quarta-feira, 3 de outubro de 2018

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Como sei se estou usando o filtro solar certo? Saiba escolher em dois passos
Se os produtos nas prateleiras estão cada vez mais específicos, é hora de saber como escolher o fotoprotetor certo para o seu tipo de pele e suas necessidades
Filtro Solar
São Paulo – 0- Loção, gel, spray, creme com FPS, enfim, são várias as opções para proteger a pele da radiação quando o assunto é filtro solar. Mas afinal, você sabe escolher qual o melhor produto para o seu tipo de pele? “Além de usar o filtro solar diariamente, é muito importante que o produto seja indicado por um dermatologista para ser adequado ao seu tipo de pele”, afirma a dermatologista Dra. Thais Pepe, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia.
A especialista montou um guia rápido para saber como escolher o melhor produto de fotoproteção:
Passo 1: Procure os 3 itens essenciais
De acordo com a Dra. Thais Pepe, para proteger sua pele dos raios nocivos do sol, você deve usar um protetor solar que ofereça: no mínimo FPS 30, Proteção de amplo espectro (UVA/UVB/Infrared) e resistência à água. “Nem todos os protetores oferecem os três itens essenciais. Geralmente os fotoprotetores que diminuem os danos provenientes do calor são formulados com antioxidantes específicos”, afirma a dermatologista. “Estudos mostram que o uso diário de um fotoprotetor pode reduzir o risco de: câncer de pele, incluindo melanoma, o câncer de pele mais grave; crescimento da pele pré-cancerosa que pode se transformar em câncer de pele; sinais de envelhecimento prematuro da pele, como manchas senis, rugas e pele coriácea; queimadura de sol; melasma; pontos escuros em sua pele”, enfatiza a médica.
Passo 2: considere seu tipo de pele e outras necessidades
Mesmo após escolher um fotoprotetor que tenha os três itens essenciais, ainda é possível ter algumas opções até encontrar o filtro solar certo para você. “Nesse momento, é interessante verificar o tipo de pele, as necessidades e as condições de pele do paciente”, diz a médica.
Primeiramente pensando no tipo de pele, no geral, os produtos em gel e sérum são indicados para pele oleosa, enquanto as loções e cremes são indicados para pele mais seca. “Mas se sua pele é propensa à acne, você deve procurar as palavras ‘não-comedogênico’ ou deve estar claro que o produto não vai entupir os poros. Essa mesma dica também vale para a pele oleosa”, diz. Para as peles mais secas, um produto específico geralmente confere maior hidratação, então essa palavra-chave deve estar no rótulo.
Se sua pele é mais reativa, sensível e propensa à alergia, é melhor evitar protetor solar que contenha fragrância, PABA, parabenos ou oxibenzona (benzofenona-2, benzofenona-3, diosbenzona, mexenona, sulisobenzona ou sulisobenzona sódica). Na verdade, essas substâncias devem ser evitadas por todos”, destaca.
Em volta dos olhos, para evitar que o protetor solar pingue em seus olhos, use um protetor solar específico e certifique-se de que tenha um FPS 30 (ou superior), proteção de amplo espectro e resistência à água.
            No caso das crianças, elas têm protetor solar específico, já que a maioria contém óxido de zinco e dióxido de titânio, mas não trazem proteção química. Quando o paciente tem rosácea, é indicado usar um protetor solar que contenha apenas óxido de zinco e dióxido de titânio. “Esses pacientes podem usar protetor solar para crianças, desde que esse produto ofereça no mínimo FPS30”.
Para a proteção dos lábios, um bálsamo labial com FPS 30 e proteção de amplo espectro é indicado.
Outras formas de fotoproteção
Usar filtro solar é a forma mais segura de proteção contra as radiações solares, segundo a médica. “Pesquisa recente descobriu que o guarda-sol, por exemplo, não consegue bloquear as radiações e oferece, no máximo, FPS 8. Além disso, a areia reflete os raios solares”, afirma. “UVA é o principal responsável pelo envelhecimento precoce (manchas e rugas), sendo um tipo de radiação que atravessa nuvens, vidro e epiderme e penetra na pele em grande profundidade, até as células da derme – sendo o principal produtor de radicais livres. Entre os prejuízos: desde lesões mais simples até, em casos mais graves, câncer de pele. Já o UVB deixa a pele vermelha e queimada, danifica a epiderme e é mais abundante entre as 10 da manhã e as 4 da tarde. Essa radiação pode furar o bloqueio dos filtros químicos e aumentar o risco de cancerização”, diz. Por isso, a médica indica o uso de chapéus específicos com proteção solar, óculos de sol, evitar exposição direta principalmente entre às 10h e às 16.
Dra. Thais Pepe: Dermatologista especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, membro da Sociedade de Cirurgia Dermatológica e da Academia Americana de Dermatologia. Diretora técnica da clínica Thais Pepe, tem publicações em revistas científicas e livros, além de ser palestrante nos principais Congressos de Dermatologia

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