quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Trampolim para outros mercados

SAÍDA AO LESTE.





Imagem: Joka Madruga
Empresas brasileiras migram para o Paraguai em busca de competitividade e
marca tradicional curitibana de malas chega à Europa



Poucas condições de desenvolvimento ao empreendedor como altos impostos até mesmo ao trabalhador instigam a indústria brasileira a buscar saídas estratégicas: O Paraguai é uma delas. 


Com a proposta de gerar mais emprego no país, o Paraguai tem se mostrado extremamente atrativo desde a implantação da Lei de Maquila – que prevê isenção de impostos para empresas estrangeiras que produzirem lá e exportarem seus produtos. Com tributação única de 1% ao ano sobre o faturamento, além de alta redução nos custos da energia elétrica e mão de obra e uma taxa de câmbio estabilizada, o país vizinho chama atenção especialmente de empresas sediadas no Paraná com vistas ao mercado internacional.
É o caso da K1 – detentora da IKA, tradicional marca Curitibana de malas. Já estava nos planos a abertura de uma unidade de produção no país vizinho, o que está em processo de desenvolvimento desde o início de 2019. Mas, não bastasse firmar parceria com importante cliente da zona franca Paraguaia, a imponente Cell Shop, a K1 possui desde 2012 um expressivo aliado: A China. 
Na última década as empresas devidamente licenciadas pela K1 começaram a comercializar produtos advindos do gigante asiático para redução de custos e acabou ganhando destaque em tecnologia.


High Tech

O acesso facilitado e abrangente à informação instiga a oportunidade globalizada. Percebendo a imersão do brasileiro no mundo cada vez mais conectado e com vistas a potencializar a produção de acessórios de viagem a K1, com ênfase na marca IKA, vislumbrou o sucesso de um produto de alta tecnologia e flexibilidade. 

Além do estilo, aspectos funcionais e ergonômicos e até materiais tornam a marca diferenciada das demais gerando competitividade entre empresas que buscam inovação. 
Surge então a coleção Flex de malas em ABS especial e de formulação altamente sigilosa que permite absorção de alto impacto sem danificar o produto. “O empreendedor precisa buscar condições suficientes para desenvolvimento e até manutenção de sua
produção, vendas e consequentemente lucros de sua empresa, o que nos
leva à China. 

No caso da K1 o ABS flexível é um alto diferencial da marca, o que gera uma
maior resistência do produto – raridade nos tempos atuais”, explica Leon Knopfholz,
diretor de marketing da K1.

Para Sean Sun, licenciado da marca IKA na China, há uma dualidade na parceria, ainda que o país oriental seja potência consolidada. “Há anos o Brasil já é um mercado expressivo e ainda tem muito potencial para crescer não apenas em aspectos quantitativos, mas também em características qualitativas e conceituais. Nesse cenário, acho que é um fator competitivo respeitável trabalhar com uma marca tradicional e muito conhecida que serve não apenas para obter resultados dentro do país, mas também funciona como trampolim para outros mercados”.



Imagem: Joka Madruga





Europa à vista

A convergência entre Brasil e China por meio da tecnologia implementada à marca IKA resultou não apenas em uma vantagem competitiva no Brasil, mas também em acesso ao mercado Europeu. A coleção Flex foi escolhida para integrar o mix de produtos da icônica cadeia espanhola de lojas de departamento El Corte Inglés.

Com faturamento médio de mais de 15 bilhões de euros ao ano e 93 mil funcionários, a rede que surgiu em 1910 e possui mais de cem lojas em toda a Espanha e mais duas unidades em Portugal. 
“Estamos vivendo uma era de abundância da globalização e um dos aspectos positivos disso é que as empresas podem se ajudar reciprocamente e aumentar sua produtividade e alcance”, explica Sean em relação as produções da marca IKA na China para El Corte Inglés
Tendo em conta todos os aspectos em parceria com a China, Knopfholz vê com clareza o quanto as estratégias da marca tenderam para uma evolução significativa: “O que existe hoje é no mínimo uma perspectiva de crescimento começando por um cliente que é referência a nível mundial. Já existe prospecção em outros países na Europa Oriental, América do Sul, Oriente Médio e América Norte, mas o que nos motiva agora é o fato de sermos paradoxalmente instigados a buscar terrenos mais férteis, apesar de todo o potencial que o Brasil ainda possui”.



Diretor de Marketing da K1, detentora da IKA, tradicional marca Curitibana de malas, Leon Knopfholz.               Imagem: Joka Madruga

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