sábado, 18 de agosto de 2018

Música Brasileira nota 10.









Na última quarta feira, 15/08, aconteceu, no Rio de Janeiro, o Prêmio da Música Brasileira, e, apresentado pelas atrizes Camila Pitanga e Débora Bloch, o grupo “As Bahias e a Cozinha Mineira” teve o nome confundido durante as anunciações dos dois prêmios recebidos (Melhor álbum, por “BIXA”; e melhor Grupo nas categorias “Canção Popular), sendo anunciado como “As Baianas e a Cozinha Mineira”.
Formada pelas vocalistas trans Assucena Assucena e Raquel Virginia, junto do guitarrista Rafael Acerbi, a banda foi formada na faculdade de História da USP no ano de 2011 e já lançou dois álbums, “Mulher” e “Bixa” e já marcou presença em grandes festivais ao lado de Gal Costa, Elza Soares e outros importantes nomes da música brasileira.

O nome da formação se deve ao fato de que as duas cantoras coincidentemente tinham o mesmo apelido na faculdade: “Bahia”; e Rafael, mineiro, aparece formando a “cozinha” sonora da banda que nasceu com a influência do tropicalismo figurado principalmente na obra de Gal Costa e Clube da Esquina.

Conheça um pouco mais cada um dos integrantes de “AS BAHIAS E A COZINHA MINEIRA”
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Assucena Assucena - intérprete/compositora
Nascida em 1987 a baiana de Vitória da Conquista, do sertão de Glauber Rocha e Elomar, é compositora e vocalista d'As Bahias e a Cozinha Mineira. Assucena começou a cantar logo cedo, pois cresceu aos pés da vitrola, ali imitava os artistas que ouvia. Apesar de estar numa cidade onde a música do cancioneiro popular era a referência maior dos ouvidos sertanejos, Assucena foi fisgada pela voz de Whitney Houston, uma de suas maiores inspirações e um dos motivos que a levou a ganhar um bolsa de estudos de inglês para ser solista no Coral do CCAA, no qual cantou por 5 anos. Amante de literatura e da música popular brasileira, ingressou em História pela FFLCH-USP em 2011, onde conheceu Raquel Virgínia e Rafael Acerbi, formando assim o trio-fundamento de As Bahias e a Cozinha Mineira. Na USP começou seu aprofundamento nos debates sobre gênero, arte e estética. Em 2012 Assucena e colegas artistas organizou uma Semana de Arte e História da Arte, na qual uma das principais abordagens era a discussão de Arte e Gênero e teve a presença de artistas e acadêmicos renomados como o Prof. Dr. de História Social da Arte, Francisco Alambert e a cartunista Laerte Coutinho.

Raquel Virgínia - intérprete/compositora
Nascida em 15 de outubro de 1988 no Jabaquara, zona sul de São Paulo, Raquel Virginia se criou entre o Jardim Miriam e Grajaú. Desde a adolescência inclinada aos exercícios artísticos, como dança e teatro, aos catorze anos participou como aluna num curso para atores no Teatro Bibi Ferreira e em 2007, aos 18 anos, se mudou para Salvador em busca do sonho de ser cantora de Axé.

Depois de ter tido grande contato com a cultura baiana por ter morado por dois anos e meio em Salvador, voltou a São Paulo e ingressou na Universidade de São Paulo no curso de História. Ministrou aula por quatro anos de História do Brasil em cursinho pré-vestibular para alunos de baixa renda e participou do NCN – Núcleo de Consciência Negra na USP.

Em 2012, ao lado de Rafael e Assucena, cria a banda As Bahias e a Cozinha Mineira, e se apresenta pela primeira vez na faculdade.
Rafael Acerbi Pereira - guitarra
Nascido em Poços de Caldas, Minas Gerais, começou seu contato com a música aos 12 anos concentrando-se principalmente no estudo da guitarra e do violão. Integrou projetos de Música Popular na região tendo gravado três álbuns independentes. Em 2011 se muda para São Paulo para cursar História na Universidade de São Paulo e conhece, na mesma sala e ano, Raquel Virginia e Assucena Assucena, com quem desenvolve o projeto As Bahias e a Cozinha Mineira, atuando como arranjador, guitarrista e violonista do disco “Mulher”, primeiro álbum da banda.

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