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sábado, 24 de janeiro de 2015

Na escrita com Mariângela Salomão \ AMOR DESMEDIDO

image.jpegAMOR DESMEDIDO

Quem nunca procurou ou sonhou com um amor, que atire a primeira pedra... Sentimento universal, independente de sexo, credo ou condição social. A necessidade nasce da condição que gente é feito de gente... Acoplado ao útero a marca se estabelece. No entanto mesmo sendo esse desejo universal, cada um procura vivê-lo e te-lo a seu jeito... Forte, fraco, sutil ou escancarado... Nem todas as formas são válidas se observarmos que o resultado nem sempre é atingido. O amor desmedido é aquele que tem a capa do egoísmo, e revestido dele não mede esforços para a conquista... Não se ama ninguém a não ser a si mesmo, e a incapacidade do não se torna a mola mestra! Não se aceita a recusa, a liberdade do outro, e a consequência é o aprisionamento daquela pessoa que supostamente é querida. Quem ama desmedidamente quer ver seu desejo realizado e sua vontade prevalece, passando por cima de princípios, regras, ética e bom senso. Não mede esforços para obter o que se quer, e não se aquieta até conseguir. Com a exceção da outra parte ser mais forte, o aprisionamento acontece, e somente um será feliz... A prisão emocional se estabelece e feito estória infantil a alimentação comedida feito esmola manterá o pseudo amor... desmedido, incoerente, solitário mas satisfatório para aquele que fez do egoísmo sua lei... e " venceu "...







mariangelasalomao@hotmail.com










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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Na escrita com Mariângela Salomão \ Envelhecer... Um processo solitário

 Na Escrita 
image.jpeg Envelhecer... Um processo solitário 

Pouco e ralos cabelos era o que via ao olhar seu corpo no espelho... Rugas marcavam seu rosto... A flacidez já fazia parte de seu cotidiano, e os alimentos eram escolhidos não pelo preço, mas pela sua possibilidade dentária. Tinha boas lembranças que ficavam no arquivo da memória afetiva guardada a 7 chaves e eventualmente elas reapareciam sob forma de sonho... Não conseguia mais sonhar acordado (a)... As conquistas que obteve ao longo da vida eram seus troféus particulares que guardavam na estante da vida, e empoeirados ficavam por longos períodos por falta de alguém os observar. Feito pássaro frágil as vezes os limpava e com orgulho particular, lembrava de cada dificuldade para consegui-los... Mantinha secretamente o orgulho de si próprio (a)... Não com vaidade, mas orgulho dos que sabem daonde saíram e aonde chegaram... Chegou ! E com a chegada a velhice dos que vivem pelo tempo natural no ciclo da vida... Olhava para seu patrimônio conquistado físico e moral com a vista fraca, cansada de quem muito viu e viveu... Seu olhar interno também estava enfraquecido pois aos responsáveis enquanto houver vida haverá responsabilidade... Tinha ainda as suas de acordo com suas possibilidades, mas as cumpria mesmo com o corpo cansado... Constatava permanentemente que sua boa vontade era a única que não envelhecia... Justificou sua existência e as vezes pensava como seria a vida dos que amava sem sua presença... Queria a todo custo evitar essa dor aos entes queridos, mas seu consolo vinha ao perceber que a maior e mais importante fez: cumpriu as tarefas que lhe foram atribuídas pela vida, e dessa forma deixou todos preparados para o desafio de viver com todas as alegrias, afetos e desafetos que a vida impõe... Queria deixar o legado da alegria mesmo na dificuldade, e por isso de forma silenciosa seguia seu processo de envelhecimento...

mariangelasalomao@hotmail.com