de novo pelo tema e comecei Tai-Pan (1967), de James Clavell (por sinal, fantástico). Daqui a pouco, naturalmente, por cansaço ou pelo despertar/relembrar de algum outro tópico, o interesse retorna para “Guerra Fria”, “detetives dos anos 1940”, “ficção científica”, “Brasil colonial” etc., e assim a roda vai girando.

Nesse aspecto, nossa lógica e a de nossos amigos parece convergir:

Você tem uma ordem de leitura predefinida? (O que te faz furar a fila?)

Marceli: Tenho sempre uma pilha de livros que pretendo ler, mas não tenho muito sistema com eles – pode acontecer de ele ficar ali na estante por anos e pegá-lo aleatoriamente pra ler (ou, menos aleatoriamente e mais por uma vibe inexplicável, tipo sentir que chegou a hora de ler tal coisa). Mas se tem um lançamento legal ou se eu comprei algo, é comum furar a fila e mesmo pausar algo que eu esteja lendo pra passar o outro na frente. Acho que, nos últimos anos, engajar num livro e não ter vontade de olhar o celular é tão raro que, quando acontece, eu me emociono muito e quero aproveitar a onda. E também rola de eu começar a ler algum autor e empolgar e emendar dois ou três outros livros dele.

Bolívar: A vida acadêmica faz a gente se embrenhar em leituras muito mais por obrigação do que por liberdade de escolha. Tenho uma lista ancestral de livros no GoodReads que gostaria de ler algum dia, mas que nunca volto pra consultar. No geral, o que acontece é receber alguma recomendação e já, sem pensar muito, começar a leitura. Tenho alguns autores de interesse também cujos livros vou deixando no radar para começar quando sobrar tempo. Ou quando a vergonha na cara atingir níveis muito altos. Em resumo, é um sistema bastante volátil, aleatório e pouco previsível.

Largar ou não?

Abandonar um livro traz uma culpa moral, uma sensação de farsa. A presunção “o problema só pode ser eu” banhada na estranha sacralidade da palavra escrita ou da consagração do(a) autor(a). Além da dúvida: se abandonei um livro de 500 páginas na centésima delas, posso dizer que eu o li? Vaidade de vaidades!²

Pois livros devem ser abandonados sem dó. O famoso “cagar ou sair da moita”. Não vale se arrastar. Nunca. Isto é, a partir de uma tentativa honesta – e apenas o leitor, em sua prática, saberá discernir o que é uma tentativa honesta. Só no segundo semestre, abandonei A Identidade Bourne (Robert Ludlum); Kowloon Tong (Paul Theroux); Da Rússia, Com Amor (Ian Fleming); e O Alfaiate do Panamá (John le Carré). Somente o último trouxe algum peso na consciência, por gostar do autor e por não ter considerado o romance propriamente ruim, apenas desinteressante para mim, no momento, diante de outro problema seríssimo, e na verdade ponto nevrálgico do abandono de livros: nosso tempo é escasso.

A vida é muito curta para não gostar dos livros que se lê, uma vez que há um universo gigantesco (na prática, infinito) de opções que nos tragam prazer (nem que um prazer desconfortável, angustiante, mas que, enfim, valide a atividade da leitura). Simplesmente não vale a pena. (Inclusive, se eu não tivesse decidido largar sem dó alguns dos romances mencionados, não teria iniciado Tai-Pan a tempo de levá-lo para uma viagem de 18 dias, o que literalmente faria minha vida pior).

Tenho certeza de que li Stanley Kubrick defender o abandono veloz de livros que não cativaram o leitor. Acredito com alguma convicção que essa fala consta no Conversas com Kubrick (que não abandonei), de Michel Ciment, mas, ironicamente, não o tenho em mãos, porque este ficou na casa dos meus pais desde que saí de lá, há uns bons anos, a fim de poupar espaço.³

Curiosamente, nossa amiga Marceli Burocrata não concorda com essa lógica: “nunca desgosto a ponto de querer abandonar de vez; sempre dou chance até o final mesmo que seja para falar mal depois”. Marceli está errada. Não se deve dar chances até o final: é preciso falar mal do livro antes. Inclusive, em alguns casos, antes mesmo de abrir! Quem dera eu nunca tivesse lido [dois terços de] Da Rússia, Com Amor

Já Bolívar, que abandonou Graça Infinita, afirma que precisa “começar a abandonar mais livros para ver se algum padrão pode ser detectado”, portanto sua resposta não ajudou em nada. Brincadeira. Ambas as respostas foram mais complexas que o recorte sujo da mídia enclávica:

Quão persistente você é diante de um livro que não te agrada? (O que te leva a abandonar um livro?)

Marceli: Em geral, é quando outro livro fura a fila mesmo; mas procuro voltar e terminar, não gosto muito de deixar livro abandonado (e acho que tem a questão também de eu sempre pegar livros que me interessam pra ler, aí nunca desgosto a ponto de querer abandonar de vez, sempre dou chance até o final mesmo que seja para falar mal depois).

Bolívar: Não sinto como se eu tivesse um “gatilho” ou coisa do tipo que me faça desistir de livros. Quando acontece é por uma convergência de motivos. Por exemplo, comecei a ler Graça Infinita, o tijolão do D.F.W. em 2015 e está lá parado na página 200 até hoje. A sensação foi que eu estava começando uma leitura para a qual não estava preparado. A mesma coisa com O Pêndulo de Foucault, do Eco. Teve outros casos, mas não lembro agora. Preciso começar a abandonar mais livros para ver se algum padrão pode ser detectado.

Essas foram as nossas considerações sobre comprar, acumular e abandonar livros. Entre galhofas e modelos mentais possivelmente replicáveis, também queremos saber a sua opinião, principalmente se você for um metódica compulsivo, uma acumuladora caótica ou um absoluto desapegado.

Retornamos em dezembro!

(via Stable Diffusion)

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Escopo aumentado para o exercício de seus dons

Não é surpresa que as pessoas vulneráveis […] não reconheçam o quanto pessoas estúpidas são perigosas. Essa falha é apenas uma expressão de sua vulnerabilidade. O fato realmente impressionante, entretanto, é que pessoas inteligentes e bandidos também costumam não reconhecer o poder de causar danos inerente à estupidez. É extremamente difícil explicar por que isso acontece, e é possível apenas observar que, quando confrontados com indivíduos estúpidos, pessoas inteligentes, assim como bandidos, costumam cometer o erro de se permitirem ter sentimentos de complacência e desdém, em vez de secretar quantidades adequadas de adrenalina e erguer defesas imediatamente.

Fica-se tentado a acreditar que um homem estúpido só vai causar mal a si mesmo, mas isso é confundir estupidez com vulnerabilidade. De vez em quando, alguém pode cair na tentação de se associar a um indivíduo estúpido para utilizá-lo em seus próprios esquemas. Tal manobra só pode ter efeitos desastrosos, porque a) ela se baseia em uma incompreensão absoluta da natureza essencial da estupidez e b) dá à pessoa estúpida um escopo aumentado para o exercício de seus dons. É possível ter esperanças de tirar proveito do estúpido, e, até certo ponto, é realmente possível fazer isso. Mas devido ao comportamento instável do estúpido, não se pode prever todas as suas ações e reações, e em pouco tempo a pessoa vai ser pulverizada pelos movimentos imprevisíveis do parceiro e estúpido.

Isso fica claramente resumido na Quarta Lei Fundamental, que afirma que:

“Pessoas não estúpidas sempre subestimam o poder de causar danos dos indivíduos estúpidos. Em particular, pessoas não estúpidas se esquecem constantemente de que em todo momento e lugar, e sob qualquer circunstância, lidar e/ou se associar com pessoas estúpidas resulta infalivelmente em um erro altamente custoso”.

Ao longo dos séculos e milênios, tanto na vida pública quanto na vida privada, inúmeros indivíduos deixaram de levar em conta a Quarta Lei Fundamental, e essa falha acarretou perdas incalculáveis para a humanidade.

Carlo M. Cipolla, As Leis Fundamentais da Estupidez Humana, 1976 (Ed. Planeta, 2020).

1

Sempre me pego pensando em como a literatura é uma arte ativa, ao contrário da televisão e do cinema (ou do rádio/podcast). É natural que ela nos exija mais, afinal o avanço da experiência depende do nosso envolvimento. Nas telas, podemos apenas sentar e esperar, em que pese o risco de dormir. Contraintuitivamente, nesse aspecto, a arte que mais se aproxima da literatura é o videogame (ou literatura ergódica).

2

E os direitos do leitor de Daniel Pennac?

3

E se eu estiver blefando??? Juro que não. Provavelmente não. Tanto faz também; Kubrick sequer é um argumento de autoridade neste caso, e sim uma curiosidade. (Tanto faz não, não estou inventando!) Enfim, também recebemos a orientação de abandonar livros nessa newsletter bastante decente para quem escreve.

 
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Educação antirracista: estratégias para um ambiente escolar mais igualitário

Mestre em Educação, Francine Cruz propõe em livro arcabouço teórico aliado a atividades interdisciplinares para prevenir o racismo nas escolas

Pesquisadora das relações étnico-raciais há dez anos, autora de livros na área de Educação Física e doutoranda em Educação, Francine Cruz agora publica uma obra interdisciplinar para incentivar educadores a trabalharem por ambientes educacionais mais equitativos. Relações étnico-raciais na educação física escolar surge da vivência da também professora da educação básica, que não poucas vezes presenciou situações extremas de preconceito manifestadas no ambiente escolar.

O ensino da história e cultura afro-brasileira é obrigatório nas escolas do país, explica Francine, mas, ainda assim, muitos professores se sentem inseguros e despreparados para abordarem a temática. Para preencher esta lacuna, o livro chega para ser material de consulta, com conceitos teóricos e sugestões de práticas pedagógicas.

Licenciada em Educação Física, a autora divide a obra em duas partes. Enquanto na primeira revisita historicamente diversas abordagens de ensino e as mudanças teóricas ocorridas ao longo do tempo, na segunda apresenta propostas de atividades práticas que podem ser incorporadas às aulas de diversas disciplinas. Descreve mais de 20 jogos, brincadeiras, esportes, danças e lutas da cultura nacional com influência africana, para enriquecer as experiências dos estudantes na escola.

[...] com o jogo Matacuzana, o professor pode resgatar um pouco
da história de Moçambique, seus aspectos geográficos e as
similaridades dos jogos praticados no Brasil e na África. O Matacuzana
tem regras semelhantes ao jogo brasileiro conhecido como “bugalha”,
“pedrinhas”, “cinco marias”, “chincha” ou “saquinho” [...].
(Relações étnico-raciais na educação física escolar, págs. 84 e 85)

Organizadas de maneira eclética, as atividades têm o propósito de equilibrar vivências práticas e reflexões para que os professores atuem na inserção e mediação das discussões a respeito das relações étnico-raciais no cotidiano. “Acredito numa educação inclusiva e podemos mudar essa realidade; a filósofa Angela Davis já dizia que ‘numa sociedade racista não basta não ser racista, é preciso ser antirracista’”.

FICHA TÉCNICA

Título: Relações étnico-raciais na educação física escolar
Autora: Francine Cruz
Editora: Caravana
ISBN:
 978-655-06-1353-2
Páginas: 132
Formato: 14 x 21 cm
Preço: R$ 50,00
Onde comprar: Caravana Grupo Editorial

Sobre a autora: Natural de Curitiba (PR), Francine Cruz é escritora e professora, licenciada em Educação Física, mestre e doutoranda em Educação na Universidade Federal do Paraná (UFPR). É autora de nove livros entre romances, poesia e infantil, além de títulos técnicos, como Atividade Física para Idosos: Apontamentos Teóricos e Propostas de Atividades e Educação Física na Terceira Idade: Teoria e Prática.

Em 2012 recebeu o prêmio Agente Jovem de Cultura do Ministério da Cultura. Atualmente trabalha como técnica pedagógica de Educação Física no Departamento de Desenvolvimento Curricular da Secretaria de Educação do Paraná.

Redes sociais da autora: Instagram | Facebook
Site da autora: www.escritorafrancinecruz.com



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Flip 2023 e uma reflexão sobre o papel do escritor

*Lilian Cardoso

A Flip 2023 foi muito mais do que um festival literário convencional. Além das poesias, saraus, bate-papos e sessões de autógrafos que encantaram os amantes da literatura, a programação abordou temas cruciais para o mercado livreiro. Entre debates e reflexões, destaco minha primeira participação em mesas que exploraram o universo do marketing literário, um aspecto essencial para garantir que as obras alcancem seu público de maneira efetiva. Apesar de ser visto como um tabu para quem é da alta literatura, todos já sabem que, se não encararmos a divulgação dos livros como parte deste processo, a obra deixa de chegar às mãos do nosso principal convidado: o leitor.

Com a Casa Escreva, Garota lotada, participei da mesa "Personal Branding para Escritores: como encontrar sua voz literária", na qual dividi o palco com a escritora catarinense Marina Hadlich. Discutimos a importância dos autores desenvolverem identidade única, a "marca pessoal" que os diferencie no vasto cenário literário. Afinal, o livro não é apenas uma obra impressa; é uma voz que ecoará nos corações dos leitores. Marina é um grande exemplo de autora que faz o que chamo de “marketing do bem”. Seja na sessão de autógrafos ou andando pela feira, ela se orgulha em vender e falar de sua literatura, movimento que deixa os novos autores e autoras mais confiantes para levar a obra a mais pessoas.

Participar da programação da Casa PublishNews também foi uma experiência enriquecedora. Na mesa "Como fazer autores e livros se destacarem na multidão", tive a oportunidade de compartilhar insights ao lado de colegas do mercado que, assim como eu, se dedicam a espalhar literatura. No debate com Daniel Lameira, Vanessa Passos e mediação de Tatiany Leite, falamos das nossas experiências em defesa da promoção do livro ao entendê-lo também como um produto. Escritores e editores esperam resenhas e elogios, sim. Porém, mais do que isso, precisam de vendas, afinal, por trás da elaboração de uma obra, diversos profissionais estão envolvidos: revisor, designer, diagramador, tradutor, leitor crítico (sem contar com o custo de gráfica e logística). A conta precisa ser paga.

Neste encontro tive a oportunidade de abordar a importância de o autor estar em eventos literários, como a própria Flip e outras bienais. Abri o coração sobre o erro que cometi ao ficar por anos somente nos bastidores do mercado, e como trabalhar no meu próprio marketing pessoal me ajudou aumentar em 400% o faturamento da minha agência, que divulga em média 100 livros por mês de editoras e autores. Hoje todos nós precisamos divulgar mais o nosso trabalho se desejamos ser reconhecidos. É isso que fazemos há 14 anos para os clientes da LC e ensino também aos meus alunos. Os mercados fazem propaganda de seus produtos o tempo todo; por que não falar de nossos livros?! Precisamos furar esta bolha e, mais do que isso, desmistificar o marketing.

A reflexão que permeou todas as mesas em que participei é clara: não podemos pensar em obras sem considerar como vamos alcançar e formar novos leitores. O marketing não é apenas uma ferramenta, é a ponte que conecta a voz do autor ao coração do público. É preciso ensinar estes escritores a se conectarem de forma autêntica em cada interação e evento literário.

Em última análise, a Flip 2023 não apenas celebrou a literatura, mas, por meio da programação paralela, também proporcionou um espaço valioso para discutir os desafios e oportunidades do mercado literário contemporâneo. Participar dessas mesas e contribuir para o diálogo sobre marketing, branding pessoal e conexão autêntica com os leitores foi uma experiência enriquecedora que influenciará minha abordagem como autora e empresária do mercado do livro.

Daqui, sigo incentivando autores e editores a “abrirem o livro” para que suas obras cheguem a mais e mais leitores.


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Livro é presente de Natal para incentivar a empreender em 2024.


Quem gosta de gastronomia e quer ganhar um bom dinheiro em 2024 como empreendedora na área, pode investir no livro da Chef Gizelle Becker Furlan, especializada em terrines, uma iguaria que tem uma receita base única, mas leva um mix de coberturas que vão do salgado ao doce, com frutas e flores, que deixam o aperitivo perfeito - lindo e delicioso.


O legal é que essa entrada custa cerca de R$ 30,00 para a base da receita feita com cream cheese que pode ser vendida a partir de R$ 120,00. O que vai determinar o preço é a cobertura. Bom lucro e uma receita que permite variações das mais simples às mais sofisticadas. Os lucros podem passar dos 100% facilmente.


No livro “Terrines da Gi”, a Chef ensina 22 receitas criadas, testadas e fotografadas ao longo de cinco anos de aprimoramento do prato, com destaque para seis vídeos com o passo a passo para fazer a receita e como decorar.



Combinando sabores, nuances e texturas, Chef Gizelle vende terrines desde 2018 em Florianópolis e desenvolveu o livro para pessoas aprenderem e terem a oportunidade de empreender.


O livro é ótimo investimento, inclusive para presente de Natal para aquela pessoa que só precisa de um incentivo para começar um negócio em 2024.

Para adquirir um exemplar, acesse o site www.littera.com.br ou entre em contato pelo WhatsApp (48) 99980-9495. O formato ebook está à venda na Amazon.

 

“Terrines da Gi”

Chef Gizelle Becker Furlan

Editora – Letras Amigas | 80 Páginas

Vendas – www.littera.com.br ou WhatsApp (48) 99980-9495



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Quando a ciência encontra o amor: contos abrem debate sobre fertilização in vitro

Executivo da indústria farmacêutica, Augusto Maia ficcionaliza histórias reais para tratar sobre questões sociais, afetivas e filosóficas que envolvem a reprodução assistida

Os anos de experiência como executivo da indústria farmacêutica proporcionaram a Augusto Maia um contato mais próximo com histórias de pessoas que recorreram às técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro, para realizarem o sonho de ter um filho. Ele se inspirou nestes relatos para publicar Amor In Vitro, um livro ficcional que traz reflexões sociais, afetivas e filosóficas, sobre as possibilidades que o avanço da ciência no campo da medicina pode viabilizar.

Dividida em sete contos, a obra é uma forma de pensar sobre dilemas, conflitos e emoções relacionados à humanidade. Cada enredo apresenta elementos capazes de levantar discussões sobre a realidade: há o casal lésbico que enfrenta os preconceitos da família para seguir com o sonho de ter um filho; a mulher que não pode recorrer à reprodução assistida por falta de dinheiro; a médica que, mesmo depois de ajudar várias famílias a terem um bebê, pondera sobre a possibilidade de engravidar, entre outras narrativas.

Acho que a mulher é sempre tão cobrada por todos que, involuntariamente, passamos a cobrar demais de nós mesmas. Não ter um homem ao lado ou não ter sido mãe é uma espécie de fracasso, e é difícil saber qual dos dois pesa mais. Uma paciente me disse, uma vez, que era obrigação da mulher cumprir a sua profecia, a maternidade. De um homem, não se cobra nada disso, mas nós precisamos justificar por toda a vida. É um tipo de assédio sutil, disfarçado e gradual, que vai se enraizando na gente. (Amor in vitro, pg. 63)

Com ilustrações produzidas por Alexandra Seraphim e poemas que traduzem os sentimentos das personagens, o livro tem um objetivo principal: apresentar uma visão afetiva e reflexiva sobre a reprodução assistida. Mas os contos também são uma forma de todos os leitores se aprofundarem no assunto. Em várias páginas, Augusto Maia escreve notas informativas para contextualizar o público, com dados sobre infertilidade, taxa de fecundidade, implicações socioeconômicas e mais.

Na obra, o escritor também projeta algumas das histórias no futuro para imaginar os progressos da medicina e as transformações da sociedade. Ao trazer notícias reais acerca dos avanços científicos da fertilização in vitro, ele discute como a humanidade estará em algumas décadas a partir de uma perspectiva ética. Entre os questionamentos, pondera: provavelmente em um futuro próximo, a edição genética e o desenvolvimento de embriões em bolsa artificial serão técnicas disponíveis, mas quais serão as consequências dessas inovações?

“O tema da reprodução assistida provoca uma profunda análise existencial e remete à própria perpetuação da nossa espécie. É um lugar onde inevitavelmente encontramos a essência da nossa humanidade. Cada conto adiciona uma camada de compreensão sobre a reprodução assistida e permite uma leitura por diversas perspectivas de acordo com as questões que mais tocarem o leitor”, afirma o autor.

Ficha técnica
Título: Amor In Vitro
Autor: Augusto Maia
Editora: Poligrafia
ISBN: 978-85-67962-25-2
Páginas: 104
Preço: R$ 56 (físico) | R$ 36 (e-book)
Onde encontrar: Livraria da Travessa

Sobre o autor: Engenheiro de produção e administrador de empresas, Augusto Maia trabalha há mais de 25 anos na indústria farmacêutica. Mestre em Ciências pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva do Departamento de Medicina Preventiva da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), é pesquisador de Humanidades, Narrativas e Humanização. Em 2022, publicou o livro “Responsabilidade Humanística - uma proposta para a agenda ESG”, além de ter artigos em revistas acadêmicas. Estreia na literatura de ficção com o livro de contos Amor in Vitro, inspirado em histórias reais sobre reprodução assistida.

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Tudo é possível por amor: autor transforma história real em fábula

Em um romance breve, cheio de simbolismos e reflexões sobre a vida, escritor retrata força feminina e valor da vida por meio de protagonista inspirada na própria esposa

O voo da raposa é uma fábula sobre amor, coragem e perseverança inspirada na história de Fabrizio Michels. Como uma forma de presentear e homenagear a esposa, ele transformou o romance do casal em uma ficção que atravessa temas como maternidade solo, importância de seguir os próprios sonhos, busca por felicidade no cotidiano e senso de pertencimento.

Na narrativa, a protagonista é a Raposa, uma mãe solteira que explora o território onde vive com o filhote, sempre à procura de segurança. Mas, mesmo na tentativa de proteger a família, precisa encarar mistérios e perigos ocultos. Essa realidade tão familiar muda quando ela conhece o Falcão e encontra uma pedra mágica. A partir disso, os dois vão enfrentar dilemas, sentimentos paradoxais e aventuras extraordinárias.

Com este enredo, o autor narra as próprias experiências pessoais desde o momento que conheceu a amada até os dias atuais. A Raposa é a esposa, capaz de tudo para defender o filho e que precisou sustentar sozinha, uma criança em meio aos desafios de uma sociedade machista; o Falcão é o escritor, alguém que, por sempre prezar pela liberdade, nunca firmou raízes em um único lugar, mas mudou de perspectiva ao conhecer a mulher.

— Mãe, você está diferente...
— Diferente como? — indagou ela.
— Ah, não sei! Seus olhos estão com um brilho estranho. Parece que você vai chorar, mas, ao mesmo tempo, sinto que você está tão feliz — tentou explicar.
E ele não poderia estar mais certo em sua observação.
A raposa disfarçou e continuou tranquilizando-o:
— Não é nada, não, estou muito feliz por estar aqui com você, só isso!
Não era só isso, era muito mais, era algo inexplicável e maravilhoso. Depois de tanto tempo, a raposa sentia-se viva, e aquilo mudava tudo.
(O voo da raposap. 59)

Com uma linguagem simples em uma história repleta de desafios e enigmas, o leitor acompanha esta saga sobre crescimento pessoal, valor das escolhas e necessidade de enfrentar os momentos difíceis. Além de abordar questões como maternidade, empoderamento e superação, Fabrizio Michels transmite a ideia de que a felicidade não está no futuro, mas no presente, apesar de todas as adversidades: basta se permitir senti-la.

FICHA TÉCNICA
Título: O voo da raposa
Autor: Fabrizio Michels
ISBN: 978-65-25-45738-3
Formato: 14 x 21 cm
Páginas: 172
Preço: R$ 57,90
Onde encontrar: Amazon | Viseu

Sobre o autor: Fabrizio Michels escreve histórias desde a infância. Nascido em 1973, em Uberlândia, Minas Gerais, o escritor viveu a maior parte da vida em Brasília. É formado em Publicidade e Propaganda, mas sempre foi apaixonado por ficção. Por isso, estudou animação e design na Austrália, onde residiu por oito anos, e se aventurou em outros tipos de arte, como criação de jogos, pintura e composição musical. O autor sempre explora a fantasia como uma maneira de transmitir ideias, mensagens e ensinamentos. O Voo da Raposa é seu primeiro livro.

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Paraná Paris

A jornalista paranaense  Bebel Ritzmann é empossada Grande Embaixadora da Divina Academia Francesa de Artes, Letras e Cultura

Foto  - Bebel Ritzmann com a vice-presidente da  Divina Academia,  Mara Catarina

Fotos: divulgação



A jornalista e escritora Bebel Ritzmann lançou dois livros em evento da Divina Academia Francesa de Artes, Letras e Cultura,  no Carrossel do Louvre, no Museu do Louvre, em Paris (França). 

São eles: “Páginas do Tempo”, coletânea de poesias bilingue (português e francês), e o segundo livro infantil “Bebel, a menina arteira”, ambos publicados pelo selo Livros Legais e ilustrados pela artista plástica Mercedes Ritzmann.

Ainda em Paris, a jornalista foi surpreendida com a indicação para se tornar Grande Embaixadora da Divina Academia Francesa de Artes, Letras e Cultura. A solenidade de gala aconteceu no Hotel George V. A honraria foi entregue pela vice-presidente da Divina Academia, Mara Catarina. 


+ Literatura Atual 

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Em quarto livro, poeta carioca Milena Martins Moura reflete sobre a relação do sagrado com o corpo e o desejo femininos

Consolidando sua trajetória literária, autora lança O Cordeiro e os Pecados Dividindo o Pão, pela editora Aboio

“A poesia de Milena se ri do pecado imputado. E multiplica e divide o pão.”

 Trecho da orelha de Anna Clara de Vitto

Em O Cordeiro e os Pecados Dividindo o Pão, o único milagre possível é o ato poético, como afirma Milena em “ofício das mortes”: “Eu estou escrevendo / Isso é um milagre”.”

Trecho do prefácio de Priscila Branco

Entre dor e afirmação vital, o livro caminha, assim, em direção a uma espécie de ‘experiência interior’, onde a transgressão só vale enquanto lampejo provisório de resposta, pois o que seria dela se eventualmente se transformasse na fixa e sólida lei?”

Trecho do posfácio de Paula Glenadel


O Cordeiro e os Pecados Dividindo o Pão, novo livro de poesia da escritora, tradutora, editora e pesquisadora Milena Martins Moura (@milena.martins.moura) ousa ao trazer o sagrado para o terreno humano do corpo e do desejo femininos. Publicado pela editora Aboio (112 p.), a obra conta com todos os paratextos assinados por poetas mulheres. A orelha é de Anna Clara de Vitto, coordenadora do Clube de Escrita para Mulheres, o prefácio é da editora e crítica literária Priscila Branco e o posfácio é de Paula Glenadel, escritora, tradutora e professora de literatura francesa da UFF.

 

Com coragem, a poeta aborda religião, erotismo, dessacralização do sagrado e as interdições relacionadas à liberdade feminina, em versos que trabalham a palavra como ferramenta de autonomia. Priscila Branco destaca, já nas primeiras linhas do prefácio, que essa coletânea de poemas é subversiva, já que apresenta uma completa inversão da tradição judaico-cristã, instaurada em nossa sociedade por milênios. E argumenta: “O próprio ato de escrita e, agora, de leitura deste livro é a luta contra o sacrifício. Que a poesia possa sempre dar voz ao cordeiro e aos pecados, e que todo leitor encontre um pedaço desse pão, mesmo que a coberta esteja molhada em dias frios.”

 

Também nesse sentido, Paula Glenadel apresenta, no posfácio, uma análise sobre a abordagem audaz de Milena nessa obra. Segundo ela, a fome e a sede são imagens que atravessam praticamente todos os poemas do livro. Para a professora, essas cenas se estruturam em duas amplas séries de substâncias, a do pão, do vinho ou da água; e a da carne e do sangue, diante das quais o sujeito se exercita na ocupação de lugares moventes. E essa transubstanciação, em suas palavras, “põe em evidência a inoperância da transferência sacrificial tradicional, incapaz de aplacar essa sede e, sobretudo, essa fome”.

 

Em O Cordeiro e os Pecados Dividindo o Pão, as mulheres existem como seres desejantes e é do desejo que o direito à subjetividade surge. Para a autora, trabalhar esse tema sob essa perspectiva era algo inescapável, além de um ato político em desejo de si e de outras: “Eu sou uma mulher que foi criada sob o tacão da culpa e que cansou de enxergar seu desejo como um erro e seu corpo como sujo.”

 

“Tentei fugir à exigência de que um sujeito neurodivergente só deva falar sobre seu transtorno”

 

Milena Martins Moura — diagnosticada como autista em nível 1 de suporte já adulta — compara seu processo de escrita e de estilo adotado no novo livro ao do anterior, A Orquestra dos Inocentes Condenados. “O Cordeiro teve uma clara intenção de abandonar o estilo aplicado no livro anterior, que se voltava sobre a solidão pandêmica de uma perspectiva do sujeito autista. Conscientemente ou não, busquei outra temática e outra forma poética, tentando fugir à exigência de que um sujeito neurodivergente só deva falar sobre seu transtorno”, frisa Milena. “Este é um livro que traz uma poética mais densa e obscura, com referências religiosas que remetem à criação católica que recebi e da qual me rebelei eventualmente. Uma poética que dessacraliza o sagrado, o traz para o terreno humano e lhe dá corpo e desejo. E que coloca também o corpo feminino como desejante.”

 

Sair do isolamento social, para Milena, foi também sair de um tipo de armadilha psíquica que a libertou para abraçar novos temas, imagens e formas. “O livro nasceu lento, mas muito coerente. A escrita deste livro foi justamente o que abriu meus olhos para como o erotismo escrito por mulheres tem se desenhado hoje, o que levou à minha pesquisa de doutorado sobre o tema”, aponta.


O corpo feminino como desejante: a poética de Milena Martins Moura

 

Milena Martins Moura nasceu no subúrbio do Rio de Janeiro em 1986. É poeta, editora, tradutora, mestre em Literatura Brasileira pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e doutoranda em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Publicou os livros Promessa Vazia (Multifoco, 2011), Os Oráculos dos meus Óculos (Multifoco, 2014) e A Orquestra dos Inocentes Condenados (Primata, 2021), além do plaquete digital de poesias Banquete dos Séculos (edição da autora, 2021). Também é editora da revista cassandra e da Macabéa Edições.

Suas principais referências literárias são Leila Miccolis, Viviane Mosé, Caio Fernando Abreu, Adélia Prado, Bruna Mitrano, Manoel de Barros, Sylvia Plath e Hozier (cujas letras, repletas de erotismo, considera poesias musicadas) Como lê muita coisa de variadas temáticas, a poeta considera que O Cordeiro e os Pecados Dividindo o Pão não sofreu influência direta de nenhum nome específico, mas esses interesses, desconexos entre si, acabaram fazendo parte do processo de escrita da obra de alguma forma.

 

Sobre projetos futuros, Milena diz que seu primeiro romance está previsto para 2024.

 

Confira o poema “evangelho segundo o pecador”:

 

me quero aberta em cálice e vinho e pão

fenda rasgada de ritos

 

hábito deitado à fogueira

onde abrasam as peles recém-expostas

 

a carne viva pulsa porque viva

porque crua porque fera e primeira mulher

serpente e desfrute

 

me quero imersa corpo inteiro no indevido

lambendo o caminho desviado

com a mesma língua

dos cânticos

 

o sacro e o santo

molhados da espera

com a sede dos abstêmios

e dos crédulos em desgraça

 

e eu graal sacrílego

estou nua e disso não me envergonho

 

Adquira O Cordeiro e os Pecados Dividindo o Pão via site da editora Aboio:

https://aboio.com.br/produto/o-cordeiro-milena-martins-moura/





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 Um autor, cinco quadrinistas: HQ une diferentes traços e narrativas para pensar sobre arte e sociedade

Após 40 anos, o desenhista e roteirista Hermes Ursini retoma o contato com o universo dos quadrinhos por meio de "Bando", um livro experimental sobre o trabalho dos artistas

O desenhista, roteirista e designer gráfico Hermes Ursini explora os limites entre ficção e realidade em Bando, livro que marca o retorno do ilustrador ao mundo das histórias em quadrinhos. Nesta HQ, ele utiliza diferentes traços, técnicas e gêneros literários para refletir sobre as implicações do fazer artístico em uma sociedade capitalista, o papel destes profissionais na contemporaneidade e a importância de pensar sobre arte em um mundo cada vez mais automatizado.

Para isso, ele conta a trajetória do roteirista Onetti, que, ao retornar para o Brasil, descobre uma gaveta repleta de obras de autores anônimos. Quando percebe a importância destes trabalhos, envolve-se em uma fabulação pessoal em que situações e figuras históricas da HQ europeia, como Dionnet e Gir, o inspiram a procurar o Oriente em São Paulo, mais especificamente o bairro da Liberdade. Na região, encontra-se com o editor Shiro Tahashi. Juntos, os dois descobrem que precisam criar um mundo de ficção para desenvolver um único projeto editorial.

Assim, os leitores são apresentados a enredos e biografias dos artistas: Felipe Layer, Darta, Bob Bear e Sherman. Todos eles são personas distintas dentro de Onetti, um personagem fictício inspirado no próprio Hermes Ursini. Com esta liberdade para criar narrativas e usar recursos variados, o autor envereda não apenas pelas complexidades do processo artístico, mas por temas que se conectam à realidade de todos quando desenha, por exemplo, personagens de diferentes classes sociais em relações conflituosas com o trabalho.

Só muito tempo depois chega a hora dos trabalhadores intelectuais. Esses desabam lentamente. Uma barriga aqui, um diabetes ali, uma gastrite, uma úlcera, e assim vão saindo de cena devagar. E o que farão com o enorme hiato de tempo entre seu fim tardio e o precoce acaso dos burros de carga? Vão escrever e desenhar, atormentados por terem sido premiados pelos deuses com doses extras disso que chamamos de existência. Estarão solitários, ocupados em dedilhar teclados e rememorar trechos de suas horas. (Bando, pg. 116 a 118)

Entre as páginas, o escritor narra histórias diversas: há o homem que enfrenta o luto de perder um amigo próximo; o jovem que sonha em ser artista na tentativa de criar um outro mundo; o trabalhador intelectual submisso ao sistema capitalista que descobre ser parte do proletariado; o pintor que se revolta contra o mercado de galerias, dentre outras. A partir deste entrelaçado de vozes, personagens e estilos, Hermes Ursini mostra como, às vezes, a arte é o único meio que as pessoas têm para sobreviver. Bando foi realizado com apoio do ProAC, do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas.

FICHA TÉCNICA
Título: Bando
Autor: Hermes Ursini
Editora: Troia
ISBN: 9786588436325
Páginas: 128 páginas
Preço: R$ 74 (físico) | R$ 22,40 (e-book)
Onde comprar: Amazon

Sobre o autor: Hermes Ursini é desenhista, roteirista, pintor, diretor de arte e designer gráfico com décadas de experiência no mercado da propaganda, em São Paulo. Ele começou a desenhar quando era criança, no asfalto da cidade de Jaú. Aos 14 anos, depois de se mudar para Sorocaba, passou a trabalhar em jornal e rádio. Já na capital paulista, enveredou pela ilustração para revistas e jornais, firmando-se como um artista voltado para a comunicação. Bando marca seu retorno ao universo das HQs desde os anos 1980.

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Celebremos os livros e os autores brasileiros

*Por Aliel Paione

A literatura, sem dúvida, é uma das mais significativas manifestações culturais de um povo. Um grande escritor, com sua sensibilidade e talento, consegue captar as nuances mais sutis de uma sociedade e contextualizá-la num tempo e local, exercendo uma crítica perspicaz sobre o ambiente em que vive. Neste domingo (29), ao festejarmos o Dia Nacional do Livro, celebremos, também, seus criadores.

Alguém descreveria com mais sensibilidade a tragédia do homem nordestino que Graciliano Ramos, em seu belíssimo romance, Vidas Secas? Em que expõe a saga de pessoas vivendo e procurando sobreviver naquele ambiente inóspito, seco e paupérrimo? Ou melhor descreveria o ambiente terrível nas prisões durante o Estado Novo, como ele o fez em outro memorável romance, Memórias do Cárcere?

Embora circunstancialmente o destaque seja Graciliano Ramos, os romancistas nordestinos do período regionalista também penetraram fundo nas agruras da região, como José Lins do Rego.

Indagação similar é relativa a Jorge Amado, ao narrar a sociedade cacaueira do recôncavo baiano. Em seus romances, pulsam a sensualidade impregnada na culinária e no gingado de mulatas exuberantes.  Em suas páginas abundam os conflitos e a violência entre os coronéis nas lutas pela posse da terra. Jorge Amado mergulhou na cultura baiana e nos deixou um legado riquíssimo.

Mais ao sul, repetimos o questionamento: alguém se aprofundou com mais perspicácia e talento na sociedade carioca e no ambiente urbano do Rio de Janeiro que Machado de Assis? Seus romances realistas, repletos de sutilezas psicológicas, transcorrem pela rua do Ouvidor, pelo passeio público, Lapa, praia do Flamengo... pelo centro do velho Rio da segunda metade do século XIX. Que leitor mediano desconhece Dom Casmurro ou Memórias Póstumas de Brás Cubas?

Fiquemos nesses exemplos da capacidade narrativa e da riqueza da literatura brasileira em influenciar e tornar conhecida épocas vividas. Porém, alhures, o que dizer sobre Balzac e a sociedade parisiense do século XVIII? Sobre Eça de Queiróz e seu provinciano Portugal? De Proust, De Cervantes e de seu imortal Dom Quixote? De Tolstói e de sua monumental Guerra e Paz? E de tantos outros escritores célebres? Deve-se ressaltar que grandes obras literárias foram adaptadas às artes cênicas, e a elas devemos filmes e peças memoráveis. Cabe, portanto, à literatura esse outro riquíssimo legado.

E o que dizer de outros gêneros literários, como a poesia? Pois ela tem, no Brasil, figuras expressivas: João Cabral de Melo Neto, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Vinícius de Morais... poetas imortais de versos instigantes. Como os romances filmados, muitos poemas foram belamente musicados.

Enfim, a literatura é semelhante aos velhos faróis dos navegantes, que lançam suas luzes em todas as direções e iluminam as noites escuras de uma época, imortalizando-as no tempo.

--

*Aliel Paione é escritor, autor do livro Sol e Solidão em Copacabana, que faz parte da Trilogia do Sol.

 

Vidas complexas, conflituosas e múltiplas: pessoas comuns protagonizam livro de contos.

Doutor em Literatura e Estudos Culturais, Gustavo Tadeu Alkmim estreia com histórias que evocam reflexões sobre as relações interpessoais e o mundo pós-moderno

Os 23 contos de O futuro te espera, escritos por Gustavo Tadeu Alkmim, recorrem a diferentes vozes para evidenciar as complexidades das relações humanas e as múltiplas maneiras de existir no mundo em contraposição a uma sociedade efêmera. Doutor em Literatura e Estudos Culturais, o autor narra momentos cotidianos para tratar sobre as realidades política, social, econômica e psicológica.

Em uma das histórias, um homem encara o próprio corpo morto no caixão, enquanto faz uma retrospectiva de sua trajetória, repleta de conflitos no trabalho e nos relacionamentos. Em outro enredo, uma família, acostumada a nunca chorar e a guardar dentro de si todas as angústias, precisa se separar para buscar uma melhor qualidade de vida.

Ao explorar o extraordinário nas experiências do dia a dia, o escritor apresenta situações que retratam as inquietações humanas sobre a morte, os problemas emocionais da sociedade atual e os medos inerentes da existência. Para isso, ele utiliza personagens profundos e múltiplos: há uma mulher “de bem” com aversão a pessoas em situação de rua; um adulto, prestes a enterrar o pai, que não se recorda da infância; e um trabalhador que encontra conforto em uma mulher misteriosa.

Diz-se, da vida, que vivemos a traçar planos. Sobre o amanhã, o fim do mês, o ano que vem. Sobre o hoje à noite. A previsibilidade do futuro. Até que, sem licença, o imponderável acontece. E os planos viram incertezas; o previsível torna-se frustração. Assim foi com Roberto. Sol a pino, caminhada matinal, passadas espartanas, pensamentos nos compromissos — os planos — do dia. Coração acelerado, pontada no peito, queda brusca. Estendido na pista. Socorro imediato. (O futuro te espera, pg. 46)

Dividido em duas partes, “O Sentido Trágico da Existência” e “E La Nave Va”, O futuro te espera propõe uma linguagem simples e coloquial para promover nos leitores um maior senso de familiaridade com os textos ficcionais. O autor comenta: “Meu livro tenta manter a ideia de uma literatura que pretende convidar o leitor a pensar sobre o mundo que o cerca, sem incorrer em textos de narrativas longas e cansativas, sem cair em uma linguagem panfletária”.

Ficha técnica
Título: O futuro te espera
Autor: Gustavo Tadeu Alkmim
Editora: 7 Letras
ISBN: 978-65-5905-210-3
Páginas: 184
Preço: R$ 59
Onde encontrar: Amazon | 7 Letras

Sobre o autor: Gustavo Tadeu Alkmim é desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, no Rio de Janeiro, e membro da Associação dos Juízes pela Democracia (AJD). Mestre e doutor em Literatura e Estudos Culturais pelo Departamento de Letras da PUC-Rio, faz a estreia na literatura com o livro “O futuro te espera”. No meio literário, também aluno da Oficina Literária Ivan Proença, a mais antiga do país.

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Vida Becker: de menina insegura à maior guerreira da História

A protagonista da saga de Maurício Gomyde vai aprender com grandes personalidades históricas e combater as mentes mais cruéis da humanidade

E se você fosse escolhido para liderar os grandes gênios da humanidade na maior guerra da história do universo? Vida Becker jamais poderia imaginar que caberia a ela essa missão. Em Vida Becker e a máquina de contar histórias, primeiro livro da trilogia de Maurício Gomyde, o leitor acompanhará a passagem da jovem paulistana para o Paramundo, o destino dos mais de 100 bilhões de humanos que já morreram na Terra.

Essa população está dividida entre os Amáveis, que re-vivem no Território Fraterno, e os Temíveis, relegados a re-viverem para sempre nos confins do Território Ermo. A personagem chega ao Paramundo por meio de um portal em forma de livro e se depara com uma guerra iminente, após milhares de ciclos em que a paz reinou. Na dicotomia representada pelo bem e o mal, a jovem irá aprender, crescer e aos poucos ganhará o respeito dos Amáveis para se tornar a grande líder.

— Mas ninguém pode ter sido só bom ou só mau.
— Você está coberta de razão,Vida. Todo amável teve,
na Terra, um quê de temível. Assim como todo temível, claro, teve lampejos amáveis.
Porém, o Paramundo é maniqueísta. Ao chegarem aqui, os seres humanos amáveis tornam-se
integralmente sua melhor versão amável e os seres humanos temíveis tornam-se a sua mais cruel versão temível.
E assim ficarão para sempre.
(Vida Becker e a máquina de contar histórias, pg. 78)

Nesta jornada épica, a protagonista vai interagir com grandes personalidades da história. Enquanto luta contra os exércitos de Napoleão Bonaparte, Mussolini e Gengis Khan, Vida tem ao lado figuras como Joana d’Arc, Dandara dos Palmares e Marielle Franco. Mulheres fortes que reforçam o componente feminista da obra, inspirada essencialmente na filha de 14 anos do autor, também músico e roteirista de cinema.

“De tanto escutar as dúvidas e angústias da minha filha sobre o mundo, o futuro, pertencimento e identidade, decidi criar a jornada desta personagem”, comenta o também autor de Surpreendente!”, finalista ao Jabuti, que aposta também na importância da cultura e do conhecimento “para que Vida aprenda e resolva seus maiores problemas com sabedoria.”

Dono de uma escrita que se distingue pela sensibilidade, neste coming of age Maurício Gomyde agora leva a mensagem aos jovens que passam pelas dúvidas próprias da idade. Trata de medo, aceitação e futuro. “Esta é uma aventura que celebra o lado bom do ser humano como um "superpoder", e não como uma fraqueza a ser remediada e endurecida”, comenta em prefácio o também finalista ao Jabuti, Felipe Castilho, autor de Serpentário.

FICHA TÉCNICA
Título: 
Vida Becker e a máquina de contar histórias
Autora: Maurício Gomyde
Editora: Qualis
ISBN: 978-85-7027-095-5
Dimensões: 23 x 16cm
Páginas: 348
Preço: R$ 50,00 (físico), R$ 16,90 (e-book)
Onde comprar: Qualis EditoraAmazon

Sobre o autor: Maurício Gomyde é músico, roteirista de cinema e autor de oito livros publicados em seis países. Foi finalista do prêmio Jabuti 2016 com o livro Surpreendente!, título publicado também em Portugal, Espanha, Itália e Lituânia. Vida Becker e a máquina de contar histórias é o quarto lançamento pela Qualis Editora.

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O retrato de um Brasil antagônico.

Romancista Aroldo Veiga aborda em novo livro os dramas e contradições de dois homens que disputam o amor de uma mulher

Antagônicos, novo romance do escritor Aroldo Veiga, é o retrato de um Brasil desigual. Em nossa pirâmide social, os dois protagonistas provieram de camadas bem distintas. Cristiano é filho de um rico empresário da construção civil. Cainã foi abandonado pela mãe e vive com o pai alcoólatra em um cortiço.

Não fosse por Mariana, a bela e cativante sobrinha do bispo, seus caminhos jamais teriam se cruzado. O interesse pela moça desencadeou uma disputa ferrenha entre os dois rapazes, repleta de perfídias e reviravoltas. Já no prólogo, o leitor é apresentado a Cristiano e à sua vida de luxo em São Paulo. Após um evento trágico, o rapazinho se vê obrigado a mudar-se para casa de uma tia no Nordeste.  

A história então retrocede três anos e passa a narrar o cotidiano de Cainã, que após romper relações com o pai, é acolhido por uma senhora e também se vê à beira de um precipício de mudanças, com novo colégio e amigos. O enredo ganha novos contornos quando Mariana surge entre eles, dando início a uma trama que começa na década de 1980 e se prolonga até início dos anos 2000.

Do fundo da sala, Cainã contemplou a chegada de Mariana,
os olhos estreitados como os de um felino.
Cristiano percebeu o seu interesse na moça e sentiu uma pontada de ciúme.
Intuía que agora teria um concorrente à altura.

(Antagônicos, p. 31)

Na eloquente narrativa do escritor sergipano, o leitor irá se deparar com diálogos bem elaborados e uma rica sintaxe. A sonoridade textual é outra característica marcante na obra, temperada com técnicas de paralelismos, digressões, antecipações e metáforas.  

“Os trechos mais intimistas, além de uma simples interpretação dos personagens, permitem ao leitor um mergulho profundo na essência mais íntima do ser humano”, comenta Aroldo Veiga que, sem abdicar do compromisso com a estética e a verossimilhança, aborda temas relevantes em uma história que emociona e facilmente conduz o leitor até as últimas páginas.

Publicado no Brasil pela editora Ases da Literatura, Antagônicos também chega aos leitores de Portugal, Japão, Estados Unidos, Canadá, Polônia, Suécia, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Espanha e Austrália.

FICHA TÉCNICA
Título: 
Antagônicos
Autor: Aroldo Veiga
Editora: Ases da Literatura
ISBN: 978-65-5428-165-2
Dimensões:14 x 1,5 x 21 cm
Páginas: 264
Preço: R$ 64,90
Onde comprar: Amazon

Sobre o autor: Aroldo Veiga nasceu em 1973 em Aracaju, capital do menor estado brasileiro. É graduado na área de licenciatura e possui especialização em Língua, Linguagem e Literatura. Ainda criança, teve os primeiros contatos com os livros, e apesar da paixão pelas letras, só publicou o seu primeiro romance em 2021. É casado e tem uma filha. Antagônicos é a sua segunda produção literária.

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"As letras de Alice": aventura inclusiva pelo abecedário

Escrito em letra ampliada, braile e Libras, lançamento infantil dialoga com crianças sobre pluralidade social e união familiar

“A” de Alice, de afeto e também de alfabetização. Em uma brincadeira com as letras unida ao universo lúdico, o escritor Elias Sperandio espera deixar o processo de aprendizagem mais divertido e acessível, para crianças com e sem deficiência visual ou auditiva. Inclusivo, o lançamento infantil As letras de Alice imprime o abecedário em três formatos: com fonte ampliada, em braile e Libras (Língua Brasileira de Sinais) – um QR Code direciona para a história contada em sinais.

No enredo, a jovem Alice e o irmão Kauê se divertem na casa da avó Dora, juntos de tios em um café da tarde com toda a família. Em meio às aventuras de pirata e sapateado no chão da sala, a protagonista leva mensagens sobre representatividade e valorização da cultura negra, ao apresentar nomes importantes da história brasileira, como a poetisa Carolina Maria de Jesus e o jornalista abolicionista Luiz Gama.

Ela escreve na
Folha colorida
Grandes
Histórias de heróis

(As letras de Alice, p. 7)

Especialista em produção, adaptação e transcrição de livros em braile, Elias Sperandio traz uma alternativa aos materiais paradidáticos, ao proporcionar uma experiência literária com histórias, personagens e ritmo na narração. “Os leitores em fase de alfabetização precisam do lado imaginativo nesse processo de aprendizagem. Por isso, crianças com deficiências visuais ou auditivas precisam desfrutar de uma literatura inclusiva, pensada e feita para que suas limitações não as impeçam de adquirir a linguagem”, explica.

Publicado com recursos do Programa de Ação Cultural (ProAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, o livro terá 700 exemplares distribuídos gratuitamente em escolas públicas. Para receber a obra nas instituições de ensino, educadores devem preencher um cadastro em formulário on-line.

FICHA TÉCNICA

Título: As letras de Alice
Autor: Elias Sperandio
Editora: Blitt
ISBN: 978-65-980012-0-9
Páginas: 20
Formato: 20 cm x 25 cm
Preço: R$ 38,00
Onde comprar: Editora Blitt

Sobre o autor: Elias Sperandio é pós-graduado em Formação de Escritores pela ESDC, bacharel em Letras e técnico em Artes Gráficas. Fundador da Studio Braille, é especialista em produção, adaptação e transcrição de materiais, livros didáticos e literários em braile e em fonte ampliada. Participou de inúmeros projetos de publicação na Fundação Dorina Nowill para Cegos, inclusive do programa “Leia para uma criança”, promovido pelo Itaú Social.

Sobre a ilustradora: Jéssica Góes é carioca e desde criança já rabiscava tudo: paredes, guardanapos e livros de matemática. Bacharel e Licenciada em Artes Visuais pela UERJ, utiliza a aquarela como principal técnica para suas ilustrações. Mulher negra, gosta de ilustrar a pluralidade; suas personagens costumam ser mulheres, pretas e indígenas.

Conheça a Editora Blitt: Instagram | Site oficial




Obra une técnicas e conselhos indispensáveis para escritores

  • Especialista Lilian Cardoso reúne perspectivas sobre o mercado literário brasileiro, dicas de marketing e workbook para autores

    “Por que alguém iria querer ler este livro?” Essa pergunta provavelmente passa pela cabeça de todo escritor ou aspirante. Todo livro nasce de uma ideia e percorre muitas etapas até chegar às mãos do leitor, mas poucos sabem sobre esse processo. Em livro secreto do escritor, a autora, jornalista e especialista em marketing literário Lilian Cardoso oferece aos profissionais da área importantes ferramentas para vencer desafios com estratégia e conquistar espaço concreto em um mercado cada vez mais competitivo.

    A publicação do próprio livro, pela Citadel Grupo Editorial, é o desejo de muitos autores, que por vezes não sabem por onde começar e, sem auxílio técnico ideal, caem em empreitadas que podem atrasar e complicar os caminhos para a conclusão de um projeto literário. Capas mal executadas, falhas na revisão, atrasos de prazos, infelizmente, são problemas comuns para quem inicia a carreira independente. Em cada capítulo, Lilian apresenta técnicas, exercícios e métodos capazes de orientar os autores em todas as etapas.

    Antes de começar a desvendar os segredos de uma obra best-seller, o leitor-escritor descobrirá um pouco da história da autora, que trabalha há quinze anos no mercado literário. Ao conhecer a trajetória da fundadora da agência que mais divulga livros no Brasil, a LC - Agência de Comunicação, o escritor-leitor compreenderá aspectos essenciais para a própria carreira, como iniciar o marketing antes mesmo da publicação do livro.

    De dicas práticas e explicações sobre as etapas da produção aos alertas sobre plágio, direitos autorais e presença virtual – em plataformas como Amazon KDP –, a obra entrega ao escritor um arcabouço sintonizado com as mudanças no mundo editorial e nas tecnologias. 

    Todos nós temos algo para contar a partir das nossas experiências que pode tocar e inspirar outras pessoas.
    Não importa o tamanho ou a natureza da sua mensagem, ela merece ser ouvida.
    As palavras têm o poder de criar conexões, despertar emoções e fazer a diferença na vida de alguém. 

    (livro secreto do escritor, p. 69)

    Workbook, uma experiência

    O nome do livro não é uma referência a um suposto conteúdo secreto nele contido, mas à parte destinada aos comentários do autor, como um diário. A cada capítulo, ele é convidado fazer anotações sobre objetivos, prazos e insights, a começar pelo cronograma inicial do projeto, bem como expectativas e inspirações, além de exercícios práticos sobre os assuntos abordados.

    Com interessantes insights sobre o mercado literário, o comportamento dos leitores e sobre o próprio ofício da escrita, livro secreto do escritor prepara o autor para novos voos. Não importa o gênero literário escolhido, nem se é iniciante ou experiente, seguro de si, sonhador ou tímido: as lições evidenciadas por Lilian Cardoso permitirão ao autor testemunhar por si mesmo o poder das próprias palavras.

    FICHA TÉCNICA
    Título: livro secreto do escritor: da página em branco ao best-seller
    Autor: Lilian Cardoso
    Editora: Citadel Grupo Editorial
    ISBN: 978-65-5047-253-5
    Formato: 15,2 x 22,9 cm
    Páginas: 304
    Preço: R$ 59,90 (físico); R$ 34,90 (e-book)

    Onde encontrar: Amazon 


Um livro sem estigmas para conversar com jovens sobre saúde mental

Com perspectiva psicanalítica e narrativa leve, autora discute depressão, ansiedade, assédio sexual e suporte familiar por meio das experiências compartilhadas entre duas amigas de infância

Juliana Dutra, escritora, jornalista, atriz e estudante de psicanálise, aborda, no livro de ficção Amiga Conselheira, a relação entre duas amigas de infância que aparentemente compartilham todas as experiências juntas. Mas, quando Giulia tenta suicídio, Maria Vitória vai ao hospital visitá-la e busca entender os pensamentos da menina, que sempre estava disposta a ajudar, mas nunca havia falado sobre os próprios sentimentos.

A partir disso, o enredo se desenvolve entre passado e presente, com um olhar reflexivo para investigar as dinâmicas das relações das protagonistas. A escritora utiliza esta perspectiva analítica para tratar sobre as histórias pessoais das personagens, bem como os traumas, as experiências de vida e os problemas delas.

Com um ritmo lento, tato para dialogar sobre temas delicados e leveza na narrativa, o livro destrincha situações dolorosas às quais Giulia foi submetida. Bullying, abuso sexual, difícil convivência com uma família disfuncional composta por um pai alcoólatra e uma mãe conservadora, além da aceitação da própria sexualidade, são algumas das questões abordadas.

Giu nunca me contou sobre nenhum desses comentários, mas eles eram apenas uma fração da violência que ela sofria desde que colocou os pés em um ambiente escolar. Eu era boba, e achava que ela era muito forte por aguentar todos de cabeça erguida, só que, talvez, ela fosse mais machucada por eles do que eu imaginava. (Amiga Conselheira, pg. 68)

Juliana Dutra transita por todas as suas expertises profissionais para conversar com o público jovem-adulto de forma fluída e dinâmica. Os personagens foram inspirados na dramaticidade teatral, as reflexões são embasadas na psicanálise, e o texto conciso é reflexo da escrita jornalística. “Escrevi o livro que eu gostaria de ter lido aos 17 anos, para acolher pessoas que se sentem sozinhas no mundo”, afirma a escritora.

Ficha técnica
Livro: Amiga Conselheira
Autor: Juliana Dutra
ISBN:‎ 978-65-00-61274-5
Páginas: 172
Preço: R$ 50,00
Onde encontrar: Amazon



 

A Container promove sessão de autógrafos e bate-papo com autora de livro sobre refugiada da Palestina neste domingo (15)

Espaço multicultural na Ilha da Gigóia tem também novas exposições de artes e diversos livros e pratos para experimentar

A Container, espaço multicultural na Ilha da Gigóia, Barra da Tijuca, no Rio, recebe neste domingo (15), a partir das 15h, a antropóloga, escritora, roteirista e jornalista Beatriz Brandão para uma sessão de autógrafos e bate-papo sobre o romance “Por muitos Céus”, da editora IBI Literário. Em meio ao atual momento em que mais uma vez se destacam os bombardeios entre Israel e Palestina, o livro traz a história de uma mulher palestina refugiada no Brasil.


A entrada é gratuita e o local, comandando pelos sócios artistas Maureen Miranda, Neco Yaros e Carol Machado, além de livraria é também galeria de arte, café, vitrine com itens de moda personalizados, ambiente para eventos e shows, oficinas e esoterismo. Durante o evento, a Container terá entre suas iguarias o famoso prato caiçara paranaense Barreado preparado por Neco, além de vinhos, cafés especiais e a Torta de Maçã da Carol. 

 

Quadros com seres estelares azuis

Além das exposições permanentes de Maureen Miranda “Entre Pernas, Tudo Igual, Tudo diferente” e os diversos itens do Espaço Alice, inspirados no universo de “Alice no País das Maravilhas” o visitante terá mais novidades para contemplar. A artista plástica estreou na semana passada uma minicoleção de quadros denominada “Anjos Azuis” feita de tinta acrílica sobre tela, resina e um item especial: “Eu uso também penas de animais que eu encontro pelas ilhas – Ilha da Gigóia e Ilha Primeira. São seres estelares”, conta ela.

Muitas ilustrações nas tradições antigas tiveram o objetivo de confirmar a memória, herança cultural, espiritual e mesmo hereditária dos místicos Seres Azuis de Sirius e outras estrelas, referidos no passado, assim como o filme "Avatar" inspirado nesses povos azuis. Alguns estudiosos de Ufologia atrelada à Ciência e à espiritualidade nomearam estes seres ainda como Blue Avian ou Aves Azuis.


Mais sobre “Por muitos Céus”


Pela passagem de quantos céus se faz a travessia de uma mulher? A palestina Olívia Nassar se descobre mãe na travessia de uma terra ventre para o desafio em outro país. Fruto do híbrido, se vê obrigada a encarar esse duplo após o enlutamento de seus pais. Parte de seu país e se descobre mulher refugiada palestina no Brasil. “Por muitos céus” conta a história de um Brasil que é múltiplo, com vocação de migrações e deslocamentos que compõem a sua identidade.


livro é o encontro de Olívia como cidadã em outro país, como mulher e como mãe, contada por sete primaveras. Sete anos, sete objetos, sete sonhos e sete cartas. Brasil e Olívia resguardam aproximações: mulher e país de ventres abertos, em poros, que recebem sementes para serem formados em trajetórias híbridas. A história da semente de Olívia se confunde com as histórias das sementes que vêm florescer nesse Brasil.


Sobre a Container

Espaço multicultural recém-inaugurado na Ilha da Gigóia, no Jardim Oceânico da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O local é fruto de uma sociedade entre os três artistas Maureen Miranda, Neco Yaros e Carol Machado. Lá, há encontros culturais, exposições artísticas, além de livraria, café, entre outras propostas.

Instagram: https://www.instagram.com/acontainerr/ 


Sobre Maureen Miranda

Maureen Miranda é atriz, artista plástica, escritora e ilustradora. Participou por 18 anos da Sutil Cia de Teatro (com direção de Felipe Hirsch) e trabalhou com grandes nomes como Marcio Abreu, Diego Fortes, Jorge Farjalla, Paulo de Moraes, Cacá Rosset e Maurício Vogue. Ao todo, são 32 peças de teatro, quatro novelas da Rede Globo e cinco longas metragens.


Destaca-se o trabalho em “Hebe, o filme”, e em “Jesus Kid”, com o qual ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival da Paraíba e foi indicada no Festival de Gramado. A atriz também está no elenco do longa “Uma Família Feliz”, um dos seis filmes selecionados para a mostra competitiva do 51º Festival de Cinema de Gramado e o filme com previsão de lançamento para este ano “Nem toda história de amor acaba em morte”, dirigido por Bruno Costa. 

Fotos: Divulgação.


Livro, um sobrevivente

*Aroldo Veiga

Doze de outubro é celebrado o Dia Nacional da Leitura, instituído por lei em 2009. Mas você sabe o que mudou no mercado editorial e o que temos a comemorar? Você conhece a opinião de especialistas acerca do futuro deste hábito milenar? Sabe quais mudanças já estão em curso?

O fato é que o universo dos livros é permeado de mitos e verdades. Naturalmente você já ouviu falar nos benefícios da leitura, que desenvolve o senso crítico, a cognição, o vocabulário... Tudo isso é verdade, a ciência atesta. Contudo, será que também é verdade que o brasileiro lê pouco, que hoje em dia ninguém mais se interessa por livros?

Desde que o homem inventou a escrita, há cerca de 4 mil anos, as plataformas de leitura têm se aprimorado de acordo com cada época. Primeiro vieram os papiros, depois os pergaminhos, o papel, a imprensa... Recentemente a literatura entrou na era digital. O hábito então começou a migrar do papel para as telas, e o motivo é simples: o e-book é ecológico, mais leve, mais barato... Durante a pandemia, as vendas neste segmento cresceram 50%.   

Além disso, o livro digital é mais fácil de comprar e o acesso é imediato. O usuário ainda pode armazenar centenas de obras em um único dispositivo, ajustar o tamanho e o tipo da fonte, o nível de brilho e até cor da tela. 

Diante de tantas vantagens, eis a pergunta que não quer calar: será que tudo isso significa o fim do livro impresso? Provavelmente não! O livro já sobreviveu a guerras, ditadores e fogueiras santas. Certamente se adaptará às novas tendências de mercado e continuará vivo.     

Até porque tem o aval da ciência. Quando se trata de educação infantil, pesquisas afirmam que estudar no papel aumenta a concentração do aluno. Na Suécia, por exemplo – onde o sistema educacional é um dos melhores do mundo –, o livro digital já vinha sendo adotado há quinze anos, em paralelo com o livro impresso. Recentemente, amparado por estudos científicos, o país decidiu voltar a usar apenas livros de papel.     

O Brasil, apesar de tantos números negativos, tem muito a comemorar no que diz respeito ao consumo de livros. O país figura entre os dez maiores mercados do planeta e, apesar de tímido, o aumento nas vendas tem se mantido em constante ascensão.

O fato é que é possível conviver com as duas tecnologias, aproveitar o que há de melhor em cada uma. O mais importante é não deixar a chama da leitura se apagar. Que tal então celebrarmos o Dia Nacional da Leitura com um bom livro brasileiro?     

 

*Aroldo Veiga é especialista em Língua, Linguagem e Literatura e autor dos romances Antagônicos (2023)e Trono de Cangalha (2021).


Conversas de bar: autor atravessa contradições sociais a partir de cenário tipicamente brasileiro em livro

No livro "Entre Muitas Vozes", Marco Antonio Martire retrata o crescimento do fascismo, critica os costumes da sociedade e evidencia as dores de uma jovem para romper padrões e viver de arte

Domênica, uma jovem aspirante a cantora de samba, e Vianna, um jornalista fascista com dependência em álcool, se encontram regularmente na mesa de uma choperia. Eles não são amantes, tampouco podem ser considerados amigos próximos, mas as conversas e as reflexões destes personagens com características antagônicas constituem o livro Entre Muitas Vozes, do escritor Marco Antonio Martire.

Na obra, os dois protagonistas narram suas respectivas trajetórias. Domênica sonha em se tornar artista, mas está em um conflito interno para atender às expectativas da família e seguir a carreira de jornalista. Na tentativa de se opor aos desejos dos pais, descobre traições que abalam a ideia do matrimônio perfeito.

A mãe já não era mais a dona de suas confissões, os pequenos erros, as tolas fraquezas dos seus afetos foram identificadas, qual era o problema com a música? Domênica se afastou e mergulhava em um redemoinho de opiniões novas, sugeridas pelo novo mundo uma atrás da outra, contraditórias e cansativas. Começou a cansar, e o cansaço também pôs na conta da mãe. (Entre Muitas Vozes, pg. 19)

Por outro lado, Vianna sente-se solitário depois que o alcoolismo destruiu suas relações. Com perda parcial da voz devido ao uso contínuo de cigarros, ele encontra na jovem uma possibilidade de ser escutado e de compartilhar suas visões acerca do mundo.

Marco Antonio Martire concentra o enredo, principalmente, em um bar na capital do Rio de Janeiro com o objetivo de mostrar as várias realidades que se conectam no cotidiano. Ele comenta: “o livro foi pensado a partir do burburinho de um bar. São muitas vozes falando ao mesmo tempo. Tem o garçom, o bêbado, o estudante, a professora... A obra trata sobre uma voz que quer se sobressair em um universo de vozes que tentam falar coisas diferentes ao mesmo tempo”.

Com uma narrativa que equilibra diálogos e pensamentos internos dos protagonistas, o autor atravessa contradições da sociedade brasileira. Além de refletir o crescimento do fascismo no contexto macropolítico brasileiro, também explicita as hipocrisias presentes nas relações interpessoais.

Ficha Técnica
Título: Entre Muitas Vozes
Autor: Marco Antonio Martire
ASIN: B0CDNPCC6P
Páginas: 242
Preço: R$ 15,90 (e-book)
Onde comprar: Amazon

Sobre o autor: O carioca Marco Antonio Martire é servidor público, formado em Comunicação Social, com habilitação em Publicidade e Propaganda, e pós-graduado em Língua Portuguesa. É autor de "Capoeira Angola mandou chamar”, que recebeu o prêmio Lucilo Varejão na categoria “Melhor Livro Inédito de Ficção”. Também possui textos em coletâneas e antologias, como “O Gato na Árvore”, “Poemas Cariocas”, “Clube da Leitura – Vol. III” e “Escritor Profissional – Vol. 1”. Suas publicações mais recentes são os romances “Decidida” e “Entre Muitas Vozes”.

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