terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Dia da Familia \ Por Sheila Rigler

Dia da Família

No senso comum e sem considerar particularidades, a família é definida como algumas pessoas do mesmo sangue que podem ou não morar juntas. Assim, como vários conceitos se tornaram ultrapassados pelas transformações sociais, a família passou por mudanças não apenas na descrição, mas também em sua estrutura.
Ela continua sendo uma das instituições sociais mais valorizadas, mas a sua base mudou muito. O que antes gerava uma visualização comum da mulher com o marido e os filhos, não corresponde mais a base de uma família, não de todas. Primeiro porque para pertencer a uma família não é necessário ser do mesmo sangue já que existem variáveis como filhos que são adotados, amigos de infância que são incorporados a esta estrutura e os enteados que fazem parte da construção de uma nova família, que traz consigo integrantes de outra união e compõe uma nova estrutura.
Além disso, pesquisas mostram que é cada vez mais comum, famílias compostas apenas por mãe e filhos. Na verdade, desde a antiguidade o pai era caracterizado por uma distância maior em relação aos outros integrantes e o que menos conversava com a família. Além desta postura, hoje em dia, é comum em algumas regiões, que os homens deixem à família em uma cidade, para trabalhar em outra, sem retornar e muitas vezes iniciando uma nova família em outra região. A proteção também deixou de ser associada às características de uma família, já que infelizmente os casos de violência em casa por parentes e pessoas que supostamente seriam confiáveis é cada vez mais comum. São pais assassinados por filhos, avós espancados e crianças torturadas até a morte dentro de casa.
O tema é delicado e no Dia da Família eu gostaria de falar apenas de coisas boas, mas acho que é necessário fazer um alerta para a população em geral. Uma família pode ser formada por duas pessoas ou cem, mas precisa manter características básicas para receber esta denominação. Carinho, proteção, atenção e amor ao próximo precisam existir entre as pessoas que se consideram parte de uma família, independente de serem todos do mesmo sangue, pois todos são beneficiados quando esta instituição é fortalecida.

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