domingo, 30 de julho de 2017

SAUDÊ A TODA PROVA.

Baixa quantidade de vitamina D é prejudicial, mas a hipervitaminose também



Pouco ou em excesso, elas são um risco, por isso a suplementação de vitamina D deve ser sempre acompanhada por um médico



– Cansaço frequente, baixa imunidade, depressão e até mesmo maior risco de diabetes podem estar ligados a deficiência de uma vitamina, muito comum, em quem vive em regiões mais frias e chuvosas como Curitiba: a falta de vitamina D.



O problema atinge adultos e crianças e está ligado à pouca exposição ao sol. A vitamina D é ativada por meio dos raios ultravioletas (UV) do sol, quando nos expomos a ele por pelo menos 15 a 20 minutos, três vezes por semana. A concentração mínima em uma pessoa saudável deve estar em 30 ng/ml, abaixo disso, podem ocorrer sintomas como cansaço, aumento da pressão arterial, falta de apetite ou ganho de peso e perda óssea.




“A falta de vitamina D pode ser diagnosticada por meio de um exame de sangue. Hoje muitos adultos e crianças com queixas variadas podem apresentar falta dessa vitamina”, explica a diretora médica do Laboratório Frischmann Aisengart, Myrna Campagnoli.



Alguns estudos, nos últimos anos, vêm demonstrando que a deficiência de vitamina D está aumentando. Na Inglaterra, em mais de 700 mil crianças avaliadas, com idade entre 0 a 17 anos, os estudos apontaram que elas apresentam níveis muitos baixos da vitamina, principalmente, naquelas que são pouco expostas ao sol. A Academia Europeia de Pediatria avalia que a taxa mínima em uma criança não pode ficar abaixo de 20 ng/ml. No Brasil, a Sociedade de Pediatria recomenda a suplementação dessa vitamina já a partir do primeiro ano de vida, sendo de 400 Ul/dia e de 600 Ul/dia em crianças dos 12 aos 24 meses, para manutenção dos níveis normais. Para tratamento são necessárias doses maiores.



“A avaliação, em crianças e adultos deve ser individual. Se não há condições da pessoa ativar a vitamina D com exposição diária ao sol, a suplementação é necessária e a dosagem depende de uma análise completa dos exames”, explica Myrna Campagnoli.



Além da exposição ao sol, é importante também cuidar da alimentação. A vitamina está presente em alimentos como sardinha, salmão e atum, gema de ovo, fígado e óleo de fígado de peixe, leite, queijo e cogumelos. A médica lembra que, como qualquer outro medicamento, a suplementação deve ser indicada e acompanhada por um médico. “A automedicação é um problema sério. Se a pessoa não tem certeza dos seus índices de vitamina e faz uma suplementação pode prejudicar a saúde, causando a hipervitaminose, ou intoxicação por vitaminas”, comenta.

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